chapitre 07: a m o u r e u x

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Marinette abriu os olhos lentamente, sendo despertada por um incômodo barulho agudo.

Incrível como a curva do pescoço de Chat Noir era o lugar perfeito para ela repousar a cabeça.

Caso alguém falasse para Marinette que ela estaria tão próxima do herói, beijando-o, apaixonando-se por ele ao ponto de Adrien não fazer mais as suas pernas tremerem, ela diria que a pessoa estava completamente louca.

Talvez ela estivesse completamente louca. Será que se Adrien não tivesse a tratado mal ela ainda se apaixonaria por Chat Noir?

Provavelmente não.

Para começar, se Ladybug não tratasse Chat Noir com grosseria, ele nem teria aparecido na sua varanda.

Marinette sorriu, pois, no fundo, toda a confusão corroborou para que ambos se aproximassem.

E ela estava feliz com isso.

A garota conseguia dizer abertamente que estava, sim, apaixonando-se por ele. Era um sentimento diferente de gostar de Adrien, Chat Noir sempre estava lá para ela, ele mantinha o seu coração aquecido, enquanto Adrien esfriava-o com a distância.

Ela tinha medo de estar iludindo-se mais uma vez, tudo aconteceu rápido demais. Uma hora ela estava chorando por Adrien e na outra Chat Noir não saía dos seus pensamentos.

Marinette esperava que Chat Noir pudesse ser aberto com seus sentimentos também, mesmo ela não possuindo coragem de dizê-los claramente para o garoto.

Contudo, tinha um problema: ela não fazia ideia de quem ele era. E consequentemente, ele não fazia ideia de que ela era Ladybug.

Como um relacionamento baseado em mentiras e segredos poderia dar certo?

Pensar nisso sempre entristecia Marinette.

Por fim, tentou afastar esses pensamentos e buscar a fonte do barulho que fez com que ela acordasse.

Levantou dos braços dele, passou as mãos nos olhos e forçou a visão ao redor do quarto escuro, até que outro bip foi ouvido.

O anel de Chat Noir.

Olhou para o garoto adormecido ao seu lado, suas feições eram serenas, ele finalmente não sentia dor.

Dor física, pelo menos.

Marinette sabia que não poderia curar todas as feridas de Chat Noir, mas esforçaria-se para isso, ela se esforçaria para ser o que ele mais precisava: um porto seguro.

Passou a mão pela face dele e tentou captar cada mínimo detalhe. Ele era tão precioso e ela sentia-se tão triste por saber que ele não tinha uma família.

Marinette fechou os olhos, tentando ignorar a ideia que passou por sua cabeça.

Ela não iria esperar a sua transformação acabar para descobrir a identidade dele. Isso não era certo e ela jamais apoiaria que ele fizesse o inverso com ela.

Na verdade, Chat Noir jamais faria isso, ele a respeitava.

— Chat... — chamou baixinho e beijou o pescoço do herói.

Ele nem se moveu.

— Chat... — repetiu o carinho, dessa vez beijando a sua bochecha.

Viu apenas ele se remexer de leve, sem nem abrir os olhos.

— Você tem que acordar. — beijou os lábios dele.

— Eu já tinha acordado da primeira vez. — escutou sua voz rouca e viu um sorriso se formar nos seus lábios enquanto ele permanecia com os olhos fechados.

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