Guajará

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Duende de Almofala, município de Acaraú, Ceará. Aparece nas noites de inverno, raras vezes nos dias de verão, fazendo barulhos, tais quais, vozes de animais, ruídos de caçador, pescador, colhedor de mel de abelhas e ainda fingindo cortar árvores. O duende é invisível, um fantasma que aparece sempre rapidamente; ou mesmo nem aparece; apenas uma sombra, derivando o pavor pela sua diversidade de simular sons. Além disso, açoita os cachorros, que podem falecer depois do terrível castigo. Aos viajantes impõe a companhia do medo ao gritar pelo caminho. Assusta os viajantes que passam perto do seu mangue, reduto natural, e também surge, como um pato, nas casas próximas, atrapalhando a calma habitual.
É também chamado de Guari e Pajé do Rio. Suas características se aproximam do Saci, Curupira, Caipora, apreciando-se, sobretudo, o espírito travesso, buliçoso, às vezes malévolo, com atitudes de assombramento. E por conta da moradia, há elementos do Pescador Encantado. Segundo os pescadores se alguém sair para pescar no mangue e de repente ouvir barulhos estranhos, assobios, cantigas, som de machado cortando o mangue, bolas de fogo, etc., pode voltar que nesse dia não se pesca absolutamente nada e, se por acaso, alguém desobedecer as regras, além de não pescar nada o indivíduo volta pra casa com febre, cansado e com dores por todo o corpo, com se fosse açoitado pelos galhos de mangue que o Guajara carrega na mão.

Glossário Da Mitologia Brasileira - V.L.IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora