Capítulo 2 - Colt - Intuições são coisas perigosas.

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Esta obra ficou completa até dia 28/12/2014, e foi retirada para revisão e publicação pela , deixando somente alguns capítulos para degustação.
Agradeço a todos que leram, votaram e comentaram <3

Vocês são incríveis! Amo todos!
beijinhos açucarados,
Caroll Z. S.

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Já passava do meio dia quando acordei, completamente esgotado da noitada. Como sempre, depois dos shows, a banda principal saiu para uma festa, junto com a de abertura da noite anterior.

Não tenho certeza que horas eu voltei ao hotel, mas com certeza não fui à Vegas. Contudo, retornei acompanhado para o quarto, o que não era uma novidade. Ao meu lado estava uma morena. Seus cabelos escuros espalhados pelo travesseiro branco, sua pele de caramelo mal coberta pelos lençóis. Não tinha ideia de qual era o seu nome, mas ela era bonita.

Levantei devagar e com cautela, não querendo acordá-la. Meu voo sairia às três da tarde, e eu tinha que me arrumar e arrumar as coisas que estavam espalhadas pelo quarto. Parecia como se tivesse passado um furacão por ali.

Tomei uma ducha, vesti um jeans qualquer e uma camisa preta, arrumei as minhas malas, escrevi um bilhete e deixei-o ao lado da morena ainda na cama sem despertá-la.

Em parte, eu não gostava de falar com elas no dia seguinte. Às vezes, eu as deixava dormirem em minha cama, mas, em outras, não. Tinha aquela situação constrangedora, onde a garota achava que só porque dormiu comigo, ela era alguma coisa minha. Como se esperasse que eu assumisse algum relacionamento ou coisa do tipo.

Colton McKellen não namorava, baby. Não que eu "usasse" as mulheres (talvez um pouquinho). Eu tinha necessidades e elas também. Fácil, rápido e prático. Relacionamentos são sempre complicados, e sempre nos levavam a fazer coisas que nunca faríamos por nós mesmos. Além de acabar nos machucando, sempre nos quebrava no final. E eu não tinha nenhuma intenção de ser fodido por uma garota.

Mesmo com a minha rápida saída do hotel, Kevin conseguiu me encher com um discurso sobre o atraso. E eu nem cheguei tão atrasado assim. Tentei aparecer no horário, mas, droga! Quem mandava nessa coisa?! Ele era o meu empresário, não o meu pai.

— Tomasse o café no avião! — gritou ele, enquanto eu passava pelas portas.

Alguém já havia guardado as minhas malas no compartimento de bagagem. O resto do pessoal já esperava dentro do jatinho. Cada um largado em uma poltrona, com cara de estar sofrendo com uma droga de ressaca. A mesma ladainha de sempre, mas, no dia seguinte, fazíamos a mesma coisa. Como uma reprise da noite anterior. Ou dos últimos anos, para ser sincero.

Sentei em um dos assentos no fundo, puxei o meu caderno e rabisquei algo. Tínhamos que preparar o próximo álbum. Mas nada me vinha à mente. Completamente em branco. Talvez ainda estivesse com acúmulo de álcool no cérebro.

— Como está o beijoqueiro? — perguntou Sean, de uma das primeiras poltronas, virando para trás e olhando-me por cima do encosto.

Ash riu. Os outros pareciam fodidos demais para rir. Ou abrir os olhos.

Olhei para Sean e lhe mandei uma piscadela e um beijo. Sorrindo e balançando a cabeça, ele se voltou para frente e mexeu em seu iPod.

A viagem durou duas horas, que foram gastas com um bom cochilo. O avião inteiro parecia estar dormindo, até mesmo Kevin. As persianas fechadas, luzes apagadas. Mexendo em meu celular, eu vi o vídeo do meu beijo na fã de ontem à noite. Milhões de acessos e comentários. Também haviam postado uma foto minha e de Deena na festa. Já havia outras fotos nossas na internet, e as pessoas achavam que estávamos namorando.

Condenado - The Tough and Strong (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora