Capítulo 15

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Pude perceber a minha rotina mudando, até eu mesma estava mudando. O que não era o meu objetivo. Eu queria ver a Cibely, meu carinho por ela era tão grande independente do que tivesse acontecido. Ela já sabia que eu estava com a Ma, eu estava curiosa se ela deixaria nossa amizade pra lá por causa disso. Liguei pra ela. E não pude ficar mais feliz com a forma que ela me tratou. Falamos por vários assuntos e ela pediu pra eu vir a Goiânia ver ela. Disse que entendia em relação ao coração. E que já estava na hora deu me apaixonar e viver algo diferente. Eu só tinha orgulho dessa menina. E me senti tão feliz por ela está feliz por mim. Marcamos de nos ver daqui uns dias.
Nessa noite saímos para nos distrair um pouco. Todo mundo junto, a equipe, e os meninos de sempre. Estava sentada em uma das mesas com Maraisa, enquanto o povo curtia o pancadão da música. Troquei beijos e carícias com ela. Nós estávamos tão bem. Era lindo, a forma como ela me beijava e logo eu sorria pra ela pra ela e assim ela sorria de volta.
Em meio às conversas chamei Maraisa de amor, na frente de todos, e alguém questionou, que já era amor tão cedo. Maraisa desconversou e não disse muita coisa, com uma cara de : "e pode ser, sei lá." Eu sai de perto dela já irritada. E ela sequer veio atrás.
Quando notei ela estava se acabando de dançar com um monte de mulheres.
Já quis ir embora, chamei o Edu pra me levar e ele não queria, aí que fui ficando mais irritada.

Desci as escadas quando vi Maraisa se encontrando comigo na porta.
Maraisa: Pra onde você vai? - falou ela pegando minha cintura.
Marília: Estou indo embora, MARAISA! - falei tirando as mãos dela de mim.

Maraisa: Uaaai como assim pq? Nossa noite só tá começando meu amor.
Marília: aaaaaaa aqui sou seu amor, agora na frente das pessoas não? Me deixa.

Maraisa: Calma, você está levando tudo muito a sério. Vamos nos divertir!

Marília: Levando a sério? Aaaaah vai tomar no cu. Se você quer se divertir pega uma dessas puta que você estava dançando e vai se divertir com elas.

Maraisa: Nossa Marília calma, qual é ? Para disso. Que show é esse?! Marília: Não, sério, me deixa!
Saí dali com muita raiva. Automaticamente estava imaginando que eu só me lasco nessa vida. Sempre fui da maneira que eu queria, não me apegava a ninguém e vivia bem sem sofrer.
Quando me vi apaixonada por uma pessoa que estava nem ai pros meus sentimentos. Ou que estava me fazendo de besta.
E o jogo virou dona Marília, eu falava pra mim mesmo, enquanto tocava a minha música: Eu sei de cor. Gritando: "Deixa, deixa mesmo de ser importante, vai deixando a gente pro outra hora quando se de conta já passou, quando olhar pra trás já fui embora." Sentada na beirada da cama.

Estava extremamente triste naquele dia. E como de costume liguei pra Cibelly, que correu ao meu encontro. Nunca me deixou sozinha, e nos momentos que eu precisava ela estava sempre lá comigo.
Quando ela chegou contei tudo que estava sentindo pra ela, acabei chorando lembrado que eu merecia aquilo tudo por nunca ter dado valor em ninguém, ou por só usar as pessoas, talvez. Nem mesmo ter dado valor nela quando ela mais me amava.
Cibely se aproximou e me beijou enquanto eu falava e chorava. Eu a abracei e retribui o beijo dela. Em todos os momentos da minha vida aquela boca era meu porto seguro, porque vinha tanto sentimento nessa boca? Tanta segurança? Tanto amor? Nunca vou saber. Mas, logo parei de beija-la. Eu amava Maraisa e dessa vez não queria que acabasse assim. Sempre me respeitando de todas as formas possíveis. Ela só me abraços e deitamos na cama depois de conversar muito e dormimos.

MARILIA E MARAISA - New RulesOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz