Um Filho para Grey

Emoções

Ela vai soltando aos poucos meu corpo e me encara.
Simplesmente não consigo decifrar o que eles querem me dizer.

- Me desculpe Sr Grey, eu...- Começa a falar sem parar, parecendo perdida.

- Por favor...- Começo pedindo e toco sua mão, me surpreendendo em seguida pela descarga elétrica que acontece depois do contato.
- Me chame apenas de Christian. - Sorri e quando pensa em falar algo, é interrompida pelo soar de uma porta abrindo, a grande porta branca por onde Carla entrou.

Um médico sai de lá e nos observa

- Parentes de Carla Steele. - Anastasia imediatamente levanta a mão, correndo até o mesmo.

Os dois conversam um pouco e em seguida ela desaba no chão.
No impulso, corro até lá.

- Doutor, o que aconteceu? - Pego ela em meus abraços, e não para um minuto se quer de chorar vagarosamente.

- Carla esta com Leucemia. - Meu coração se quebra ao ouvir isso. Nós nunca esperamos que alguém tão próximo, possa está a beira da morte assim, tão nova.

- Eu faço tudo que for preciso, mas salve a vida dela.- Olho em desespero para o médico.
- Faremos e estamos fazendo o possível senhor. - Anastasia de agarra ainda mais forte ao meu corpo, e não tenho coragem de tira la daqui.

- Ela está muito fraca, e demos alguns medicamentos para que consiga descansar. Pedimos também exames mais detalhados para saber o agravamento da doença. Por hora, ela não pode receber visitas. Volto a conversar com vocês no caso de alguma melhora. - Fala tudo tão rápido, que mal tenho tempo de digerir as palavras.

Sem dizer mais nada, ele sai corredor a dentro, nos deixando ali novamente.

Ergo Ana ainda em meus braços, e nos levo ate as cadeiras novamente.

- O que ele disse Chris?- Mia pergunta apreensiva.

- A Linha tem leucemia. E eles ainda não sabe em qual estagio está! - As lágrimas começam a cair sem que eu perceba e quando dou por mim, estamos todos chorando.

Ainda não consigo acreditar! Não consigo cogitar que... Deus, por que ela?

Anastasia é a primeira a levantar a cabeça, limpar os olhos e encarar a todos nós.

- Obrigada por, estarem aqui e, mostrar que minha mãe é mais que uma simples empregada pra vocês! - Ela sorri fraco e faz mensão de ir embora, e seguro seu braço bem de leve.

- Por que não fica conosco, Srtª Stelle? Já esta bem tarde.- Por incrível que pareça, desde que Carla deu entrada até agora, que pra nós o tempo parecia não passar, lá fora ele passou e a todo vapor, pois já é quase madrugada.

Ela olha em seu relógio de pulso, confirmando o que eu disse.

- Vocês moram perto daqui? - Faço que sim com a cabeça. - Tudo bem então, quero ficar mais perto da minha mãe. - Sorrio e a deixo um pouco, enquanto chamo o casal para que possamos ir pra casa.

Peço pra que Taylor leve o carro de Anastasia, enquanto vou guiando o meu até o apartamento.

Ela esta ao meu lado, enquanto minha irmã e cunhado vão no banco traseiro.

Por todo o caminho, não trocamos uma palavra sequer. E logo estou estacionando o carro na vaga e descemos.

O elevador demora um pouco, mas logo vem.

Tudo isso aqui fica num silencio e vazio absurdo sem ela. Dou espaço pra que todos entrem e fecho a porta em seguida.

Mia e Ethan sobem para o quarto, e eu fico na sala com Ana.
Ela olho tudo como uma criança curiosa, parece está bem mais calma.

Depois de um tempo, se aproxima de onde estou e senta ao meu lado no sofá.

- Agora entendo por que mamãe falava que aqui parecia um castelo. É tudo tão lindo. - Linha é mesmo uma fofa, em todos os sentidos. E olha a filha que tem, puxou tudo seu.
- Não queria conhecer as pessoas de quem tanto ouço falar num momento como esse, mas o destino é fogo né!? - Ri e continua me olhando.

E eu como um belo idiota, fico estático aqui vislumbrando sua beleza.

- Tenho sua mãe como minha e tenho certeza que Mia também. - Consigo finalmente falar.
Vou arriscar algo, e espero que dê certo.
- Desculpa a intromissão mas, o que você faz da vida? - Ela me olha por um momento, e depois resolve falar.

- Sou estudante de Medicina, entrei no curso a pouco tempo e ainda não sei bem que área seguir. - Se acomoda melhor no sofá e continua;
- Mamãe sempre me incentivou muito, fez e faz de tudo para pagar minha faculdade, e eu ajudo como posso, trabalhando aqui e ali do jeito que dá. - Fala tudo de cabeça baixa, e de repetente me encara profundamente.
- Eu não posso perde la!- As lágrimas começam a cair novamente e eu ponho a mão sobre seu rosto tentando acalma la.

- Seja forte, ela vai ficar bem.-