Capítulo 6

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Na segunda meu pé já estava melhor, então minha mãe me deixou na escola. Não estava muito animada pra ir, mas não queria ficar em casa.

Assim que atravessei o estacionamento, Jess veio ao meu encontro.

— Ros, Matt me contou, você está bem?– olhou-me preocupada.

— Estou – sorri.

— Ah que bom, fiquei muito preocupada com você, que sorte ele e Caleb te acharem na reserva – pegou em meu braço.

— É, que sorte – pensei alto.

Jess pegou em minha mão e como sempre faz arrastou-me até onde os atletas se encontravam perto de um dos carros no estacionamento.

Não encontrei Caleb e nem Matt, apenas Kev, Scott e outros dois garotos loiros e gêmeos.

— Ros, como vai? – Kev perguntou.

— Bem – respondi.

— Que bom, os meninos nos contaram, Scott achou que você tinha sido abduzida e te deixaram lá na reserva – outros gargalharam assim como eu.

— Bem, não acho que tenha sido isso – informei.

— Mas me conta, foi explorar a floresta? – Kev quis saber.

— Mais ou menos isso – ri sem humor. Eu estava querendo fugir, mas pensando bem foi uma péssima ideia.

E então todos olharam para frente e eu segui o olhar deles.

Caleb descia do carro, logo depois Matt desceu e para minha surpresa Chael também saiu do mesmo carro. Suas expressões eram as mesmas, indecifráveis.

— Não sabia que eles eram amigos do Chael Ketsyo – comentei.

— E não são – Jess franziu o cenho.

Ficamos observando, os três estavam em silêncio, Chael se separou deles e foi para junto de sua turma de motoqueiros. Matt e Caleb seguiram até nós.

Caleb tinha os olhos fixos em mim, a medida que chegava perto consegui ver melhor seu rosto, notei que em volta de seus olhos havia círculos roxos, olheiras. Sua expressão era de cansaço, o que fez me perguntar o que havia feito o final de semana todo.

— Oi pessoal – Matt cumprimentou a todos.

O sinal então bateu, me pus a andar, mas antes que chegasse na porta, senti alguém pegar em meu braço com um pouco de força, o suficiente para me parar.

Olhei para a pessoa e o garoto me olhava.

— Oi Sulivan – sua voz saiu rouca.

— Oi – disse meio ríspida.

E virei-me para voltar ao meu trajeto. Mas ele me segurou novamente.

— Desculpe sumir o final de semana – falou me olhando nos olhos.

O olhei séria.

— Fiquei preocupada, pensei em milhares de possibilidade sobre o que tinha te levado a agir daquele jeito e nenhuma notícia eu tive, espera que eu haja normal com você? – disparei.

Ele suspirou.

— Não, claro que não. Tive alguns problemas – Ele pegou em meu rosto me fazendo baixar um pouco a guarda – Você me perdoa? – pediu-me.

Fiquei em silêncio. Ele deve ter tido os motivos dele, mas me deixou preocupada.

— Sim, mas, por favor, me fale da próxima vez o que quer que esteja passando por sua cabeça, para eu não ficar pensando em milhares de possibilidades, eu pensei até que... – baixei a cabeça.

Sob o olhar do lobo | SOL Where stories live. Discover now