Capítulo 27

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Aquilo tinha mesmo acontecido?

Vários minutos depois, Cameron estava dirigindo para casa quando recebeu uma mensagem do pai dizendo que precisava vê-lo com urgência. Era tudo que ele precisava para sua noite ficar ainda pior.

Cameron estava com uma dor de cabeça horrível, provavelmente por causa da discursão com Clarissa. Porém, sua cabeça não era a única coisa que doía. Nem a que mais doía. Seu coração estava quebrado e ele não tinha ideia do que fazer para acabar com aquela dor. Ele havia sido rejeitado pela única pessoa para quem havia tido coragem para declarar o seu amor e aquilo doía para cacete.

Não era novidade que o garoto tinha dificuldade para expressar seus sentimentos, mas as palavras foram tão naturais que Cameron nem pensou quando as disse. O sentimento era tão forte e tão grande em seu peito que pensou que poderia explodir e queria colocá-lo para fora. Queria que ela soubesse. Só não tinha adivinhado que causaria um estrago tão grande.

Clarissa parecia além de perturbada. Ela estava assustada, chocada, surpresa, morrendo de medo. E Cameron estava magoado. Ferido. Seu coração estava quebrado em mil pedaços e a única pessoa que poderia consertar isso queria ficar o mais longe possível dele.

– O que aconteceu? – Cameron entrou na casa em que passou toda sua infância. Uma das empregadas avisou que seu pai o esperava no escritório. Cameron não fazia ideia do que o pai dele queria àquela hora. – Chamou-me aqui?

– O que você quer para o seu futuro, Cameron? – o garoto entrou confuso no escritório do pai e fechou a porta atrás de si. O pai estava sentado em sua cadeira de chefe, onde mandava e desmandava em qualquer um que estivesse sob o seu poder, ou seja, todos.

– Não estou entendendo aonde quer chegar.

– Eu perguntei o que quer para o seu futuro, Cameron.

– E ainda não sei por que pergunta isso.

– Você tem o meu sobrenome, tem o meu dinheiro, tem um futuro garantido, tem educação, herdou a inteligência e o talento para negócios da minha parte da família. Tem tudo que o dinheiro pode comprar. Mas, quando lhe peço apenas uma coisa em troca, você não pode fazer por mim – Cameron começou a ficar com medo do pai. Sabia que o homem poderia ser aterrorizador quando queria e aquele não era o melhor momento para ter uma briga com o pai. Sua cabeça estava cheia demais com outros tipos de problema.

– Será que podemos conversar sobre isso amanhã?

– Cameron, como você acha que eu me senti quando um treinador de uma faculdade que eu nem sabia que existia do outro lado do país me ligou para perguntar a minha resposta sobre a bolsa que o meu filho havia ganhado?

– Pai...

– Eu lhe dei tudo. Tudo, Cameron. Seu apartamento, seu carro, sua conta, tudo veio do meu trabalho. Você acha que eu tive um filho para ele jogar futebol? Eu criei você para ser dono de um império. Eu sonhei com uma vida grande para você, para o meu herdeiro. Tudo isso é seu, Cameron, e você prefere trocar tudo por futebol?

– Será que você pode me ouvir?

– Eu ainda estou falando! – o homem mais velho gritou, batendo a mão na mesa de madeira, fazendo o garoto se calar instantaneamente. – Deixei você jogar futebol porque queria que tivesse algo para passar o tempo, enquanto não entrava para a faculdade. Eu tenho planos para você, Cameron. Acha que eu vou deixar isso tudo descer pelo ralo por causa de um capricho bobo?

– Eu não preciso mais de você! Tenho meu próprio dinheiro.

– Não levante a voz para mim, garoto insolente. Você sabe quem eu sou? Sabe o poder de influência que o meu nome tem? Eu posso destruir você, garoto. Posso destruir todos os seus sonhos de se tornar um jogador. Você não tem ideia de com quem está brincando – Cameron quase tremeu com o tom de voz do pai. O homem era frio e insensível. Faria de tudo para que o que ele queria fosse realizado. Mas era hora de Cameron sair da sombra de seu pai. Não aceitaria mais ser tratado daquela forma.

Pregnant | Cameron Dallas Där berättelser lever. Upptäck nu