Jackson McLorrel era um garoto quebrado e difícil, arrisco e problemático, até aquela noite, a vida do garoto de dezessete anos mudou completamente, tudo parecia ter mudado, para melhor, foi o dia em que Bruce Owen salvou sua vida. Bruce era um home...
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Meu pai diz que a vida vem até você rapidamente Nós todos somos lâminas de grama Chegamos ao auge e com o tempo apenas murchamos
Jackson acordou com uma bagunça quente e confortável, o som de ar sendo sugado e uma respiração forte eram os únicos sons da sala, sua boca se agarrava algo borrachudo, o menino gemeu, parecia tão cedo, mas seu rosto estava tão suado, esse aquecedor era quente demais, Jackson finalmente abriu os olhos.
Sua visão estava embaçada de sono, ele piscou algumas vezes, tentando enxergar direito, sua visão clareou e ele viu olhos claros do menino carrancudo, ele sugava lentamente a chupeta com os olhos caídos de sono, seu travesseiro se mexeu, soltando um ronco estranho, parecia um uivo canino, Bruce estava dormindo abaixo de Jackson, com um braço em cada um dos meninos, a coberta azul felpuda engolia os três.
Jackson cruzou os olhos para ver o que era a borracha na sua boca, seus olhos se arregalaram comicamente ao perceber a mamadeira do Pateta em sua boca, Jackson cuspiu o objeto o mais rápido que pode, ele não era um bebê, não era, não era e não era.
— Bebê Jack não joga coisas. — o ex-menino carrancudo falou pegando a mamadeira de onde havia caído. — Papa não gosta. — ele devolveu a mamadeira a Jackson.
De repente Jackson estava mau humorado, sua cabeça doía e o seco em seu rosto estava o irritando, sua garganta não doía tanto, mas sua boca estava seca e ele queria mais do leite bom, seus olhos estavam inchados, e para piorar, a vergonha de ontem estava finalmente batendo em seu rosto, o chamando de fraco e ruim por fazer xixi na cama como um bebê.
E tinha o pior. O pior dos piores, o terrível, o horrível, o incidente.
Ele tinha chamado Bruce de pai.
E ele nem o conhecia direito, mas ele era tão bonzinho, e ele tinha uma voz suave, e ele falava calmo e parecia sempre feliz, e ele não brigou quando Jackson fez xixi na cama, e ele tinha o levado um mendigo para sua casa e nunca tinha falado nada, e ele nunca tinha batido nele, mas nunca se sabe, ele podia ser malvado, como Linda, mas Linda não cheirava bem, e ela não lhe dava comida no café da manhã, e ela não o consolava quando ele tinha um pesadelo, e definitivamente não dava banho nele as 4 da manhã só porque ele era muito malvado para segurar o xixi dentro dele.
Mas Jackson sempre aprendeu que as pessoas boas eram sempre as mais malvadas, e Bruce era muito, muito bom para ele, mas ele podia ser malvado. Ele estava tão confuso, e isso o fazia querer chorar, e querer chorar o deixava muito bravo, muito bravo.
— EU NÃO SOU UM BEBÊ. — ele gritou com raiva, a mamadeira se chocou com a testa do menino, a mamadeira se partiu e a testa do menino cortou por um momento, sangue escarlate escorreu lentamente pela ferida, um momento depois ela era cicatrizada, o menino fez beicinho e seus olhos se encheram de lágrimas. — VOCÊ É UM BEBÊ, JACKSON NÃO É UM BEBÊ. — Jackson ainda estava mais bravo, ele estava tão furioso, e com tanto sono.
