Um Filho para Grey

Decisões

- Eu acho que não ouvi direito sabe!? - Ethan esta me olhando chocado.

- Vou optar por uma barriga de Aluguel, já estou decidido. - Acompanho-o com o olhar enquanto vejo meu cunhado se levantar e andar de um lado pro outro nervoso.

- Fumou maconha ou alguma outra droga?- Põe as duas mãos sobre a mesa me olhando.

- Claro que não seu idiota! Por que tá pensando que eu fiz isso? - Pergunta ridícula.

- Por que pra cogitar uma coisa absurda dessa, só tendo feito algo a altura. - Senta de novo na cadeira.
- Agora, falando sério! - Até que fim!
- Como seu advogado, devo alertá-lo que esses casos são complicados. -

- Mais complicado que achar uma mulher pro resto da vida? Acho que não! - 
Giro minha cadeira ficando de frente pra janela.

- Por que você não opta por adoção? É o meio mais seguro! -
As pessoas não entendem mesmo né.
Me levanto da cadeira perdendo a pouca paciência que tenho;

- Eu quero um filho que seja sangue do meu sangue. Aquele que eu olhe e veja traços que me lembrem alguem. É tão difícil entender isso? -
Somos interrompidos por Leila entrando em minha sala feito uma flecha.

- Sr Grey!-
Fala nervosa!

- O que eu te falei sobre interrupções? -
A olho com a cara fechada.

- Desculpa Sr, mas é que acabaram de ligar da sua casa. Parece que sua governanta desmaiou e ... -
O desespero toma conta de mim e não consigo pensar em mais nada. Saio a passos largos da minha sala, indo pro elevador.
Nem percebi que Ethan e Leila entravam atrás de mim;

- Já passei as coordenadas para Taylor Sr. Ele o levará ao hospital em que Carla está.-

- Obrigada! , cuide de tudo na minha ausência. -
Ela assente e o elevador chega.

Vejo meu cunhado entrar no elevador comigo;

- Vou com você, afinal, Carla cuida de vocês como filhos, e minha princesa deve está precisando de mim. -
Não consigo dizer nada, e vamos pra saída do escritório.

Vejo Taylor que abre a porta do carro para que possamos entrar e já dá partida.

No caminho, tento várias vezes ligar para Mia, porém ela não atende. O que só faz com que eu fique cada vez mais nervoso.

Não demora muito e meu segurança/ motorista estaciona o automóvel em frente ao hospital.

Ethan e eu saímos as pressas, correndo em direção as grandes portas de vidro.

Vou até a recepcionista pedir informações;

- Bom dia! Queria saber de uma paciente que deu entrada a  poucos minutos. - A loira que estava atenta a algo que digitava no computar demora um pouco pra me olhar, mas quando o faz...

- Bom dia Sr. Me chamo Ângela. Pode me dá o nome completo de quem procura?- Fica com aquela cara que todas as mulheres fazem quando me veem, de iludida apaixonada. Por Deus né, tô sem tempo pra isso.

Estou aguardando que me fale o que quero, quando vejo uma maca passando... É ela!

Corro até onde Carla está e pego sua mão: Tá fria!
Nossa senhora, que medo tenho de perde la!

- Linha, fala comigo! -
Meus olhos estão cheios de água.

- Vou ficar bem. -
Fala tão baixo que quase não consigo ouvir 
- Liga pra Ana, avisa pra ela.- Mas quem é essa?

Chega numa porta branca onde não posso entrar.
Dou alguns passos pra trás e viro encontrando minha irmã sentanda em um dos bancos que tem ali, sendo consolada pelo namorado.  Me aproximo deles;

- Quem é Ana?-
Pergunto na esperança de que minha bonequinha saiba de quem se trata.

- Filha dela, a única filha. Ela disse que ela esta na faculdade nesse horário. - Fala com a voz embargada pelo choro.
- Me deu esse papel aqui com o número, e me pediu pra ligar. Não consigo. -
Fala me entregando o pequeno papel.

Fico olhando para aquele número e pensando em como vou da a noticia pra essa moça. Ela precisa saber do estado da mãe;

Saco o telefone do bolso e digito o número, ligando em seguida. Demora um pouco, e no terceiro toque ela atende:

Ana: Alô? - Ela esta num lugar bem barulhento.
Chris: Oi Ana, aqui quem fala é o Grey, patrão da sua mãe. Como vai? - Não escuto sua voz por uns momentos.
Ana: Olá Sr. Grey, esta tudo bem. Mas, aconteceu algo com minha mãe?- Ela vai direto ao assunto e as palavras me faltam.
Chris: É... Eu não queria ser portador de noticias ruins, mas sua mãe acabou de da entrada no hospital e pediu para que eu avisa se a você. - Tudo fica mudo do outro lado da linha e me assusto. O que será que aconteceu?
Ana: Por favor, me diga o endereço dai que eu já estou indo. - Passo as coordenadas do hospital e confiro se ela anotou tudo direitinho. - Em 30 mim eu estou ai, qualquer coisa pode me ligar. - Nos despedimos e ela desliga.

Guardo o celular de volta no bolso, e vou aconchegar Mia num abraço. Ficamos por ali, até que um vento de cabelos castanhos passa por nós.

Quando ela vira e nos vê, posso analisa la melhor.
Tem olhos azuis, que estão mais claros devido o choro, uma boca rosada carnuda e a pele bem branca como a de Carla.

Simplesmente linda!

Vem se aproximando de onde estamos. O primeiro a se levantar é Ethan, fazendo com que minha irmã, mesmo triste, o fuzile com o olhar.

- Você deve ser a Ana, sou Ethan Mumford, namorado de Mia, a quem sua mãe tem como filha. - Vejo eles trocarem um aperto de mãos.

A próxima a se levantar é minha irmã:

- Oi Ana, essa não é a melhor hora pra se conhece alguém, Sou Mia Grey. Saiba que a Linha fala muito de você. - Ela apenas da um sorriso fraco e logo as duas se abraçam.
Sou o último a levantar;

- Muito prazer Ana, foi eu que falei com você pelo telefone. Sou Christian Grey. - Ela me encara e seu olhar é de tanta dor. Me estende a mão, mas logo muda de ideia e me abraça. Simplesmente não evitei, pois diferente dos outros, aquele me trouxe sensações até então desconhecidas por mim.

O que esta acontecendo comigo?