Capítulo sem título 33

1 1 0
                                    

No Asteroide de Mineração FK 625

Calixto clicou no link interno [pesquisas]. Oitenta e nove links internos apareceram na tela, eles eram: [sys01],[sys02],[sys03].... . Ela tocou no primeiro link e outro vídeo passou a ser exibido na tela.

Desta vez quem apresentava o vídeo era uma mulher de pele muito branca e cabelos negros curtos, a qual aparentava ter pouco mais de quarenta anos de idade. Ela dizia:

" Eu sou Liz, não é meu nome verdadeiro, ninguém aqui usa seu nome verdadeiro, ainda temos esperança de um dia voltar a ter uma vida normal. Nos disseram para apresentar esses vídeos de forma estritamente direta e profissional, porém eu e os outros cientistas do projeto não somos um bando de máquinas, ainda que muitos nos vejam assim. Então fizemos esses registros como achamos que seria melhor para vocês entenderem a dimensão de tudo em que estão se envolvendo.

Provavelmente daqui a pouco você estará muito arrependido de ter se metido nessa história de Projeto S, e eu não vou achar que você vai estar errado. No inferno eles devem estar preparando um lugar especial para nós do projeto, eu e você vamos nos encontrar lá um dia.

Bem, então vamos contar a tenebrosa história. Como você deve saber, poucos anos antes da guerra de 2026 a humanidade havia desenvolvido os mais letais vírus geneticamente modificados da história. Ebola e outros patógenos naturais foram combinados e modificados, e criaram doenças ideias para serem usadas como armas.

Depois da guerra, e de todas aquelas mortes provocadas por essas armas biológicas, amostras delas foram armazenadas em um lugar secreto no Polo Sul.

Quando os Stall iniciaram seu ataque os militares resolveram tentar adaptar as armas biológicas para funcionarem com o DNA Stall. Trabalhamos com os cadáveres dos alienígenas, porém percebemos que sem umas cobaias Stall vivas não iriamos conseguir desenvolver algo que funcionasse de verdade. Fizemos simulações em computadores, até usamos uma inteligência artificial para nos ajudar, mas não conseguimos nada.

Ficamos aguardando que os militares conseguissem capturar stalls vivos, mas os infelizes sempre se matavam antes. Nós conseguimos desenvolver um gás sonífero que também funciona em Stall. Os militares estavam determinados a conseguir esses prisioneiros, não só para o nosso projeto, mas para arrancar informações deles, e talvez conseguir iniciar algum tipo de negociação com o inimigo.

Então uma ideia nova apareceu. Recebemos centenas de corpos Stall congelados, e em ótimo estado. Uma grande base deles foi atacada de surpresa. Nossos soldados desembarcaram discretamente do outro lado do planeta, então fizeram uma viagem por terra de milhares de quilômetros em pequenos veículos. Infelizmente nenhum dos Stall foi capturado com vida, eles se suicidaram cortando as próprias gargantas.

Os corpos estavam ótimos, não era o que a gente estava acostumado a receber, geralmente eles vinham feitos em pedaços pelas explosões, ou queimados por disparos de plasma, porém desta vez vieram inteiros. E o mais incrível, nessa base havia muitas fêmeas, aparentemente iriam iniciar uma colônia naquele planeta, tinham até algumas crianças que as mães haviam cortado as gargantas, tinha até um bebê de colo que foi quase degolado.

E a algumas fêmeas estavam gravidas, e cada uma em um estágio diferente da gestação, foi mesmo muita sorte. Infelizmente nenhum feto sobreviveu, mas conseguimos aprender como todo o processo gestacional deles funcionava. Então eu, como especialista em reprodução, comandei a equipe de criou os úteros artificiais de stalls. O interior dos aparelhos eram recobertos por uma camada de células uterinas stall, as quais eram clonadas de amostras retiradas dos cadáveres das fêmeas.

Nós achamos que a engenharia genética é uma área do conhecimento em que nós estamos muito à frente dos Stalls. O laboratório deles que fazia experiências com os humanos, e que foi descoberto pelos nossos militares, era muito rudimentar.

rascunho IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora