Teardrops (Punk!Harry)

Concepção

- Você tem sido um garoto tão, tão levado ultimamente Louis – Styles ralhou decepcionado, sua voz dominada por uma depravação louca. 

- Harry... – Louis disse manhoso, lábios molhados e convidativos posicionados em um bico infantil – Eu juro que fui um bom menino...

O menor sentia a área de suas nádegas completamente exposta, a pele branca e imaculada entrando em contato com as respirações quentes do outro. Tudo que a mente momentaneamente confusa de Louis conseguia registrar era que ele estava desnudo e imóvel, as mãos trêmulas presas na cabeceira da cama, sua ereção latejando entre o abdômen suado e contraído e o colchão. Começou a se esfregar nos lençóis em busca de fricção para aliviar a dor, soltando "uh, uh, uh" cada vez que a pele fervendo entrava em contato com o tecido.

- Se você continuar se mexendo, a sua punição vai dobrar – Harry deu um sorriso sacana, mesmo que Tomlinson não conseguisse vê-lo – Você gosta bem forte, não é Louis?

Ele sentiu a ponta dos dígitos de Styles vagarem pela sua bunda de forma delicada, fazendo a pele leitosa tremelicar com os toques, torturando-o. Tinha vontade de berrar para que o outro desse logo as malditas palmadas. 

- Eu sei que você quer isso, Louis... – Harry murmurou satisfeito, dando pequenas espalmadas na sua carne, provocando e incitando-o – Vamos lá... Peça. Implore pelas minhas mãos...

Louis gemeu em resposta, as lágrimas se formando nos cantos dos olhos azuis pela simples razão que ele estava duro demais e não podia usar as mãos para aliviar-se. Seu corpo tremia, os músculos das costas e das coxas tencionados dolorosamente. Tentou engolir um choramingo manhoso sem sucesso, enterrando o rosto entre os travesseiros.

- Boo? Boo, chega de dormir! – uma voz feminina abafada recitou paciente.

- Uhm? – ele grunhiu para si mesmo, a mente lenta demais para perceber que havia acabado de ter um sonho pervertido. Mais uma vez.
 

- LouBear! Os Calders vão chegar em duas horas, você já começou a se aprontar? – Jay questionou do lado de fora da porta de Louis – Assim que estiver vestido, eu vou precisar de ajuda para colocar os pratos na mesa, OK?

- Estava dormindo, e-eu... Vou para o chuveiro agora! – Louis manteve os olhos fechados, falando alto suficiente para que sua mãe conseguisse lhe escutar no corredor.

Alguns segundos foram necessários para que as lembranças falsas e pornográficas de segundos atrás invadissem sua mente que antes estava em perfeita paz e tranquilidade. Ele soltou uma respiração frustrada pelos lábios, seus dedos pequenos se enroscando nas mechas bagunçadas do próprio cabelo. 

Tomlinson já havia cansado de mentir para si mesmo e estava encarando o óbvio com o máximo de dignidade que seus ombros conseguiam sustentar: ele tinha um sentimento em relação a Harry. Era inegável, ainda mais por causa do jeito que o tatuado conseguia ser gentil com crianças e ao mesmo terrivelmente sexy. Era frustrante descobrir que Styles possuía mesmo um coração. 

Mesmo assim, o hábito desnaturado das fantasias sujas durante a sua inconsciência já estavam passando os limites do que Louis conseguia considerar doentio. Harry Styles era como um veneno quando se apossava de uma sistema sanguíneo, corrompendo-o e corroendo-o violentamente. O menor colocava todo seu esforço em odiar aqueles sonhos, mesmo que admitisse a si mesmo que eles eram um pouquinho gratificantes, mesmo que se lembrasse diversas vezes que aquilo era sujo e errado. Se ele decidisse fazer amor com alguém e perder sua virgindade, seria de um jeito especial e não aquilo...

As sonecas cada vez mais constantes de Louis não contribuíam em uma melhora. Devido ao seu castigo, ele ficava trancado em casa durante todas as horas do dia e da noite, deixando-o infinitamente entediado. Os sonhos sexuais (pesadelos), que antes aconteciam durante a segurança da madrugada, estavam começando a ocorrer a qualquer hora da tarde ou manhã. Era vergonhoso.