Zarpou

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O navio zarpou,
E eu, do cais,
Aceno e choro,
Sem nenhum pudor
Sou alquimista,
Transformo em água,
Toda a minha dor.

O velho mago,
Está indo embora
Anunciando boas vindas
Uma alvorecer,
De uma nova aurora
Eu tento ser forte,
Por todos do meu pelotão,
Mas minha alma ainda chora.

Todos em sentido,
Sem nenhum sentido
Seres individuais,
Formatados e diluídos.

Só mais um abraço,
Eu te peço, só mais um abraço
Eu sei, me faço forte,
Como o rei do cangaço,
Mas dentro dos seus braços
Conheci o que é ser pleno
E não escasso.

Alguns gravam imagens
Em escudos,
Eu os gravei
Em meu coração
E por fim,
Uma ultima saudação.

"Vala me Deus,
Nan, mas já?
Adeus, meu Chapa,
É hora de zarpar!"

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