Doce engano

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Himuro Tatsuya

Propriedade de Murasakibara — 7h00mim

Não consegui dormir bem essa noite, não é como se a cama fosse ruim, muito pelo contrário; o motivo da falta de sono fora o flagra enquanto me masturbava.

Quem iria esperar por algo do tipo? Fico me perguntando se ele está com nojo ou vergonha... e além disso, gostaria de saber por que, diabos, ele apareceu no meu quarto?!

Como esperado, ele não estava pela casa, seu quarto fechado. Havia tomado um banho relaxante, pois devo estar preparado para o dia de hoje, não quero nem pensar em como vou passar esses quatro anos e seis meses na universidade, sendo odiado por todos, sem nenhum amigo. Embora, ficar sozinho não me assuste, até porque, não costumava ser assim no médio?

Enfim, Mas eu só pensei que pudesse ser diferente e ter alguns amigos. Triste realidade. Peguei um iogurte de morango na geladeira, tomei e logo estava saindo, quando abro a porta.

— Atsushi-sensei! —Tive um pequeno sobressalto.

— Ohayo, Muro-chin. —Encostou-se à parede, ainda do lado de fora.

— O-O-O-Ohayo. —Ele parecia cansado, tinha algumas olheiras, teria dormido fora? Está cheirando a bebida.

— Já está de saída?

— S-Sim.

— Entendo, então, leve isso. —Estendeu o punho, entregando-me um pequeno chaveiro que continha três chaves —A chave roxa é dessa porta, a azul do portão da propriedade e a amarela, da porta do seu quarto, pode trancar sempre que quiser.

— H-Hai. —Corei.

— Você comeu alguma coisa?

— Sim, um iogurte de morando. O senhor disse que eu poderia pegar na geladeira se tivesse fome... —Desviei o olhar.

— Só comeu isso? Não acha pouco? —Atsushi pegou sua carteira e retirou alguns Ienes, (equivalente a R$ 50,00), me entregando —Compre um lanche que sustente no intervalo. Isso é suficiente ou precisa de mais?

— N-Não precisa, isso... na verdade. Você não precisa fazer isso. —Corei.

— Sou seu tutor, é minha responsabilidade te dar um lar, comida e ajudar nos estudos, então não estranhe ou sinta-se mal. Se isso é tudo, nos vemos às 13h40mim. —Disse passando por mim.

— Obrigado. —Fiz uma breve reverência.

— Deixe essas cordialidades de lado, não precisa disso comigo. Boa aula! —Acenou já subindo as escadas.

— Hai... —Respondi baixo.

Depois disso fui para universidade e como esperado: ignorado! As pessoas pareciam fugir de perto, não é como se isso me incomodasse, de toda forma. Na sala, tudo normal, não temos trabalhos em dupla ou grupo, então está tudo certo, ao que parece, os professores estão cientes do que aconteceu, pois recebi uma carta do diretor que falava sobre a exceção que abririam para mim, caso não conseguisse me enturmar, permitindo-me fazer os trabalhos sozinhos e provas também, se não for um problema para mim e é claro que não é, estar sozinho é sempre bom!

No intervalo comprei um lanche grande, sei que sou magro, mas como bem. Estive me alimentando mal esses dias, mas... agora, parece que as coisas estão indo bem. De alguma forma, é como se não precisasse me preocupar com meu passado, como se pudesse recomeçar tudo outra vez, agora, de forma correta.

O dia transcorreu normalmente, era a primeira semana de aula ainda e bem, não há tanto o que fazer. Tivemos muitas palestras e dinâmicas de equipe e todas essas coisas chatas, então acabei não prestando muita atenção, já que meu pensamento teimava em estar numa casa maravilhosa com um tutor lindo, descansando... ou transando. Tsc!

Meu tutor PervertidoWhere stories live. Discover now