Desconstrua tudo o que você já tenha visto sobre super-heróis até agora. Não pense em caras certinhos que vieram de outro planeta, nem em jovens nerds que foram picados por uma aranha.
Essa história fala de adolescentes complicados e imperfeitos...
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Isobel estava desacordada. Ginger entrava em parada cardíaca. Axel permanecia na ala de emergência, tendo seus machucados tratados. Beatrice se encontrava na sala de cirurgia. E Peter e Ryan já haviam sido liberados e comunicavam novamente aos policiais o que tinha ocorrido.
— Termina de falar, ok? Eu vou dar uma volta. — O loiro avisa e o nerd assente, virando-se para os oficiais.
Ele não ia dar uma volta. Estava indo em direção ao quarto da excluída, que não havia acordado nas últimas cinco vezes em que o rapaz foi.
A garota poderia não estar como os outros, mas certamente a preocupação dele era a mesma. E ele tinha medo de que ela guardasse mais rancor ainda dele depois de tudo aquilo.
Afinal, ela devia odiar ele.
Simplesmente não era possível. Ele fazia questão de sorrir para ela e lhe dar bom dia sempre que a via. Tentava puxar os mais variados assuntos com a excluída mas ela simplesmente o ignorava. E como ele tinha pouco tempo em que pudesse ficar sozinho com ela sem nenhum admirador que quisesse conversar com ele, Ryan ficava acuado. Como diabos iria fazer com que ela notasse ele se ela fazia questão de fingir que ele não existia?
Izzie era a pessoa mais estranha que ele já tinha visto, conversado e falado.
Ao abrir a porta, teve seu coração acelerado ao ver a morena piscando os olhos com dificuldade, e continuando á olhar para o teto.
— Mas... o que...? — Ela pronuncia-se com a voz num tom fraco e tenta tirar um tubo dentro de seu nariz. O popular corre para ajudá-la e coloca sua mão na da garota, impedindo que a mesma retirasse o objeto.
— Não tire. Eu vou chamar a enfermeira. — E se afasta, mas a mesma continua segurando na mão dele. — Isobel...?
— Eu não me lembro direito... — Ela começa, depois de umedecer os lábios, para tentar se comunicar melhor. E apoia um de seus braços no ferro da cama, levando seu corpo para cima, em prol de sentar.
— Um laboratório da corporação S.H.E.C.A.T explodiu.
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