O preço de amar a Cristo

Capítulo 54 - Me mostre a Tua luz ❤

- O senhor não pode intervir agora, ela não está respondendo. - A outra médica disse.

A sala ficou em silêncio e eu me aproximei dela. Ajoelhei-me ao lado da cama que ela estava fazendo o possível para ficar à altura dela. Peguei em sua mão e olhei para cima.

A máquina na qual controlava seus batimentos cardíacos, sempre que eles paravam com a reanimação, ficava com aquele som único e ensurdecedor. No qual indicava sua morte.

- Os meios humanos não são comparados aos meios de Deus. - Chorei mais uma vez, olhando para ela. - Você está morta? - Levei a mão dela ao meu rosto. - Mas eu acredito em Deus e eu acredito em milagres. Acredito ainda mais que Ele pode te trazer de volta para mim.

- Senhor...

- Alana, você é a personificação de fé e luta. Desde o começo quando te conheci passando por aquele corredor da escola. - Juntei a mão dela entre as minhas mãos. - Eu sei que Deus está aqui e Ele pode fazer milagres. Essas maquinas não vão te salvar se Ele não permitir. Vi as gotas caindo em suas mãos.

Parei por um segundo e fechei meus olhos, apertando-os.

- Eu imploro, Deus. Dê mais uma chance a ela, de viver nesse mundo. Eu sei que o desejo dela é encontrar com Você, mas eu preciso dela, a Maressa precisa dela. O Senhor não pode esperar um pouco mais antes de leva-la? É tão urgente assim ter ela perto do Senhor agora? Porque... E-Eu... Vou aceitar que o Senhor a ama mais do que eu, eu sei que ama e sei que quer muito isso, mas... Eu realmente não sei o que vai acontecer comigo sem ela aqui. Ela ainda é um pedaço de mim, eu ainda não sei como amar mais a Ti do que a ela e me perdoe por isso.... Mas será mesmo que ela não pode estar aqui enquanto eu aprendo sobre isso? - Senti minha garganta se rasgar, mas permaneci de olhos fechados.

Apenas meus gemidos de dor e lágrimas eram ouvidos na sala. Nada além desse som triste e cheio de dor. Profunda dor.

- Eu preciso do Seu milagre agora... - Funguei e tentei absorver as lágrimas, mas não consegui. - Eu preciso ver Você através dela agora. A-Aquela... Aquela luz. Traga de volta. Se você existe mesmo, por favor.... Me mostre.

Novamente o silêncio abateu aquela sala. Algo que eu temia, era esse silencio, que só me indicava que eu perdi a pessoa que me trouxe de volta a luz. A pessoa que me fez perceber o quão errado eu estava e quão sem graça minha vida era.

- Doutor... - A enfermeira chamou-o baixo. - Ela tem pulso.

Abri meus olhos e a olhei. A máquina cardíaca mostrava os lentos e batimentos dela voltando.

- O que? - Ele olhou para onde eu olhava. - Prepare a sala de cirurgia. AGORA!

- Sim, senhor. - A médica correu para fazer o que havia sido mandado.

Apertei sua mão forte e eu vi uma luz incrivelmente linda brilhar ali agora. Chorei ainda mais. Olhei para a janela e Alex parecia ter visto um fantasma olhando para cá. Quando me pus de pé, já tinham maqueiros aqui para leva-la para cirurgia, então vi aquela sala se esvaziar.

Quando sua mão soltou da minha.

Eu senti um breve vazio, que logo se foi pela esperança de que ela estava viva agora.

Alex entrou lentamente pela porta para o quarto vazio no qual eu estava sozinho agora.

- Ela... Ela está viva! - Ele limpou o rosto e então deu um pulo para me abraçar, sorrindo.

- Está... Ela está. - Suspirei aliviado.

Voltamos para o lugar de espera e ficamos lá com milhões de pais angustiados por seus filhos envenenados.