Capítulo 1

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 Beijos

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Dias atuais. São Francisco, Brasil

Jasmine

Não sei se é um sonho, ou se estou realmente vivendo isso. Será que de fato sou eu? Ou alguém parecida comigo? Tudo parece tão confuso, tão abstrato. Os latidos dos cães, o barulho do vento soprando plásticos e papelões no asfalto esburacado daquele local tão ermo, os becos escuros fétidos e sujos. Acho que os únicos que se aventuram a pisar ali são os usuários de drogas e os bichos noturnos. Deus! Parece uma cena de filme de terror.

O que estou fazendo aqui? Acordem-me, por favor!

É uma noite assustadora, estou vagando cambaleante neste lugar horroroso. Acho que nem a própria polícia se aventura a patrulhá-lo.

Meus cabelos loiros esvoaçam ao vento, minha pele alva é nitidamente vista através da escuridão. Estou vestida com uma longa camisola branca de algodão, e quem vê a cena, irá me comparar com um fantasma, pois eu sou o contraste do local.

Minhas pernas vacilam a cada passo, minhas mãos flutuam à frente do meu corpo. Parecem ser movimentadas por cordas, feito as mãos de uma marionete. Gesticulo nervosamente como se estivesse dialogando com alguém. A uma certa altura tropeço, caindo no chão. Deus! Sinto dor em meus joelhos.

Sentada, atordoada, não consigo manter o equilíbrio, deliro...

— Preciso de mais... onde vou encontrar? Eu preciso muito, muito mesmo... minha boca está tão seca... minhas mãos... — olho para as minhas mãos trêmulas — Elas... elas, não param de tremer... — De repente, olho fixamente para um ponto qualquer — ... eu vi, eu vi... Ali! Ali! Um homem de um olho só, ele corre atrás de mim, ele quer me pegar, preciso correr. — Após alguns tombos, consigo ficar de pé, delirante. Apresso o passo, sempre olhando para trás — Não, não, ele está escondido atrás daquelas madeiras — aponto para onde não há nada — Não, ele está naquelas árvores — Não há nada nas árvores, meu delírio está me deixando louca — Não, ele sumiu... para onde ele foi? Ei... ei...!

Dois homens, de aparência não muito boa, se aproximam de mim. Eles me observam com certa curiosidade. Fico um tanto receosa. Eles estão sujos e maltrapilhos. Apavorada, começo a gritar.

— Moça, moça, pare de gritar! Hei, moça... Véio, ela muito doidona. Hei, moça!

— Não me toque, você está com o homem de um olho só, sai, sai... — Um dos homens tenta me tocar, as unhas dele são enormes, assustadoras.

A confusão se estabelece na minha cabeça. Alucinada, tento afastá-lo com as minhas mãos.

O outro homem começa a gargalhar quando eu empurro seu amigo.

HANDS THAT HEAL (APENAS PARA DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now