Capitulo 5 // A.S

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 “Desculpa Harry! Eu não queria ter entornado o sumo.”- A Eleanor vem da cozinha a correr com um pano na mão para limpar a camisola do Harry.

O Harry olhou para ela com cara de gozo. Que visão, eu entro em casa e estava ele sem camisola e a fazer força para se notar os seus abdominais.

“Eu desculpo El mas vais ter de a lavar.”- Ele ria-se, olhou para mim.” A miss rica chegou”.

“E deixares de ser parvo Harry? Não?”- Sempre a mandar bocas, que otário.

Encostei a porta porque os outros estavam a chegar e subi as escadas para o meu quarto.

“Gostavas era de me ter babe”.- Gritou.

“Continuas a sonhar Harry?”- Gritei também.

Ele não respondeu. Fechei a porta e comecei a despir-me. Enrolei-me numa toalha e entrei na casa de banho. Liguei a torneira da banheira. Esperei uns minutinhos e a água já estava quente. Tirei a toalha e entrei na banheira.

Relaxei quando a água quente tocava no meu corpo frio.

Depois de uns longos minutos desliguei a torneira. Voltei a puxar a toalha para mim e enrolei-me nela. Saí pela porta e fui a uma das minhas gavetas buscar uma roupa quente.

Levei-a até á minha cama. Sequei o meu corpo e enrolei o meu cabelo na toalha.

Vesti o sutiã e as cuecas.

“Olha lá vamos jantar, está tudo á…”- Era o Harry, ele parou de falar quando olhou para mim.

“Diz que já vou só falta acabar de me vestir.”- Falei.”Agora sai atrasado”.

Ele não me respondeu simplesmente ficou a olhar para mim.

“Harry saí daqui”.- Gritei.

Ele continuou a olhar para mim, fingi que ele não tava ali e acabei de me vestir. Tirei a toalha do cabelo e penteei-o, sacudi-o duas vezes e fui em direção á porta, o Harry já não estava lá. Saí do quarto, desci as escadas e passei pela mesa.

“Vou já comer, vou só ali estender a toalha. Podem começar a comer.”- Falei.

Todos pronunciaram um “Okay” e eu fui estender a toalha. Voltei para dentro e sentei-me á mesa.

Discutimos sobre as coisas que têm acontecido. Digamos que o jantar demorou imenso. No fim acabamos por concluir que não devíamos acreditar em nada e para levarmos as férias com a maior das naturalidades. A caixa e a frase na árvore deviam ser simples brincadeira e quem deve ter feito isso devem ter sido os mesmos que nos roubaram o telemóvel.

Na minha mesa-de-cabeceira, dentro de uma gaveta estava um relógio antigo com despertador. Decidi por o despertador para as nove da manhã, para ir correr durante uma hora. Perguntei a Louis se ele se importava que o despertador tocasse e ele disse que não porque voltava a dormir.

Decidi ir buscar a minha toalha que estava estendida na parte de trás da casa, o pequeno jardim.

Quando lá cheguei estava Harry sentado á beira da piscina, não lhe disse nada. Simplesmente me dirigi ao estendal para apanhar a toalha.

“Emma”- Ouvi-o chamar-me.

“Sim”- Respondi-lhe arrogantemente como ele faz sempre para mim.

“Podemos conversar?”- Perguntou.

“Pensava que não gostavas de ouvir a voz de uma rica mimada”- Respondi-lhe.

“Podemos deixar as nossas zangas para outra altura?”- Perguntou mais uma vez sem nunca olhar para mim.

“Mas porquê?”- Andei na sua direção e reparei que o seu corpo estava cheio de sangue.”Harry”- Gritei.”Quem é que te fez isto?”. Ajoelhei-me ao seu lado, estava a chorar.

“Foi ele, tu sabias que ele se ia vingar na pessoa que tu mais amas.”- Falou olhando-me nos olhos a chorar também.

“Mas quem ? Eu não te amo Harry.”- Eu não conseguia fazer nada o sangue não parava de escorrer pelos longos e profundos cortes que ele tinha pelo seu corpo.

“Amas sim e eu amo-te. Queres saber uma coisa? Nós por vezes amamos quem não queremos e esse amor pode ser o mais forte de todos.”- Os seus olhos fecharam-se. Ele morreu nas minhas mãos, como? Não pode ser.

Corri para dentro de casa e estavam todos deitados no chão, mortos. Olhei para a parede e estava escrito com sangue: “Não sabes quem sou mas vais passar a saber.”

O que se está a passar aqui? Ouvi passos atrás de mim e uma rapariga que nunca tinha visto na vida espetou-me uma faca e eu cai fraca no chão e com lágrimas nos olhos.

“Emma acorda temos de ir á agencia tratar das coisas das férias para avisar o Zayn, o Louis, a Eleanor e o Louis”- A Sarah saltava em cima de mim.

Mas calma, aquilo não passou de um sonho? Mas foi tão real como pode ser possível? Olhei para a Sarah e abracei-a.

“Okay Emma eu sei que me amas mas podes parar de me esmagar?”

Larguei-a.

“Tive um pesadelo horrível”

“A sério?”- Perguntou.

“Sim, parecia tudo tão real.”

“Foi só um pesadelo”- Beijou a minha testa.

“Espero bem que sim”

“Levanta-te e vai vestir-te para irmos á agência, o Liam já deve estar á nossa espera.”

“É para já chefe”

Rimos e eu levantei-me. O pesadelo estava bem presente na minha memória. Como pode ser possível parecer tão real?

Esqueci isso, tirei umas roupas quentes do armário. Vesti-as. Lavei os dentes e fui ter com a Sarah que estava na cozinha a falar com a Rose.

“Bom dia Rose!”

“Bom dia menina, o que quer comer?”

“Eu só quero uma maçã e eu hoje vou almoçar com a Sarah e o Liam”

“Está bem menina, eu aviso o seu pai.”

“Obrigada Rose.” – Dei-lhe um beijo na bochecha e saí com a Sarah.

Entramos no meu carro e fomos até á agência de viagens para adolescentes.

Á entrada da agência estava lá o Liam e não sei se foi por causa do pesadelo ou não mas tinha saudades dele então abracei-o com muita força.

“Como estão as meninas?” –Perguntou.

“Bem” Respondi e saí dos seus braços.

Íamos entrar na agência quando uma velhinha nos chama.

“Bom dia meninos”- Sorriu.

“Bom dia”- Respondemos.

“Vocês estão a pensar em ir de férias com os vossos amigos?”- Perguntou a senhora.

“Sim, porquê?”- Perguntei.~

“Porque eu tenho uma casa, que fica perto de uma aldeia. Eu por norma alugo-a a jovens da vossa idade.”

Espera aí isto aconteceu no meu pesadelo. E se não tivesse sido um simples pesadelo mas sim uma visão.

“Desculpe-me mas pode-me dizer o seu nome?”- Perguntei.

“Claro minha menina, chamo-me Alice”.- A velhota sorriu.

Nós não pudemos ir, não pudemos ir para aquela casa. 

Love In The Dark // H.S. 1ª TemporadaWhere stories live. Discover now