chapitre 06: n é c e s s i t é

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Chat Noir

Marinette dormia nos meus braços, tinha conseguido pegar no sono depois de muito tempo. Já eu não conseguia nem pensar em dormir.

Tudo o que minha mente trazia à tona era o acontecimento de horas atrás, que apenas confirmou o que eu mais temia: algo iria acontecer.

Pensava em Hawk Moth, não apelando para o fato sobrenatural de uma figura masculina simplesmente ter evaporado do quarto de Marinette.

Óbvio que era ele, Plagg sentiu a força do provável akuma, ele sabia que algo grande estava tendo início.

Então, se esse era mais um akuma, os akumas de Hawk Moth estavam ficando mais fortes, ele estava ficando mais forte. Esse poder era demais até mesmo para o vilão.

Eu não entendia o porquê de Marinette ser a escolhida, poderia estar sendo observada antes das minhas visitas. O que Hawk Moth poderia querer com ela? E porque ele acha que machucar Marinette me afetaria intensamente.

É óbvio que me afetaria, eu me preocupo com as pessoas que são importantes para mim, principalmente meus amigos, já que, aparentemente, eu não tenho uma família.

Contudo, Hawk Moth parecia achar que existe uma linha tênue entre nós, um relacionamento, talvez.

Aquele pesadelo só comprovou isso.

Lá, eu amava Marinette, amava-a com todas as minhas forças, eu podia sentir isso. Eu conseguia sentir a dor de perdê-la: era como ter todos os órgãos do meu corpo arrancados um por um.

A sensação de amar Marinette e vê-la morrendo nos meus braços foi horrível.

Tudo parecia tão nítido, tão real.

Era impossível evitar de pensar se esse pesadelo seria um sinal do que estaria para acontecer.

E se Hawk Moth estivesse brincando com a minha mente? E se ele soubesse que aquilo aconteceria, que esse seria o final de tudo?

Olho para a garota adormecida nos meus braços e abraço-a mais forte, precisava sentir, ter a certeza de que ela ainda estava aqui, que ela estava segura.

E assim, eu me permiti fechar os olhos por pelo menos alguns minutos antes de ter que ir embora.

Ela estava segura.

Ela estava comigo.

Estávamos juntos.

E isso era tudo o que importava.

***

Adrien

Eu tinha onze anos quando a minha mãe desapareceu. Todos tentavam me explicar de uma forma plausível, que, na maioria das vezes, não passavam de mentiras descabidas.

"Ela teve que viajar."

"Ela foi visitar uma amiga em Nova York."

"Ela está viajando à negócios com o seu pai."

Hoje fazem seis anos que ela sumiu, e apenas alguns dias atrás eu descobri a verdade.

A City Of LiesUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum