— Não se preocupa. Vamos sair. Confia em mim. – Disse.
Sua voz estava firme e a segurança exalava. Então eu só pude confiar no mesmo instante e mesmo que ele estivesse nervoso ou gaguejando, eu iria confiar nele. Eu devia isso a ele, pelo menos um pouco.
Ficamos um bom tempo em silêncio. Mas os nossos olhares um no outro já me diziam tudo. Ele estava preocupado e me passava segurança apenas de me olhar.
Eu vi pela pequena brecha deixada por um buraco na parede, o sol ir embora e a noite cair, vindo com um vento gelado e forte, ainda com as suas mãos nas minhas, eu senti que ele estava com frio, não era para menos. Ele estava sem camisa, nem meias, nem tênis. Só a calça.
— Você está com frio... – Digo, chamando sua atenção para mim.
— Não se preocupa comigo. – Sorriu de leve, tentando disfarçar, mas ele ainda estava preso com seus olhos na porta. — O que você ia me perguntar hoje de manhã? – Mudou o rumo da conversa.
— Ah... Isso... Eu ia perguntar se... Se você tinha se casado – Ele me olhou, assustado. E riu.
— O que? Porque chegou a essa conclusão? – Continuou sorrindo.
— A aliança. – Aponto, elevando o queixo de leve na sua direção.
— Ah... Isso. – Ele olha para aliança e comprime os lábios.
— Como a Helena tem uma também, eu pensei nisso. – Revelei.
Eu não tinha nada a perder demonstrando minha decepção ao pensar que os dois eram um casal.
— Não somos um casal. Eu nunca me casei. – Respondeu, com um radiante sorriso direcionado para a aliança. — A aliança da Helena é de outra pessoa.
— Então ela casou? – Perguntei.
— Não. – Ele olhou para os lados, parecia procurar as palavras certas. — Ela ficou noiva um tempo atrás, mas não casou com ele.
— Posso perguntar o porquê? – Ele meneou a cabeça.
— Ele a traiu. – Respondeu, com tristeza no tom de voz.
— Então porquê... – Pausei minha fala um pouco e pigarreei, minha garganta estava seca. — ela continua usando? – Continuei.
— Para lembrar.
— O que?
— A dor que é ser traída. E nunca mais fazer algo igual ou... Se envolver com pessoas que lhe fazem promessa vazias.
— Então... Para o que é a sua aliança? – Seus pensamentos estavam distantes e ele hesitou em responder.
— Para lembrar também. – Seu meio sorriso foi triste.
— O que? O que ela faz você lembrar?
— A dor de ser deixado e a felicidade de pensar no sorriso dela se recebesse o par dessa aliança. Eu penso se... Ela aceitaria isso na época.
— Entendo. – Respondi, um tanto decepcionada com sua revelação.
Apesar de não ser com Helena ele obviamente se apaixonou e por infortúnio da vida, foi deixado novamente.
— Você a amava muito, não é? – Questiono.
Eu sei que se a resposta for positiva, meu coração vai doer, mas talvez sirva para que esse sentimento saia de mim.
— Sim. Demais. – Ele me olhou.
Balancei a cabeça.
— Essa conversa de vocês dois está rendendo! – A porta se abre bruscamente me assustando.
KAMU SEDANG MEMBACA
O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...
Capítulo 15 - Para lembrar ❤
Mulai dari awal