Um Filho para Grey

Meu eu em você

Pov Ana

Minha vida esta numa paz tão magnifica que chega a assustar.

Um mês se passou sem que tivéssemos noticias sobre o paradeiro de José, e é isso que me impede de ser completamente feliz.

Mas deixando ele de lado pra não me abalar, foco em minha mãe e na surpresa pra Christian.

Não consigo mais enganar meu corpo. Sei que ele é meu assim como sou dele, e nada mais certo do que ficarmos juntos pra vida toda.

Ele ainda não sabe, mas minha medica já liberou a atividade sexual, desde que eu tivesse cuidado na intensidade.

Olho pra Christian, e o vejo animado com a volta da minha mãe, mas ao mesmo tempo o percebo distante e ate irritado.

Pergunto se esta tudo bem e ele diz que sim, mas esta evidente em seu olhar que a certeza é totalmente contrária.

Me avisa que vai sair e apenas confirmo, deixando o interrogatório pra depois. E assim que ele sai, resolvo focar no restante do pessoal que conversa animadamente a minha frente.

...

Passaram se algumas horas desde que Christian saiu e não tive uma noticia sequer dele.

Mia e Ethan já foram embora, e mamãe se recolheu pra descansar um pouco.

Resolvo descer pra biblioteca e ler um pouco.

Quando vou chegando próximo a porta, escuto um barulho alto vindo da sala e rapidamente corro pra saber do que se trata.

Encontro Christian transtornado pegando várias coisas de vidro e as lançando na parede.

Em choque,por alguns minutos, não consigo ter reação alguma.

Minha mente traiçoeira, me leva a algum tempo atrás, quando ainda noiva de José, que ele fazia essas coisas. E no final, sobrava sempre pra mim.

Balanço a cabeça levando pra longe esses pensamentos. Christian é diferente, eu sei que é.

- Christian! - Chamo na esperança de que ele me olhe. Mas não faz.
Tento mais uma vez, e ai sim seus olhos param em mim.

Seu olhar se suaviza, e seu rosto antes vermelho de irá, vai voltando a tonalidade normal e cansada.

Corre até mim e suas mãos envolvem cada lado do meu rosto.

- Me desculpa! Eu... Eu... - Seu desespero evidente faz com que as palavras não saiam.

Apenas pulo em seu pescoço o abraçando apertado. Sem querer saber o que o afetou dessa forma, querendo apenas que ele se sinta confortável comigo.

Ele esconde o rosto no vão do meu pescoço e respira fundo.

Estou na ponta dos pés, já que ele é mais alto do que eu. Mas a dorzinha presente não me incomoda neste momento. Apenas quero que ele relaxe.

Sinto meu ombro molhar e sei que ele esta chorando baixinho.

Faço carinho em suas costas e sinto beijos molhados em meu pescoço.