No Asteroide FK 625
Quatro soldados da equipe de segurança do asteroide entraram no centro de comando. Eles já estavam usando os trajes espaciais táticos e armados com rifles de plasma de alta potência.
Samuel e Silvana começaram a vestir seus trajes espaciais quando os soldados assumiram seus postos. A mensagem de rádio dos alienígenas havia sido recebida a um minuto e quarenta e sete segundos.
O soldado André que havia ocupado o terminal em que Samuel estava disse pelo sistema de rádio de seu traje espacial:
- Eu chefe, olha a tela, esses tentáculos se movem como os de um animal, será que podem ser orgânicos.
- Olhem essas coisas presas nos tentáculos. – disse o outro soldado chamado Sérgio, enquanto apontava para a tela mostrando que cada tentáculo possuía um objeto preso a ele, sendo que eles eram fixados em um ponto a cerca de dois metros da extremidade de cada tentáculo. Uns dos objetos eram o suporte para um tubo cilíndrico com quatro centímetros de diâmetro e quarenta e cinco centímetros de comprimento. Outros eram suportes maiores, para um cilindro mais curto, com cerca de trinta e dois centímetros de comprimento, porém bem mais grossos com cerca de doze centímetros de diâmetro.
- Esses tubos mais finos devem ser armas de partículas, e os mais grossos devem ser lançadores de mísseis. – disse André.
- Talvez os mais grossos sejam propulsores para eles manobrarem no espaço. – disse Sérgio.
- Chefe, será que as torretas dão conta deles? – perguntou André.
- Talvez, elas podem atirar e passar para o próximo alvo muito rapidamente, vai depender do poder de fogo e da precisão das armas desses inimigos. – disse Samuel enquanto terminava de lacrar seu traje espacial.
Há um minuto e meio do final do prazo um alarme toca e Sérgio fala:
- Chefe, o instrumentos estão detectando micro ondas gravitacionais sendo emitidas por alguns dos objetos, que porra pode ser isso?
- Também não faço ideia, devem estar tentando interferir em alguma coisa, mas não sei no que. Ache alguém do departamento científico , informe isso e veja se eles podem esclarecer o que está havendo. E as NCOs? – disse Samuel.
- Estão a caminho. – disse André.
Então quando faltavam vinte segundos para o final do prazo dado pelos alienígenas, Samuel olha para a tela que mostra a imagens das câmeras de segurança dos corredores principais do asteroide. As pessoas que não eram militares ainda estavam a caminho dos abrigos internos, o tempo não seria o suficiente, porém Samuel não planejava se render, então ele aperta o botão e as torretas começam a disparar enlouquecidamente.
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No Planeta Ukar
Na borda da grande trincheira, perto da plataforma elevatória, a soldado do futuro encara o grupo de humanos perplexos.
- Drica! O que em nome de Deus o que você faz aqui? – disse Esther.
- Drica, você está lá na barraca com a Maia, não está? Isso é muito louco. – Disse Ismael.
- Não esperava nunca que fosse você menina. – disse Carlos.
- Mas de qualquer forma seja bem vinda, e você está linda – disse Nina enquanto se aproximou e abraçou a soldado do futuro.
- Bem, se te mandaram nessa missão é porque você deve ser muito competente, bem vinda. – disse Lucas.
- Bem vinda, mas você não é ainda um pouco jovem para ser a líder dessa missão? – perguntou Fernanda.
- Eu não vou impor a minha liderança se esse for o caso, podem escolher outro líder se for o desejo de vocês. O mais importante é a total integração de nossa equipe nessa missão, o mínimo erro e perdemos essa oportunidade única. Há muito a fazer, e tempo é curto, vamos começar o treinamento imediatamente.
- Mas Drica, você, essa viagem, temos que conversar sobre tudo isso.
- Não temos tempo pra isso agora, se sobrevivermos a essa missão a gente se reúne ao redor da fogueira e eu conto as histórias terríveis do futuro pra vocês. Mas agora precisamos salvar a raça humana. O importante é que saibam que a guerra temporal está acontecendo, os envios temporais foram muitos, e a linha temporal já mudou várias vezes. E deve mudar muitas vezes ainda antes que um lado vença e o outro seja destruído, ou eliminado da existência.
A voz da soldado do futuro fazia Esther ficar confusa, era a voz de Drica, porém adulta. Esther procurou se animar, pelo menos era bom saber que a filha, de um jeito ou de outro, sobreviveu e se tornou uma linda e valente mulher.
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No Asteroide FK 625
Calixto e Bob estavam com seus auxiliares levando as crianças Stall, os clones e o prisioneiro Priste para a o setor do asteroide onde ficava o teletransportador e o Crow conhecido como "Chico", o qual trabalhava com os cientistas humanos e sobre a vigilância dos soldados das forças especiais que respondiam diretamente ao comandante Jordão.
Antes de deixar o seu laboratório, a equipe de Calixto havia apagado da memória dos computadores todos os dados da pesquisa que realizaram, a única cópia estava em terminal portátil de segurança que Calixto levava.
Os prisioneiros Stalls foram sedados e presos a macas. Uma delas era empurrada por Calixto. Ela entra na grande galeria escada quase no centro do asteroide. Ela avista os cientistas humanos desesperados discutindo com o "Chico". Ela se aproxima do grupo que está próximo ao teletransportador. A discussão era feita com sofisticados termos de física que estavam além da compreensão de Calixto.
Chico como todo Crow não demonstrava nenhuma emoção, esse fato era contrastante com o desespero de uma das cientistas, que era ainda jovem e estava quase chorando.
Raquel, uma militar que vigiava o Crow se aproximou de Calixto, e disse:
- O inimigo está gerando micro ondas gravitacionais, se fizermos um envio elas vão interferir e a cápsula vai se perder entre as dimensões ou parar em qualquer lugar do universo.
- Mas é a única rota de fuga, se o inimigo não for detido ele vai nos capturar. - disse Calixto.
- Não, eles nunca vão nos capturar, nos não permitiremos que isso aconteça. - disse Raquel.
Calixto sentiu um frio na espinha, ela deduziu que o protocolo de segurança deveria prever que o equipamento fosse destruído, e que toda a equipe morta se caso o inimigo estivesse tão próximo.
