O Combate

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O primeiro mascarado galgou o último degrau, de arma em punho. A cotovelada atingiu-o acima dos olhos e ele desmoronou como um balão furado. Antes que o segundo deles pudesse compreender o que acontecia, Carla dobrou-se para trás e projetou sua perna direita com violência, batendo com o só do sapato em sua testa. O mascarado gemeu e rolou sobre os outros que subiam a escada. Um deles apontou uma arma com silenciador para ela.

— Não a matem! Ela nos pertence! — gritou Apolo.

— Temos de passar e pegar os outros antes que fujam — protestou o mascarado.

— Passaremos — disse Apolo, fazendo um gesto para Michel, que subiu cautelosamente a escada.

Carla pôs-se na defensiva. Michel se aproximou ameaçador. Era perito em artes marciais. Apenas precisaria tocá-la para imobilizá-la. Julgou que poderia fazer isso com facilidade, considerando seu porte físico e o de Carla. Seu braço avançou rápido na direção da gola do vestido de Carla, que o desviou com uma ágil cotovelada.

Michel sorriu, lembrando-se do que a vira fazer no circo. Ainda assim, estava confiante. Sabia que poderia vencê-la. Avançou com todo o peso de seu corpo, tentando agarrá-la pela cintura. Carla aplicou-lhe uma joelhada no rosto e, em seguida, um golpe desconcertante de judô, atirando-o contra a parede.

Michel gemeu dolorosamente. Carla ouviu o ruído atrás de si, mas se voltou tarde demais. A coronha de um fuzil automática atingiu-a na cabeça. Ela caiu de joelhos, lutando contra a dor e a inconsciência. Os homens passaram apressados. Ela temeu por seus amigos.

— Maldição! Eles escaparam! — ouviu alguém gritar ao longe, as palavras ecoando vagamente pelo corredor.

Um débil sorriso estampou-se em seu rosto e ela se deixou levar pela inconsciência.    

CARLA MARAVILHAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora