Draco Malfoy(Point of view )

3K 213 52
                                    

Acordei de madrugada como fazia há anos, meus sonhos ainda me atormentavam, por instinto coloquei a mão por cima da marca, ela não se mexia mais há muito tempo, Mylle dormia tranquila ao meu lado.

" Céus como eu amo esta mulher!"

Demorei para assumir isso, afinal minha família me deserdaria se soubesse que amo uma mestiça, não me entenda mal, mas foi assim que fui criado e confesso que durante anos pensei desta forma, hoje vejo que está história de puro sangue não vale de nada.

Olhei para Mylle dormindo, passei a mão no seu rosto, como eu gostava fazer isso, ela se mexeu, mas não acordou, e acabei me lembrando dos tempos em que vivi uma mentira:

" - Você fique atento, pois se tudo correr bem Lord Voldemort retornará."

Papai falou quando saímos da Floreios e Borrões, ele estava tramando isso fazia um tempo e acho que conseguiu.

É difícil ser filho de Lucius Malfoy, ele é frio, arrogante e exige que eu seja igual, o tempo todo ouvia o falar que somos superiores aos demais, e é claro que quando se tem doze anos e está acostumado a receber tudo o que quer, tem todos aos seus pés, você acaba acreditando nisso.

Meu maior desafio com essa idade foi lidar com pessoas que não se curvavam para mim e foi justamente o "Menino que Sobreviveu", Harry Potter!

Já no primeiro ano nos declaramos inimigos, e ver alguém mestiço, órfão receber mais atenção que eu mexeu com todos os meus sentimentos negativos, Harry fez amigos enquanto eu tinha seguidores que só estavam ao meu lado pelo meu status.

Em pouco tempo as coisas começaram a acontecer no Castelo, a Câmara Secreta fora aberta e eu desejei que Hermione Granger fosse petrificada, mas fiquei abalado quando isso aconteceu, eu nutria por ela um sentimento que ia além do ódio, mas aí eu a conheci, cabelos longos e pretos, uma pele branca e uma incrível habilidade de se meter em confusão e deixar o professor Snape irritado: Mylle McLean. Ela era da Grifinória, se tornou amiga de uma Weasley, que segundo meu pai eram os traidores de sangue, a primeira vez que ouvi seu nome foi no salão comunal, duas garotas do primeiro ano entraram dizendo "Mylle, essa garota pensa que é boa para enfrentar o professor Snape?" "Não ligue ele mostrou para ela quem manda."

Não dei muita atenção, afinal para mim ela era uma aluna qualquer e eu tinha mais coisas com que me preocupar, com 12 anos minhas preocupações eram fúteis, eu queria saber de ser melhor que Harry Potter, ser respeitado pelo nome que carregava, importunar os alunos da Grifinória e conseguir o carinho de meu pai.

**********

Não sei como e nem quando Mylle passou a ser importante, pois tudo aconteceu em um momento delicado para mim, a partir do meu quinto ano em Hogwarts tudo passou a ser mais difícil, eu dizia que odiava a escola, mas ali passou a ser um refúgio, Lord Voldemort havia retornado e minha casa era seu esconderijo eu não o via, mas só o fato de sua presença deixava tudo mais tenso, meu pai parecia outro homem, mais assustado e por isso mais distante.

Mylle parecia não ter medo das coisas, falava comigo como uma igual, outro erro meu me achar superior, mas algumas coisas nela me deixava intrigado, por que diabos ela frequentava a sala do professor Snape constantemente? Era algo que eu queria descobrir.

As coisas para os alunos que não pertenciam a Sonserina começaram a se complicar, pois a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas os puniam com bastante severidade, um dia vi quando Mylle saiu da sala de Umbridge, ela chorava e segurava a mão, que estava vermelha e inchada, cheguei a pensar em oferecer ajuda, mas Pansy se aproximou e voltei a assumir minha postura arrogante.

A Filha do Príncipe Mestiço.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora