Apesar de Christopher não estar surpreso pela teimosia de Dulce, a primeira obrigação dele era de protege-la. A lembrança de como ela acordará treinando o fez abraça-la enquanto o camelo tomava seu caminho pela areia dourada do deserto.
– Christopher! Não faça assim. Não me proteja omitindo informações.
– Você já sabe de tudo Dulce, — Desta vez ele deixou evidente a dor quieta de suas lembranças. – Você sabe.
Após um breve silêncio, ela se aconchegou em seus braços.
– Eu sinto muito.
Na manhã do quarto dia de viagem, eles chegaram a pequena cidade de Zeina. Para a surpresa de Dulce, eles passaram por dentro de toda a cidade, até chegarem a uma numerosa aglomeração de enormes e coloridas tendas espalhadas pela areia do deserto.
– Seja bem-vinda a Zeina.
Christopher sussurrou ao ouvido dela.
– Eu achei que lá atrás é que fosse Zeina. — Ela disse, apontado com a cabeça na direção a cidade em que haviam passado.
– Aquela é uma parte de Zeina, mais é aqui que fica seu coração.
– Só tem tendas e nenhuma casa.
Ela pensou em voz alta.
– Arin e seu povo preferem que seja assim. Como eles são felizes, não tenho direito nenhum de questionar.
Ela refletiu sobre aquilo por um momento antes de perguntar.
– Eu presumo que a maioria deles trabalhe na zona industrial. Como é que eles chegam até lá?
Christopher soutou uma risadinha.
– Há camelos pra aqueles que preferem a forma tradicional, mais também existem vários transportes para terrenos difíceis.
– Por que não viajamos em um deles?
– Algumas das áreas pelas quais nós passamos são traiçoeiras demais até para tais veículos. Eles também causam muitos estragos para o delicado ecossistema do deserto. Mas para a distância daqui até a cidade industrial, eles são funcionais — Ele explicou. – Está vendo as tendas azuis?
Ele apontou.
– Há bastante delas.
– Elas se parecem com as outra, mais olhe com mais atenção.
Apertando os olhos, ela observou.
– Elas não se movem com o vento! De que são feitas, de plástico?
– Um tipo de material durável criado por nosso engenheiros.
Christopher confirmou.
– É realmente inteligente.
Dulce estava impressionada.
– Arin certamente o é.
Ela conheceu o intrigante Arin alguns minutos depois. Ele era um homem de grandes proporções e seu sorriso caloroso contrastava com a aparência ameaçadora.
– Sejam bem-vindos.
– Obrigado.
Dulce disse e sorriu ao sentar-se em uma das luxuosas almofadas disposta ao redor de uma mesa baixa.
– Eu proíbo que você sorria para este homem, Dulce.
Dulce olhou chocada para seu marido.
– Você realmente acabou de me proibir de sorrir para o homem em cuja casa estamos nos hospedando?
A reprimenta sutil da parte dela fez com que seu marido sorrisse e Arin começasse a gargalhar alto.
– Vocês estão malucos.
– Não, não — Arin respondeu, com os ombros chacoalhando de alegria. – Este aqui só está com medo do meu poder sobre as mulheres.
Intrigada, ela se virou para Christopher em busca de uma explicação, mas ele apenas sorriu. Maneando a cabeça, ela se confundiu tentando acompanhar a conversa dos dois, que não poderia ser levada em inglês, pelo fato do hospedor deles não ser fluente o bastante.
– Peço-lhe perdão. — Arin parecia desconfortável com aquilo.
– Por favor não diga isto. — Ela falou com seriedade. – Está é a sua terra, eu é que deveria estar aprendendo a sua língua.
– Chega. — Arin anúnciou em inglês.
– Eu sou um péssimo anfitrião em segurar-lhes por tanto tempo antes de lhes dar uma chance para se livrarem da poeira. Sua tenta deveria ser maior. Eu lhe cederia a minha de bom grado, mas seu marido não quer ser tratado como Magestade.Com um suspiro, Arin desistiu de sua tentativa de fazer com que Christopher mudasse de idéia.
– Está... — Ele apontou para uma pequena tenda na cor parda. – Será a sua casa pelos próximos três ou quatro dias.
– Hoje eu pretendo visitar várias Duls de rosa de Zulheil — Christopher terminou de tomar o café da manhã e se espreguiçou. O poder e a beleza de sua impressionante musculatura fizeram com que Dulce perdesse o fôlego. – Será uma viagem dura, portanto você não poderá me acompanhar.
Ela fez uma cara feia, desapontada.
– Talvez de uma próxima vez. Depois de retornaremos para casa, você terá de me ensinar a montar nessas criaturas horrorosas.
– Eu o farei, Dul. E você ficando aqui, pode querer... Eu não sei a palavra, mas seria bom que você pudesse andar entre as pessoas.
– Você quer que eu me misture?
– Sim principalmente entre as mulheres. Aqui no deserto, várias delas costumam ser mais tímidas do que as que vivem nas cidades.
– Então você quer que eu converse com elas e me certifique que elas estão bem?
Ele anuiu.
– Você é uma mulher e é amigável, ainda mais se continuar sorrindo para todo mundo — O seu tom de voz era descontente, mas a maneira como disse, aprovador a. – A maioria dos cidadãos de Zeina irá tentar vir até nós. É a maneira como estreitarmos os laços que mantém a nossa terra unida. Os homens normalmente esperam por mim, mas as mulheres se sentirão mais à vontade com você. Você não quer fazer isto?
– Você acha que eu seja capaz? Eu sou só uma mulher comum. Será que seu povo irá falar comigo?
– Ah, Dul — Christopher a puxou para seu colo e a colocou bem perto. – Você é a minha mulher e eles já a aceitaram.
– Como é que você sabe?
– Eu sei. Você vai confiar no seu marido e fazer o que ele ordenar.
– Sim, senhor, capitão.
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Meu Sheik do deserto
FanfictionZulheina, o lendário reino do deserto, pertence a Christopher por direito de herança. E ele é o tipo de homem que não abre mão do que lhe pertence. Isto significa que terá de reconquistar uma mulher muito especial. Que partiu seu coração anos atrás...
Capítulo 12
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