Capítulo 15 - Para lembrar ❤

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— Não se preocupa. Vamos sair. Confia em mim. – Disse.

Sua voz estava firme e a segurança exalava. Então eu só pude confiar no mesmo instante e mesmo que ele estivesse nervoso ou gaguejando, eu iria confiar nele. Eu devia isso a ele, pelo menos um pouco.

Ficamos um bom tempo em silêncio. Mas os nossos olhares um no outro já me diziam tudo. Ele estava preocupado e me passava segurança apenas de me olhar.

Eu vi pela pequena brecha deixada por um buraco na parede, o sol ir embora e a noite cair, vindo com um vento gelado e forte, ainda com as suas mãos nas minhas, eu senti que ele estava com frio, não era para menos. Ele estava sem camisa, nem meias, nem tênis. Só a calça.

— Você está com frio... – Digo, chamando sua atenção para mim.

— Não se preocupa comigo. – Sorriu de leve, tentando disfarçar, mas ele ainda estava preso com seus olhos na porta. — O que você ia me perguntar hoje de manhã? – Mudou o rumo da conversa.

— Ah... Isso... Eu ia perguntar se... Se você tinha se casado – Ele me olhou, assustado. E riu.

— O que? Porque chegou a essa conclusão? – Continuou sorrindo.

— A aliança. – Aponto, elevando o queixo de leve na sua direção.

— Ah... Isso. – Ele olha para aliança e comprime os lábios.

— Como a Helena tem uma também, eu pensei nisso. – Revelei.

Eu não tinha nada a perder demonstrando minha decepção ao pensar que os dois eram um casal.

— Não somos um casal. Eu nunca me casei. – Respondeu, com um radiante sorriso direcionado para a aliança. — A aliança da Helena é de outra pessoa.

— Então ela casou? – Perguntei.

— Não. – Ele olhou para os lados, parecia procurar as palavras certas. — Ela ficou noiva um tempo atrás, mas não casou com ele.

— Posso perguntar o porquê? – Ele meneou a cabeça.

— Ele a traiu. – Respondeu, com tristeza no tom de voz.

— Então porquê... – Pausei minha fala um pouco e pigarreei, minha garganta estava seca. — ela continua usando? – Continuei.

— Para lembrar.

— O que?

— A dor que é ser traída. E nunca mais fazer algo igual ou... Se envolver com pessoas que lhe fazem promessa vazias.

— Então... Para o que é a sua aliança? – Seus pensamentos estavam distantes e ele hesitou em responder.

— Para lembrar também. – Seu meio sorriso foi triste.

— O que? O que ela faz você lembrar?

— A dor de ser deixado e a felicidade de pensar no sorriso dela se recebesse o par dessa aliança. Eu penso se... Ela aceitaria isso na época.

— Entendo. – Respondi, um tanto decepcionada com sua revelação.

Apesar de não ser com Helena ele obviamente se apaixonou e por infortúnio da vida, foi deixado novamente.

— Você a amava muito, não é? – Questiono.

Eu sei que se a resposta for positiva, meu coração vai doer, mas talvez sirva para que esse sentimento saia de mim.

— Sim. Demais. – Ele me olhou. 

Balancei a cabeça.

— Essa conversa de vocês dois está rendendo! – A porta se abre bruscamente me assustando.

O preço de amar a CristoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang