Capítulo 36 - Cova do leão ❤

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Depois de brincar um pouco, fomos comer. Ela estava com "fome de doce", segundo a própria mesmo.

— Mama, vamos montar! – Pediu, com a boca cheia de chocolate.

Ri. Peguei um guardanapo e a limpei.

— Claro que sim. – Ela sorriu, e seus pequenos olhos claros brilharam.

Essa emoção de poder fazê-la feliz me contagiava por inteiro. Me fazia a mãe mais feliz do universo. Eu não escolhi tê-la perto de mim. Quando a vi encolhida e deixada de lado por pessoas que não sabiam o que faziam eu senti ela me puxando para ela. Ela me escolheu.

Pegamos as coisas e juntamos na cesta que eu tinha pego emprestado com Blanca. Ficamos andando pela praça até eu avistar um táxi que nos levaria a fazendo do senhor Jô, que eu contratei naquela mesma manhã.

Acho que eu vou me desfazer para o pó quando ela largar minha mão e segurar a dele.

Pegamos o táxi. Durante o percurso, colocamos no youtube a história de Moisés, uma das suas favoritas. Um bebê que teve que ser colocado num cesto por sua mãe no rio, e ela teve esperança que do outro lado ele ficaria bem e a salvo. E Deus deu isso a ela e mais, deu muito mais do que ela esperava. Foi criado com a honra de um príncipe e com a amor da própria mãe ao seu lado. Deus o livrou da fúria, pois, tinha um plano excelente para ele no futuro.

Eu espero que Deus conceda a minha princesinha a honra de ser tratada como tal pelo meu irmão.

— Olha mamãe! – Ela apontou para fora e o motorista abaixou os vidros, deixando o vento tomar conta do ambiente. — Quantos animas! Cavalos, vacas e até ovelhas – Ela ajoelhou-se ao lado da janela e apoiou seus braços na janela, olhando encantada para todos.

Nunca havia chegado tão perto.

Vou engolir as lágrimas pelo dia de hoje por ela.

Eu quero muito ver, seu rostinho brilhando de alegria perto de mim. Eu sei que meu caminho ainda está no começo. Esse ano está tão turbulento e eu nunca imaginei que chegaria aqui, mas... Eu ainda estou vida então eu ainda posso lutar.

Quando saímos do veiculo, paguei ao motorista, enquanto olhava de canto Maressa correndo direto para a porteira da fazendo, onde um dos homens sorriu ao vê-la e deixou ela se pendurar no portão de madeira. Ela apenas ficou admirando tudo.

Pela primeira vez desde que cheguei, poderia ter um momento a sós e tranquila com ela.

Após alguma burocracia, estávamos prontas com o nosso guia. Ele tinha um chapéu de cowboy e botas do mesmo estilo, camisa quadrangulada e calça jeans surrada, porém, ele era bem bonito. Barba por fazer, olhos castanhos e boca bem rosada, alto e bem musculoso. Tenho certeza que se Lorena estivesse aqui ela ia amar isso.

— Vamos, senhoritas? – Perguntou ele, com um sorriso encantador.

Ele nos levou aonde os cavalos estavam e Maressa escolheu um, onde nós duas ficaríamos. Ele foi dando algumas instruções.

Ele nos ajudou a montar no cavalo e com uma corda o amarrou para ir puxando ele pela trilha da fazenda. Maressa estava deslumbrada com a beleza do lugar e queria parar para ver cada animal da fazenda, mesmo de longe. Fazia diversas perguntar para o Josué, que era o homem que nos guiava e filho do Jô, que era dono da fazenda.

— As vacas que dão leite, não é mesmo? – Maressa o questionava. — Eu amo leite e amo as vacas, mas será que elas se machucam quando tiram leite? – As palavras se atropelaram, mas saiam.

— Fazemos de tudo para que elas não sofram. – Respondeu, carismático.

— Tipo assim tio Josué... – Começou com mais perguntas.

O preço de amar a CristoWhere stories live. Discover now