Capítulo 29

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M A N O E L A

No oitavo apartamento eu e o Lucas concordamos. Meus pés já estavam doendo e eu estava morrendo de fome e cansada.. O apartamento era bonito, dois quartos, sala, cozinha e dois banheiros, um no corredor dos quartos é um dentro do quarto, uma vaga de garagem, playground e fica próximo ao colégio e pelo que o Lucas disse próximo a empresa do pai dele, aonde ele vai ter que trabalhar.. Deixei o Lucas acertando os detalhes com a corretora e fui andar mais uma vez pelo apartamento, só que dessa vez imaginando as minhas coisas por ele, decorado do meu jeito, ao meu gosto. Entrei no quarto aonde vou montar o quarto do bebê e sorri. O quarto era espaçoso, caberia os móveis, mais a minha cama.

Eu deixaria isso aqui o melhor possível para a chegada do meu filho, ainda não posso decorar, já que não sei o sexo, mas já posso imaginar.

- Satisfeita com o apartamento?

- Sim e você?

Lucas parou ao meu lado com as mãos no bolso.

- Bom, é razoável.

- Pro bebê vai ser bom pra quando ele crescer. - Me abracei.

- É, pode ser.

- Lucas, eu sei que você não quer se casar, assim como eu também não quero! Que você me odeia, assim como eu te odeio e que não quer o bebê! Mas ficar falando isso não vai fazer o bebê sumir, não vai fazer nossos pais mudarem de idéia, só irá trazer desgastes para nós dois e eu não quero isso! Eu preciso ter uma gravidez tranquila, então por favor, vamos tentar ter uma convivência tranquila, ou o mais próximo disso que conseguirmos, eu não quero que a gente fique se alfinetando o tempo todo.

- Eu não prometo nada!

- Só tenta, por favor ..

- Tanto faz ..

- Obrigada.

- Estou indo embora, vai ficar aí?

- Segunda vou a primeira consulta do bebê, quer ir?

- Não!

- Tudo bem! Vamos?

- Vamos!

Olhei mais uma vez para o quarto e sai do mesmo, acompanhando o Lucas, saímos do apartamento e trancamos o mesmo e fomos esperar o elevador.

- Temos que comprar a mobília da casa.

- Você pode fazer isso? Eu não tenho a mínima paciência para essas coisas, não tô nem aí se esse apartamento vai ter ou não sofá, cama, pra mim tanto faz!

- Eu posso fazer isso, se você não se importa!

- Ótimo!

Ele entrou no elevador antes de mim e eu entrei em seguida.

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Eu estava nervosa era minha primeira consulta e mesmo com a Rita ao meu lado, eu estava com medo! Não sei se estou pronta para descobrir alguma coisa errada com minha gravidez ou com meu filho, eu sei que minha alimentação não é a mais apropriada para uma grávida, mas não é culpa minha, eu não consigo comer.

- Manoela Mazzaropi.

Uma mulher se aproximou com uma prancheta em mãos e eu me levantei acompanhada da Rita.

- Sou eu. - Me levantei e ela sorriu.

- A doutora Carmen está te esperando, pode me acompanhar por favor.

- Obrigada.

Ela saiu andando na frente e eu fui acompanhando ela, com a Rita ao meu lado.

Ela abriu a porta do consultório e eu entrei, encontrando uma mulher de quarenta e poucos anos, sentada a frente da mesa com um computador e alguns papéis.

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