— Todas essas bruxas estão conectadas à Elizabeth? — perguntei confusa.
— Sim. A única Renegada do Inferno imortal aqui é ela, existiam outras, mas estão provavelmente no inferno já que não sinto mais nenhuma presença. Essas estão mortas, só se movem a mando dela. Precisa achá-la e matá-la.
— Mas... — Olhei Rachel que sorriu de volta.
— Está tudo bem garota. Faça o que tem de fazer. Já vivi demais para isso.
Franzi o cenho pensativa, porém...
— Rebecca! — Gritou Rachel e algo me abraçou me levando contra parede.
Graças as asas consegui me suspender no ar, bati uma vez as palmas da minha mão causando uma ventania forte o suficiente para desequilibrar a bruxa. Justamente a bruxa que eu queria. Elizabeth Bathory.
— Ah! Pode tentar a vontade garotinha. Você não pode e não vai me matar! — Gritou sorrindo ao segurar a adaga que Laura havia me dado e avançando em mim para me matar, porém Handriel entrou na frente bloqueando seu ataque e arrancando a adaga das mãos de Elizabeth tacando ela para algum lugar enquanto que Elizabeth o jogou contra o chão usando magia.
— HANDRIEL! — Gritei e logo em seguida Rachel segura a bruxa pelos braços imobilizando-a.
— Agora! — Gritou Rachel.
— Não! Se eu o fizer você vai morrer! — Gritei de volta e Rachel sorriu.
— Não estava falando com você, Havillard. — Respondeu e franzi o cenho sentindo alguém pressionar algo na minha mão, e antes que piscasse Aurora havia surgido por trás de mim usando minha mão para atravessar o peito de Elizabeth.
— NÃO! — Gritou a bruxa começando a pegar fogo.
Rachel a largou caindo no chão ainda "viva" e a bruxa começou a se contorcer. Não só ela como todas as bruxas ali presentes, começaram a pegar fogo e eu entrei em desespero.
— O que você fez... — Sussurrei. — O QUE VOCÊ FEZ! — Gritei encarando Aurora que desceu flutuando sob o ar.
Elizabeth queimou.. linhas tortas como rachaduras azuis surgiram de seu corpo e seus olhos flamejavam de minhas chamas, ela queimou até virar cinzas se espalhando por toda a tumba assim como todas as outras logo em seguida dela. Escutei suas últimas palavras deslizar sob meus ouvidos e as paredes começaram a se abrir e a tumba fora novamente reaberta.
Porém havíamos um único problema... E era a Rachel.
Coloquei a mão para tampar meu pescoço dolorido (céus eu esperava que aquela marca não ficasse cicatriz) e a encarei para ver se estava bem já que até agora não dado indícios de morte, até o momento em que ela do nada começou a buscar a ar.
— Rachel? — espera, ela estava... Respirando?
Trocamos olhares como que por um segundo tudo ficasse lento. Ela estava respirando...
— Estou respirando... Becca eu estou respirando. — Lágrimas surgiram de seus olhos assim como um enorme sorriso. — Sou humana de novo.... Eu sou humana!
***
O mundo parecia lentear enquanto ajudava Rachel a subir as escadas. O sol que encobriu a Pensilvânia, machucaram nossos olhos, mas não era algo ruim. Dany e Taylor voltaram a forma humana, afinal lá fora ainda estava de manhã por volta de 13:22 da tarde.
Rachel começou a tossir. E nesse momento, sangue saiu de seus lábios, mas desta vez não era algo que ela havia bebido. Recusei a pensar nisso, mas ela me disseque estava doente quando foi transformada... Tuberculose, traze-la de volta a humanidade trouxe com ela sua doença... Rachel estava morrendo...
— Ah! Senti falta disso. Até da minha tuberculose. — Ela sorriu com o rosto ainda pálido prestes a deixar esse mundo, e se jogou na grama do chão respirando fundo. Soltou o ar já sorrindo. — Realmente... Isso cheira muito bem... — Ela começou a chorar e todos os alunos circularam ao seu redor, senti o abraço de Adam me acolher enquanto minha mão ia tampando minha boca. — Sabe... Por anos desisti de fazer novas amizades... — Ela tossiu mais um pouco. — Evitei por ter medo de perder mais amigos e olha só! Agora quem está me perdendo é você não é mesmo, mestiça? — Ela sorriu e eu sorri de volta.
