Pressuposições

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NOTAS DA AUTORA:

vcs podem ignorar essa nota, mas eu me sinto na obrigação de dar essa explicação ^~^ eu, de nenhum modo, apoio qualquer tipo de preconceito. eu escolhi esse tema para a fic pq é polêmico e da para fazer uma história legalzinha, sei lá. eu só queria deixar claro que eu não penso como o harry ou o louis, e vcs deviam fazer o mesmo. ninguém é obrigado a acreditar em nada, mas a respeitar, sim. esse é o problema, entendem? eu não estou >>generalizando<< apenas falando dos radicais: se os "crentes" respeitassem a escolha das pessoas que n querem seguir a religião deles td seria melhor, e se os "não crentes" respeitassem a religião dos crentes td seria melhor também. eu só queria constar que tudo é uma questão de aceitação e a razão dessa fic NÃO é estimular o ódio das pessoas. 
ps: esse capítulo ta grandinho pq alguém disse que o outro tava curto ^~^

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Louis voltou do culto naquela manhã, almoçou e foi direto para o seu quarto. Ele tentou, por tudo que era mais sagrado, parar de pensar nas coisas que o incomodavam. Louis realmente fez um grande esforço para parar de pensar na vingança secreta de Niall, na qual ele se recusava falar. Mesmo assim, Louis tinha certeza que não seria nada ruim, porque, afinal, Niall era uma pessoa boa.

Além de todas essas questões pouco resolvidas na sua mente, Louis não conseguia parar de se martirizar por causa de Harry Styles. Era simplesmente doentia a maneira com que a imagem dos olhos verdes e lábios macios se recusava a sair dos pensamentos dele. Louis estava começando a se odiar por isso e ele tinha plena consciência de que cultivar ódio por si mesmo era um pecado, o que o deixava ainda mais furioso.

Na verdade, Louis Tomlinson era um poço sem fundo de culpa, mesmo sem ter feito nada de errado. Feito no sentido literal da expressão, porque ele duvidava muito que os seus pensamentos fossem totalmente "corretos". A auto-avalição sempre foi um ponto um tanto delicado para ele.

Louis só queria um pouco de paz, mesmo que o caos reinasse dentro de seu corpo. Não, ele, com certeza, não estava pensando nada impuro, apenas estava tendo dificuldades para administrar os seus sentimentos. Louis decidiu acreditar que aquela coisa esquisita que ele sentia quando estava próximo ao garoto de cabelos cacheados era pena ou até repulsa. Harry Styles era uma novidade para ele, uma coisa inédita. Aquilo que se remexia dentro de Louis só podia ser a vontade de ajudá-lo a encontrar um caminho bom e se livrar da vida impura. Talvez medo estivesse envolvido, só aquilo conseguia explicar o porquê Louis congelava na presença de Harry.

- Lou? – Jay bateu na porta do seu quarto levemente – Você não tinha combinado de ir na casa da Gemma hoje?

- Sim, mãe! – ele respondeu – Eu vou me arrumar agora! – disse enquanto se levantava apressadamente.

Louis se sentia um lixo psicológico literalmente. Ele nunca, em todos os seus 18 anos de vida, tinha escondido alguma coisa de Jay. Afinal, ela era sua mãe, ela tinha todo o direito de saber o que acontecia na vida do filho. Mas, ao contrário disso, mal ela sabia que o filho estava se torturando mentalmente e sentia uma urgência inexplicável de ver um garoto punk. Muito menos fazia ideia de que Louis não estava interessado em Gemma daquela maneira e que ele sabia quem tinha pichado o muro da igreja local. 

Trocou as suas roupas do culto, que não se tinha dado o trabalho de tirar, e tomou um banho rápido. Louis colocou seu empenho máximo em simplesmente não pensar. Ele saiu do chuveiro em movimentos automáticos, secou o cabelo e o arrumou, colocou seus jeans e uma camisa branca e finalmente deixou o quarto.

Desceu as escadas até o primeiro andar, encontrando a mãe na cozinha.

- Oh, Boo, olhe só para você – Jay sorriu, avaliando o filho – Você está um amor!

Teardrops (Punk!Harry)Onde histórias criam vida. Descubra agora