Capítulo 5

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Rachel Stangard

Se passaram três dias que estou em Homeland e posso dizer que estou muito feliz, a maioria dos Espécies são muito educados - apenas algumas fêmeas não gostaram muito de mim e deixaram isso bem claro, expondo em minha cara - e fora isso, me dei muito bem com todo mundo. Breeze e Jessie já se tornaram grandes amigas, e me apresentaram a todas as humanas. Todas são muito legais e aparentam ser muito felizes casadas com Novas Espécies. Nós combinamos ir no bar que existe aqui para podermos dançar e curtir.

Justice me alojou em uma casa que é o dobro do meu apartamento, alegando que é para eu poder me concentrar melhor quando começar a fazer os projetos. Achei uma grande besteira, porque eu poderia facilmente ficar no alojamento das meninas e me sentiria super confortável. Tentei negar mas digamos que não tem como ir contra a palavra de Justice North aqui nesse lugarzinho chamado universo - a não ser que você seja Jessie North.

Passei os últimos dias avaliando e calculando o perímetro de onde serão construídas as novas casas. Homeland é enorme, praticamente uma cidade. Assim posso deixar minha mente expandir em idéias. Confesso que estou adorando tudo isso e me sentindo super felizarda.
Ouvi Breeze dizer que o macho que me encurralou na sala de reuniões - que descobrir se chamar Brock - estava meio obcecado por mim. O que eu acho ser uma mentira, o cara me olhava com puro ódio aquele dia e ainda pediu para eu não chegar perto de nenhum macho. Ele definitivamente me odeia.
A concepção disso me deixa decepcionada, pois eu senti uma atração tão grande por ele e por aquelas tatuagens que eu cheguei no nível de sonhar por duas noites seguidas com ele me penetrando. A que ponto eu cheguei minhas amigas, sonhar que estou fazendo sexo, mas só de lembrar da sua voz eu já fico excitada.
A questão é que eu nunca tinha sentido tal atração por alguém, mas eu juro que vou afastar esse sentimento pra longe e lembrar que eu vim aqui a trabalho!

O dia passou e fiquei enfurnada dentro de casa trabalhando e quando me dou conta, vejo que já são 19h, tinha combinado que sairia com as garotas hoje e decido ir me arrumar.
Vocês não imaginam a minha raiva ao ver que Alyssa só colocou roupas coladas e provocantes em minha mala, no fundo eu já sabia que ela iria fazer isso quando permiti que ela arrumasse minhas malas. Ela não vale nada! Óbvio que liguei e xinguei mas ela só disse "Você tem curvas, use-as", um completo absurdo.
Terminando o banho, opto por um short preto de couro, junto com uma blusa preta bastante decotada que mostra minha tatuagem abaixo dos seios. Fiz ela quando tinha 19 anos, sabem como é né, jovem e irresponsável, mas confesso que amo ela e não me arrependo de ter feito.
Uso um um conjunto de colares que vão da minha garganta até o vão entre meus seios. Nos pés uso uma ankle boot de saltos assassinos.
Fico orgulhosa de minha make e meus cabelos decidiram cooperar comigo por pelo menos um dia, ficando exatamente do jeito que eu gosto. Única coisa que falta é o batom e resolvo passar a cor preta, realçando bastante a cor dos meus olhos.
Me olhando no espelho eu admiro o resultado e internamente me pergunto se Brock estará lá.
Termino a tempo de Breeze chegar pra me buscar e recebo vários elogios vindo de sua parte.
- Eu tenho certeza que hoje você não volta sozinha pra casa, nenhum macho vai ser louco de deixar você passar despercebida. Nós não somos lentos iguais aos humanos, sem ofensas - Ela me diz

- Não foi uma ofensa, é uma verdade - rio - Mas não estou procurando por sexo Breeze, só quero curtir com vocês - Digo mas minha mente traiçoeira se desloca para um corpo alto e tatuado. Merda.

- Os nossos machos não te agradam? - Pergunta curiosa

- Os machos NE são impressionantes Breeze, mas eu realmente só quero curtir hoje. Quem sabe outro dia eu flerto com alguém - É a verdade

- Tudo bem então, vamos curtir.

Após poucos minutos, chegamos ao bar e me surpreendo mais uma vez com o tamanho do lugar e com o movimento ali presente.
Reconheço alguns rostos e começo a me sentir um pouco deslocada, parece que eu sou a única humana presente.
Engano meu, rapidamente avisto Serena, Kat, Jasmyne, Trish e Jessie. Respiro aliviada.
Caminhamos até elas e a noite começa com álcool e muitas risadas.
Elas estão contando histórias quando cometo o erro de dizer que também sou bartender, fui completamente obrigada a fazer drinks e me arrisquei até fazer algumas manobras que aprendi ao longo dos anos, dando um giro triplo na garrafa de vodka sem deixar ela quebrar.
Continuamos nessa brincadeira até Breeze me chamar pra dançar e aceito de bom grado, pois foi o combinado.
O lugar está realmente cheio, parece que os NE apreciam dançar mesmo.
Começa a tocar uma música pop do momento e não consigo controlar, começo a dançar, rebolar e sensualizar e Breeze me acompanha imitando meus movimentos

Brock - Novas EspéciesWhere stories live. Discover now