Irresistible • Larry

19 • Louis

Não dormi direito naquela noite, pensava no jantar e no beijo de Harry e como dessa vez ele havia sido doce, e merda, talvez eu precise de alguém doce. Falei disso com Liam naquela manhã, antes do mesmo ir para o trabalho.

— Você não precisa de alguém doce, você quer alguém doce. Se for o caso eu te compro um vibrador de açúcar. — Ele disse e sorrimos, logo depois ele levantou-se e lavou a xícara em que estava tomando café, logo depois ele parou atrás de mim e me abraçou. — Está na cara que, tanto ele, quanto você, não querem só amizade. Vá lá, tenta se entender com ele, quem sabe você finalmente desencalhe. Boa sorte. Eu amo você, demais, e estou aqui na alegria e na tristeza. Somos quase casados!

Agora, eu estava parado, olhando para uma mulher numa cama de hospital, duas crianças me observavam atentas, Harry? Ele não estava aqui.

— Você vai ficar me olhando igual uma barata tonta? — Ela falou e as crianças sorriram.

— É assim que uma barata tonta se parece? Agora eu acho elas bonitas então. — A menina disse e a mulher gargalhou.

— Obrigado — respondi.

— Ah você fala! — A mulher disse e eu sorri. — Meu nome é Ray, você deve ser Louis.

— Sou, como você sabe?

— Harry me contou, agora acho que eu quem tenho que te falar algumas coisas, senta em algum lugar, não fique fazendo essa cara de espantado na porta. — As crianças gargalharam e eu sorri enquanto ia me sentar.

— Igual uma barata tonta! — O menino disse.

— Igualzinho — a menina respondeu.

— Agora entendi porque Harry está lutando por você, qualquer um lutaria por essa bunda. — Gargalhei com o comentário ao mesmo tempo em que fiquei vermelho. Então ela me contou tudo, todas as coisas que levaram a esse momento, ri com algumas piadas sobre o Harry, talvez meio inapropriadas para o público infantil no quarto, quase chorei quando ela falou de sua doença e sorri quando o menino, Ben, disse que nos sonhos ele era um grande cavaleiro que arrancava o bicho ruim de dentro da sua mãe. Entendi alguns dos mistérios de Harry Styles e não poderia estar mais feliz com isso, no final da visita, ela pediu meu celular.

— Tem bloco de notas? — Foi sua pergunta e eu assenti, Ray sorriu com os olhos e eu fiquei em entender até ela me entregar o dispositivo.

Por favor, cuida dele.
As crianças precisam de um pai, ele não sabe como ser um já que antes ele só mandava dinheiro.
Acredito que ele quer mudar, quer ser um pai, talvez porquê você esteja o mudando.
E, por favor, me dê um autógrafo, amo seu livro.

Não pude evitar sorrir ao terminar. — Você leu? — Levantei a cabeça e a resposta estava na mão dela.

— Shailene me trouxe, aquela garota é demais. — Rimos e eu autografei o livro para ela.

— Vocês gostam de pizza? — Perguntei para as duas crianças.

— Sim! — As duas responderam sorridentes.

— Então o que vocês acham de comer um monte hoje? — Perguntei e as duas sorriram ainda maior.

— Onde? — Ane perguntou.

— Na casa de Harry!

— Vamos ver a casa do papai? — Ben veio até mim e pegou minha mão.

— Sim.

•••

Chegamos na casa de Harry logo após sair do hospital, ele tinha duas vagas no estacionamento, então deixou que eu colocasse meu carro ao lado do dele.