Não consegui encarar ela nos olhos, pois não conseguia acreditar que eu havia feito aquilo... Não exatamente eu, mas foi pelas minhas mãos que Elizabeth morreu, e não era justo, mesmo que fosse o que ela queria... Eu sou egoísta, e queria que ela ficasse...
— Você não pode ir... não agora que acabei de reencontrá-la! — Disse Carmilla se agachando ao lado de Laura enquanto acariciava seus cabelos.
— Ah Carm... Você melhor do que ninguém sabe o quanto eu desejava isso. Morrer em paz, humana. — Ela engoliu saliva antes de prosseguir. — Eu quero ser enterrada no meu lugar de sempre. Você... V-Você, pode...
— Sim... Eu posso. — Disse Carmilla já sabendo aonde seria esse lugar.
Rachel se virou novamente para encarar meus olhos.
— Droga. — Ela começou a chorar, chorar muito, esbanjando lágrimas para emocionar todos ali presentes. — Ei... — Olhei para ela. — Obrigada. Por me trazer a paz q-que eu... — Ela tossiu ainda mais forte. — Que eu tanto almejava... — Rachel ergueu sua mão frágil até meu rosto secando minhas lágrimas. — Você é mesmo... Abençoada por Deus Rebecca. — Segurei sua mão em meu rosto e respirei fundo.
— Rachel? — Chamei sentindo sua mão solta e pesada. Desci sua mão ainda encarando seus olhos abertos com as lágrimas expostas. — Rachel? — Chorei, chorei enquanto fechava os olhos de Rachel. Um silêncio gigantesco circundou toda floresta e eu chorei.
Laura e Carmilla também se emocionaram se aconchegando nos braços uma da outra, e eu abracei Rachel com força.
Vampira estúpida... Humana estúpida... Condessa estúpida! Mal conhecia ela! Por que estava desse jeito? Por que? Estava triste, e emotiva... Não queria a morte de Rachel, mas... Ela havia ido. Ela se foi não foi? Ela realmente havia ido embora...
E seria por mim lembrada eternamente... Como minha eterna colega de quarto...
***
Rômenia, Antiga Válaquia (atual transilvânia).
— Tem certeza que é aqui que ela quer ser velada? — Perguntou um homem estranho segurando um caixão com a ajuda de outro rapaz que analisava o local destruído, algo que um dia já foi um castelo, o belo castelo da foto que Laura segurava em suas mãos que antes se apresentava no quarto de Rachel. O castelo de Bran. Agora destruído, isolado, e esquecido...
— Sim. — Respondeu Carmilla usando jeans e uma jaqueta de couro enquanto que Laura usava um casaco de frio marrom e jeans escuro. — É aqui que a família dela está e é aqui que ela quer ficar. — Respondeu sorrindo em meio as lágrimas.
E foi ali que Rachel ficou, enterrada no vasto quintal do antigo castelo, agora ela estava em paz, com sua família, descansando por toda a eternidade. E não importava aonde Rachel estivesse, era assim que eu preferiria pensar, que ela estava em paz. Não estava lá com Carmilla ou com Laura, mas tinha de pensar positivo.
Porém o que nem Laura, Carmilla ou qualquer um dos rapazes enterrando o corpo de Rachel havia reparado, era na figura encapuzada escondida através das árvores observando cada passo deles.
CITEȘTI
Renegados do Inferno - Selada - Vol 1 (CONCLUÍDO)
FantezieEnvolvente, Misterioso, Romântico, Poderoso e... Diabólico! Séculos atrás uma horda de demônios que comandavam o inferno se rebelou contra o lorde das trevas, Lúcifer, fugindo para a terra dos vivos em busca de retomar uma nova vida em segredo. Um...
This Is not a Goodbye!
Începe de la început