Contra o tempo: Parte 2

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 Apó ti skiá mou epanemfanízetai to skotádi, apó to aíma mou i ápeiri dýnami, apó ti sárka mou to fos kyriarcheí kai apó tin psychí mou tha xeperáso tis máches mou kai tha se nikíso. -(De minha sombra a escuridão ressurge, do meu sangue o poder infinito, da minha carne a luz prevalece, da minha alma vencerei minhas batalhas e enfim o derrotarei!) — Dizia uma voz distante na cabeça de Athena empregando uma oração em que fazia com seus guerreiros antes de leva-los a guerra para que a sorte estivesse ao seu lado.

  Ruídos baixinhos e abafados de alguém circundando o seu corpo, eram atribuídas nos ouvidos de Athena.

— Athena! — Era Azrael, retirando as lâminas que perfuravam o corpo da deusa. — Acorda! —gritava a deusa da morte após retirar a última espada. —THEÁ! —(Deusa em grego) gritou e ela se levantou em um pulo procurando oxigênio enquanto ainda tentava digerir a situação.

— O que... O que aconteceu? — Perguntou ainda com a respiração ofegante e zonza pelo fato de ter perdido muito sangue ainda se regenerando dos ferimentos.

—Isso sou eu quem devia te perguntar. —disse a deusa da morte olhando ao redor.

— Kayle! — gritou arregalando os olhos e Azrael fez que não com a cabeça.

— As górgonas. Levaram a garota. — Disse ela deixando Athena irritada se levantando com sangue nos olhos. —Aonde você vai? — Perguntou.

— ATRÁS DA GAROTA! — Gritou uma voz rígida que ecoou como se estivesse vários microfones captando sua voz mostrando o poder de uma deusa furiosa.

— Precisa se acalmar! Ficar desse jeito só vai causar caos Athena.

— Não me importo! — disse pegando a chave de sua moto.

— Assim como Ares não se importou? —Perguntou já sabendo qual é seu ponto fraco.

  Antes que aquilo se tornasse uma briga, ouve-se um barulho de celular tocando e como Athena não tinha celular, só poderia ser de Kayle.

  Athena pegou o celular e o atendeu meio desajeitada sem saber exatamente como mexer no aparelho eletrônico.

  Esperou alguns segundos escutando tudo o que o telefone murmurava e desligou logo depois que o homem concluiu sua fala.

— Era o Abel. Descobri o paradeiro delas. — respondeu saindo pela porta da frente e Azrael foi logo atrás.

***

  Kayle acordou um pouco tonta ainda recobrando a consciência quando escutou passos amedrontadores a tirando de seu desmaio temporário.

—O-O que está... —Tentava dizer a menina quando fora interrompida por uma das górgonas.

— Acontecendo? —continuou Medusa se agachando ainda com seus óculos negros olhando Kayle acorrentada. —Você logo vai descobrir minha cara hemitheá. 

Kayle cuspiu no rosto da mulher que sorriu com a ousadia da menina e limpou seu rosto.

— Vá pro inferno! — gritou a semideusa fazendo Medusa gargalhar em risos.

— Já estive lá. Logo você vai pra lá também. —disse a criatura sorrindo e saindo de perto.

  Mas Kayle conseguira derreter as correntes amarradas em seu corpo. Entretanto sua tentativa de escapar da caverna fora em vão e acabou sendo obrigada a entrar em combate contra Euríale e Esteno que havia reparado na tentativa fútil de escapar.

  Ela até tentou usando os conhecimentos aderidos por Athena, mas fora em vão e mais uma vez um golpe fora lhe dado em sua cabeça a fazendo desmaiar.

—Corajosa. Pelo menos tentou, coitadinha. — Disse Euríale aos risos.

— Queria muito poder transformá-lá em pedra agora. —resmungou Esteno pegando a garota e a jogando no ombro.

—Vamos meninas? — Perguntou Medusa com a caixa de Cronos embaixo de seus braços.

— Imediatamente. — disse Euríale entusiasmada aos risos.

***

  Athena jogou a moto em qualquer lugar e saiu correndo com a espada do demônio em suas costas retirando duas facas de suas roupas uma em cada mão.

  Porém ao chegar na caverna escondida, não havia nenhum rastro das górgonas ou de Kay o que só aumentou o nervosismo de Athena.

— Você precisa se acalmar agora. - Disse Azrael.

— Não me pede pra me acalmar sendo que Kayle foi sequestrada por uma falha minha! — Disse ela com ódio nos olhos.

— Não é sua culpa...— Tentou acalmá-la.

— É meu dever protegê-la e eu falhei! E aquelas... Argh! Elas não estão aqui! — Gritou em pânico.

— Mas estavam! E só você pode descobrir pra onde elas foram! —disse Azrael segurando o rosto de Athena na tentativa de acalmá-la. — mas pra isso você precisa se acalmar... — Athena olhava fixamente a Azrael enquanto respirava firme. — Agora diga-me, aonde elas poderiam ter ido a essa altura do campeonato, Athena? —perguntou a deusa da morte conseguindo colocar a filha de Zeus para pensar.

—Se minha teoria estiver certa, Hera vem duplicando o meu anel para ajudar as górgonas a atravessar portais... Elas podem estar em qualquer lugar do mundo... —Azrael soltou um suspiro nervoso. — Mas... não em um lugar público... —revelou franzindo o cenho.

— Conheço esse olhar... — Disse Azra.

— Abrir a caixa de Cronos exige muita energia e uma plateia não é o que querem... não querem alarmar os deuses na hora errada.

— Então estão em alguma espécie de Ilha?

— Não... Ilha fica próxima do mar... isso chamaria atenção de Poseidon, o que não é o que elas querem... Elas estão em um lugar isolado, onde ninguém aparece a essa hora... um lugar silencioso e espaçoso o suficiente pra fazer barulho...

— E onde seria isso? — Perguntou Azrael liberando suas asas já imaginando que teria de voar a todo vapor.

— Você sabe aonde fica um dos maiores desertos do mundo, Azra? —Perguntou Athena e a deusa da morte sorriu. Próxima parada: Deserto do Saara.

***

E aí meus amores? Tudo bem com vocês? Já estamos chegando na reta final do primeiro livro de Athena! Não perca os próximos capítulos por que com certeza haverá ainda muitas questões a serem discutidas! Um abraço e... Até a próxima!

Athena e a Última herdeira de Hades - VOL 1 Where stories live. Discover now