—Apenas limpem aquela merda. —a voz grave de Light fez-me despertar do meu sono leve. —Eu deixei a Ferrarri lá, então traga-a pra cá o mais rápido.

Ele fica um tempo em silêncio, talvez ouvindo a pessoa do outro lado da linha. Não me mexo, fico paralisada pois não quero que ele saiba que eu estou acordada. Não quero que ele me veja nesse estado depressivo e horrível, mesmo que ele seja a causa para o caos na minha neste e rebelião dos meus sentimentos mais profundos e antigos.

—Que seja. Não se esqueça do carro da minha mulher. —ele entra no closet e posso ouvi-lo grunhir. —Pago-te para me obedecer e não encher-me os ouvidos com merdas sem importância. Eu quero esse carro o mais rápido possivel raios.

Ele bufa. Seus passos pesados e ao mesmo tempo delicados, fazem-se ouvir no cómodo escuro e frio.

Cazzo! —pronuncia nervoso. —Era para já estar aqui. Não piore meu dia caralho, traga a merda do carro que ela quer, se ela dizer que quer um avião, você vai lá e compra um para ela, qual é o problema em conseguir uma merda de carro com uma cor diferente? Made pintá-lo de ouro se for o que ela quiser, apenas o compre.

Ele desliga e bufa alto demais. Fica em silêncio por alguns longos minutos, até que ouço a água correndo no quado de banho.

Ele havia perguntado o que eu quero de presente e claro que eu disse que queria um carro. Um que me fizesse independente de um motorista. Um carro que mesmo o meu pai tendo dinheiro, custaria os olhos da cara e uma pequena fortuna para comprá-lo, visto que meu pai acabara investido boa parte do dinheiro no seu negócio de importação e exportação de pedras preciosas e nos outros negócios da famila, sem contar que ele sempre tira uma boa parte para a caridade. Eu não podia pedir-lhe um carro de quase dois milhões de dólares.

Esse é um dos motivos pelos quais eu fui prometida á Light. Dinheiro, muito dinheiro. Meu pai passaria a fazer parte da Mão Negra oficialmente, não apenas como membro, mas também como sogro do Barão, e com isso muito dinheiro entraria para sua conta. Mas eu, bem... eu apenas apaixonei-me perdidamente por ele. Por um psicopata obsessivo-compulsivo.

Quando eu vi a coleção de carros de Light, fiquei louca, ele realmente amava colecionar carros considerados os mais caros e poderosos do mundo e claro os italianos estão na lista. Quando eu coloquei os olhos no seu Zenvo ST1 preto, fiquei extasiada. Eu queria um daqueles, mas num vermelho escarlate, preto não combina muito comigo e claro seria um trabalhão conseguir um carro como aquele na cor que eu queria. Alguns são únicos ou existem menos que meia dúzia deles espalhados pelo mundo.

A água parou e pude sentir o cheiro da sua loção de banho pelo quarto todo. Light entrou nas cobertas e cheirou meus cabelos, meu coração não parou de bater freneticamente um segundo se quer. Ele aproxima-se do meu ouvido e sussura um simplesmente pedido de desculpas e eu não mexo e muito menos esboço alguma reacção. Abraça-me por trás colando nossos corpos e de conchinha.

Se já é difcil de dormir com ele longe, imagina com ele tão perto de mim e ainda por cima abraçando-me. Ás coisas estão a ir de mal ao pior e isso não é á pior parte de tudo isso. A pior parte será quando eu pedir para que ele me deixe voltar a trabalhar com as minhas jóias. Do mesmo jeito que sua mãe, pude perceber que Light carrega o genes controlador com as coisas e pessoas que ele considera suas, não se trata de mimo ou caprichos, parece ser mais uma necessidade de saber que o que é dele, estará sempre de baixo de suas vistas. Adormeço novamente com esse pensamento borboletando a minha mente.

A luz do dia, brilhoso e invejável fazem-me piscar diversas vezes para que me meus olhos se acostumem o o brilho do sol que invade as janelas do quarto.

O Filho do Barão [COMPLETO]Where stories live. Discover now