_ Estávamos pegando frutas, Cole.

  Ele arqueia uma sobrancelha vermelha, como se estivéssemos enlouquecido.

   _ Más tinham, que subir tão alto?

  Assentindo, Kaio se escora na árvore, sem firmar um dos pés.

   _ Acho que quebrei, o tornozelo.

   Ele retrai o rosto ainda mais.

   _ E acho que quebrei, o braço. _ Sussurro ainda chorosa. _ Acho que é bom que, não estejamos em São Paulo, Cole. Vovô, pode ajudar antes da mamãe descobrir.

   Começo a caminhar em direção ao cavalo, segurando o braço junto ao peito. Seguro o arreio, do cavalo, que Cole trouxe, está ao lado do dele meio agitado, pela nossa queda. Agarro com força, fazendo uma leve carícia com a mão boa em seu focinho.

     O constante latejar, parece se intensificar. Tenho medo de olhar, para meu braço. Minha impressão é de que esteja, virado de forma antinatural. Faço meu melhor, para manter a calma. Lágrimas pinicam, meus olhos minha garganta, parece cascalho. Respiro fundo, contando as batidas do meu coração, alvoroçado. Manter-se calma, é essencial em situações, estressantes. Um, dois, tres, quatro, ….

    _ Cole, ajude kaio a montar. Eu vou com ele, para ajudá-lo a chegar na casa.

   Ninguém responde me viro, vendo a expressão grave dos dois meninos. Fecho a cara. Será que, não percebem, que não vou aguentar muito tempo. Resisto a vontade de gemer, o constante latejar, se intensificando.

   _ Não estão, me ouvindo?

   Cole engole em seco, apontando com o queixo atrás de mim. Olho debaixo do lombo, do cavalo o foco de sua atenção. Então vejo, mamãe e papai dentro do carro a uns dez metros.

    Meu pai parece, ter parado no movimento de abrir a porta, para que minha mãe descesse do carro. E ela por sua vez, tinha os olhos transbordando do rosto, suas duas mãos tapando a boca aberta em choque.

    _ Eu vim te buscar, porque mamãe e papai estavam vindo. _ O sussurro de, Cole mal pode ser ouvido.

   Meu rosto se contrai involuntariamente, ao perceber a situação. Rapidamente tento esconder o braço, machucado nas costas. O que dá totalmente errado, porque a dor me cega, fazendo meus joelhos falharem.

   Contenho um grito, o chão se aproxima e me pergunto distraída, quantas vezes uma garota, poderia cair e conseguir se reerguer ….

  Cole me levanta, dando uma palmadinha na minha testa, acompanhada de um beijo. Percebo que dormi e estamos na propriedade litorânea, dos meus pais.

   Com uma última, esticada em meu corpo duro, me desencosto de Cole, observando o meu segundo local favorito no mundo. Ajeitando meu cabelo em um coque, checo as horas no celular.

   _ Samantha e Cole. _ Olhando para trás, acompanho a voz que tanto amo. _ Não vão comprimentar?

  Com um sorriso involuntário, me lanço nos braços do meu avô. Ele me pega no ar, me prendendo junto ao corpo. Sua risada sacudindo a nós dois.

  Meus olhos ardem, com lágrimas de felicidade. Fecho os olhos, esfregando o rosto em sua barba.

  _ Same, cuidado porque com seu tamanho e se jogando, em cima das pessoas assim vão pensar que é uma criança muito desenvolvida. _ Cale se aproxima, colocando a chave no passador da calça. _ Oi, vovô.

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