A Filha do Príncipe Mestiço.

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Já havia uma semana que alunos estavam sendo interrogados, e eu ainda não havia sido chamada e nem havia conseguido falar com Malfoy, eu tive quatro aulas extra com meu pai e a última havia sido um tanto quanto cansativa, papai estava me ensinando Oclumência e disse que só iria me liberar quando eu conseguisse bloqueá-lo:

- Vamos Mylle! Resista!

- Eu...não... não sei.... como....

Ele me olhou nos olhos:

- Você é dona do seu corpo e mente! Acredite nisso e ninguém poderá se apossar de suas lembranças a não ser que permita.

- Por favor papai, vamos parar só um pouco.

- Seu inimigo não te deixará descansar.

Falando isso ele entrou na minha cabeça outra vez, e cada segredo, cada lembrança que ele via eu ficava com mais raiva, mas não conseguia impedi-lo.

- Resista Mylle!

- NÃO CONSIGO!

- Veremos!

"Logo seremos nós dois....Nós dois...."

Jorge falando....eu sorrindo....
....um vestido branco..... eu num vestido branco.....eu estava linda.....andando em direção a Jorge....ele sorria....vestido a rigor....olhei para os convidados....olhei de novo para Jorge....mas agora era Draco....

Isso foi demais para mim, eu não queria que meu pai visse isso, não queria que ninguém visse isso :

- Chega!

Eu falei e consegui expulsar papai da minha cabeça, mas ele viu....ele viu, eu comecei a chorar, estava me sentindo envergonhada, e com os sentimentos confusos. Ele se aproximou e me abraçou, foi aí que chorei mais:

- Você conseguiu. Quer tentar mais?

Balancei minha cabeça negando, eu não tinha confiança de que conseguiria impedi-lo de entrar ou até mesmo de tirá-lo da minha cabeça, mas o que mais estava mexendo comigo era a revelação desse meu sentimento, eu não podia estar me interessando por Malfoy, era errado, eu amava Jorge.

Papai me deu uma coisa para tomar e aceitei sem questionar, alguns minutos depois eu estava me sentindo melhor:

- Poção Revigorante?

- Exato!

- Por que tenho que treinar Oclumência?

- Porque agora todos sabem que sou seu pai, alguns aliados do Lord das Trevas não confiam em mim e podem querer te usar para descobrir coisas sobre mim, você precisa estar preparada para isso.

Entendi o que ele quis dizer, se algum Comensal me pegasse e descobrisse que meu pai é um traidor ele seria morto, eu não iria permitir que isso acontecesse. Na próxima aula eu estaria muito mais preparada.

Assim que sai da sala do meu pai encontrei com a professora McGonagall no corredor:

- Oh senhorita Mclean, eu estava realmente te procurando.

- Sim professora.

- O professor Amico quer te ver.

- Obrigada.

Era agora, ele iria me interrogar, será que iria usar alguma magia? Cheguei em sua sala e a porta já estava aberta e ele parado me esperando:

- Por que demorou tanto?

- Desculpe senhor, eu estava na sala do diretor.

- Entre! Sente!

Obedeci e ele ficou de frente para mim, me encarou por alguns minutos e sustentei meu olhar ao dele, até que ele deu uma risada sinistra, fiquei sem entender: