You Did Not Want Me To Suffer?

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Meu pai gritou e virei o rosto encarando o local atrás de mim que ele encarava vendo quatro homens encapuzados, com luvas e roupas presta parados na porta da cozinha.

Todo meu corpo entrou em desespero, arregalei meus olhos os encarando e assim que um deles se aproximou abracei o corpo de minha mãe em um ato protetor. Eles não iam tocar nela, eles não iam tirá-la de mim. 

Meu pai se levantou com as mãos levantadas em rendição. 

Fechei meus olhos com força e rezei. Eu tentava me concertar na minha oração, mas os meus soluços atrapalhavam meu raciocínio. Eu só implorava a Deus, por tudo, eu nos tirasse daquela situação.

– O que vocês querem? Vocês querem dinheiro? Eu os dou o quanto quiserem. — suplicou meu pai com a voz trepidante – Só não machuque mais a minha família.

– É uma pena senhor Burrow, mas... Eu não preciso do seu dinheiro. — aquela voz áspera e fria atingiu meus ouvidos e agarrei o corpo de minha mãe com mais força – Eu preciso de você morto!

Meus olhos se abriram de súbito e antes que eu fizesse qualquer movimento meu braço foi puxado com força me levantando do chão, meu pai avançou na direção do homem que me puxava, mas dois outros o imobilizaram. Meu corpo se chocou com algo duro e logo me toquei que eu estava sentada e sendo amarrada.

Eu me debatia, e gritava socorro torcendo para que alguém me escutasse.

– Cala a boca sua puta, se não coloco meu pau nessa sua boquinha gostosa pra ver se fica quieta. — a mesma voz de antes falou cheia de ironia.

– NÃO TOQUE NELA SEU DESGRAÇADO!
 
Meu pai gritava, mas no segundo seguinte seu corpo caiu no chão devido a pancada que um dos homens deu em sua nuca.

– NÃO, POR FAVOR! NÃO.

Senti o mesmo cara de antes amarrar um pano de prato entre meus lábios o apertando com força me impedindo de emitir algum som. Eu tentava gritar, eu me debatia naquela cadeira, eu chorava, eu sofria, eu estava com um medo fora do comum.

Fechei meus olhos com força rezando novamente, pedido a Deus que tudo aquilo acabasse, que tudo não passasse de um pesadelo.

Abri meus olhos com tudo ao escutar um barulho alto... de tiro.

As lágrimas que já caiam pesadamente em minhas bochechas triplicaram ao ver o sangue ao redor da cabeça do meu pai e um tiro em sua testa.

Eu estava parada, em choque. Minha boca estava entre aberta e meus olhos arregalados derramando mais e mais lágrimas. Mas eu não conseguia me mexer, eu não conseguia raciocinar.

Por que eu? Por que meus pais? Por que a minha família?

– A gente se vê na prisão!

O mesmo homem sussurrou cruelmente em meu ouvido e eu tinha a certeza que... eu jamais esqueceria aquela voz!
 

• End of Flashback •

E eu havia apagado depois daquilo ao sentir algo furar meu pescoço. Quando eu acordei no dia seguinte tinha diversos policiais em meu quarto examinando tudo e assim que meus olhos se abriram eu havia sido brutalmente puxada da cama e algemada.

Haviam me acusada de matar meus pais e em seguida ter tentado me matar, o que não aconteceu. Minha digitais estavam na arma do crime e diversos remédios foram encontrados na minha cama como se eu houvesse tentado me suicidar.

Antes mesmo que eu percebesse lágrimas pesadas já caiam dos meus olhos, eu sentia tanto a falta deles. A idéia de saber que eu nunca mais o seria, que eu nunca mais sentiria os abraços reconfortantes deles era agonizante.

Cell 23Where stories live. Discover now