—Olha só quem está aqui. —Enzo vem até nós, assim que as portas do elevador abrem. Esse homem vive por aqui.

—Oi Enzo. —Kalahari sai do elevador e abraça meu irmão.

Não sei porquê, mas este gesto mesmo que inocente me irrita. Ela não precisa estar á todo momento, com o corpo colando no de outra pessoa.

—A que devemos a presença da nossa ilustre Baronesa? —enzo larga-a já sabendo que não pode tocar muito.

Kalahari é muito ingénua ás vezes.

—Eu sou a nova avaliadora de vocês —ela diz, e eu arregalo os olhos. Não fora isso que combinamos, mas na verdedade não combinamos coisa alguma. —, e decidi acompanhar o Barão para sua reunião hoje.

—Não. —sibilo nervoso.

—Light. —ela devolve bem humorada e com um sorriso belo nos lábios. —Por favor...

Enzo olha-nos visivelmente desconfortável. Ele passa as mãos repetidamente pelo seu paletó, como se tentasse fingir que não está aqui.

Amore mio.-essa mulher joga sujo, muito sujo. —Per favore. Eu quero muito.

Sua voz manhosa, seu olhar pedinte, seus lábios carnudos e a vontade que eu tenho de arrancar meus cabelos, fazem-me acenar positivamente. Facto. Kalahari é manipuladora e muito persuasiva.

—Ah obrigada.

A mulher baixinha pula em cima de mim, envolvendo com dificuldades seus braços por volta do meu corpo e beijando minha barriga sob a roupa. —É irmão, você está entregue. —Enzo diz zombeteiro e recebe um olhar fuzilante de Kalahari. —É...acho melhor darmos início a reunião. —ele diz sem jeito.

Inocente muitas das vezes e assustadora quando quer.

Levo Kalahari até sua cadeira assim que entramos na sala da reuniões e sento-me depois dela. Enzo e Vicenzo, são os que sentam mais próximos de mim, seguidos de Kammily e Zander, meu homem de confiança que normalmente faz os trabalhos sujos quando eu estou indisposto.

—Podemos começar. —minha voz sai fria e sem emoção.

Kalahari procura minha mão e a aperta. Por alguns segundos seu toque me desconcentra enquanto tento assimiliar tudo que Vicenzo diz.

—E por final, falarmos sobre o atentado contra o Barão antecessor e sua Baronesa. —Vicenzo diz, concentrado em seu tablet. —Como todos sabemos, os Kazamas declararam guerra no início do ano após atentarem contra a vida da minha irmã, e mais uma vez estão tentando desestabilizar á base da nossa organização, esperamos contar com o apoio de todos vocês para colocarmos Kazama a sete palmos de baixo da terra.

—Ele e um homem desconhecido foram vistos ontem no Aeroporto de Veneza. Pelo que eu sei eles vão para Rússia, querem a ajuda do Don da Bratva.

Sorri de lado. Eles são burros ou o quê? Kazama sabe que a Máfia Russa nunca ajudaria á Italiana. Eles estão desesperados, mas isso acaba sendo curioso, pois eles nunca ficam desesperados. Kazama quer realmente acabar comigo e aquele homem não está a facilitar para ele. Tomar o meu lugar, é isso que ele quer. Mas para isso ele precisa provar que é melhor que eu ou matar-me.

—O Pakhan da Bratva nunca o ajudaria. —digo com a voz firme e divertida.

—Como você tem tanta certeza? —Vicenzo questiona com a sombracelha erguida.

—Quanta descrença nas minhas palavras irmão. —digo, sorrindo de lado. —Desde quando formam-se laços entre a Bratva e a Cosa Nostra?

O Filho do Barão [COMPLETO]Where stories live. Discover now