-Natasha, isso foi a quase uma semana e meia! Quando pensava em contar?! -murmura Miller.

-Ela não ia contar. - afirma Jack. -Estou certo?

-Sim.

Miller suspira, claramente irritada.

-Há mais alguma coisa que nós deveríamos saber? - indaga.

-Sabe onde é a base dele? - pergunta Noah.

-Não... cheguei lá desmaiada... mas sei que é subterrânea.

-Essa informação não foi de muita ajuda. - debocha Diogo.

-O que ficou fazendo o tempo que passou lá? - questiona Diana.

-Relaxando, e decorando a planta da base. Apesar de que haviam alguns corredores que não pude ter acesso.

-Quero que relate a planta para Simon, e que ele faça um esbolço. - Ordena Miller.

-Mais alguma coisa relevante? Não viu nada de estranho? - pergunta Jack.

-Não. Bom... agora que você falou... tem algo que havia me esquecido...

-Desembucha, pior do que já está não pode ficar.

-Não tenho certeza mas... acho que eles injetaram alguma coisa em mim... e talvez tenha recolhido amostras de sangue. Lembro de ter visto alguns furinhos no meu braço.

-Acho que estou tendo um déjà vu. Isso já aconteceu, lembra? Na última vez que você foi sequestrada aconteceu algo semelhante, isso se não for igual.

-Verdade, mas me lembro que vocês não encontraram nada de diferente em mim.

-Se quer um palpite, acho que você melhorou muito em luta corporal. - argumenta Alfie.

-Também senti uma diferença, mas isso é impossível!

-Nada é impossível. - intervém Jack. - Cada um de vocês tem dons correspondentes ao tipo de gene. - explica.

-Como assim? - questiona Diana.

-Por exemplo, gene é um fragmento de uma molécula de DNA com informações necessárias para constituir alguma característica do corpo. - explica Simon. - O que significa, que temos esses dons porque existe um gene do nosso corpo que é diferente!

-Continuo sem entender. -murmura Diana. - Por mais que todos aqui tenhamos genes, eles são diferentes?

-Isso mesmo. É um gene no nosso corpo que faz a diferença!

-Bom, no caso da Natasha, são dois. É por isso que todos os cientistas da OSCU te consideram uma anomalia. Tecnicamente nosso organismo suportaria apenas um gene diferente que se reproduz quando aprimoramos nossas habilidades. Mas você, tem dois. Esses genes são hereditários. - diz Jack.

-Não entendi. - fala Alfie.

-É como o cromossomo Y e X, ou você tem um ou tem outro. Tecnicamente é impossível ter os dois. Mas por um motivo oculto, você tem os dois genes dos seus pais.

-Quer dizer que somos assim só porque um fragmento do nosso DNA é doidão? - murmuro.

-Então o que exatamente ele fez no corpo da Natasha? - questiona Sara.

-Pelo que sei, essa coisa que ele injetou só faz efeito quando estou com excesso de adrenalina ou endorfina. - explico.

-Noah, quero que estude bem a Morgan. Descubra o que Dylan fez. - diz Miller.

-Desculpe chefinha, mas não sou um cientista...

-Acho que tenho a pessoa indicada. - digo pensativa. - Conhecem o Dr. Julians Kepler?

-Ele sumiu a anos. - murmura Miller.

-Na verdade...

-Ótimo, ela escondeu mais uma coisa. - debocha Diogo.

-Na verdade...? -incentiva Sara.

-Ele está escondido. - digo, pegando uma folha no centro da mesa para escrever o endereço.

-Impossível, nós procuramos ele por todo lugar! - diz Miller.

-Acho que não procuraram bem, porque não demorei nem dois dias para acha-lo. Ele está nesse endereço.

Empurro a folha, e ela desliza levemente sobre a mesa até chegar a Miller e Jack.

-Diga que eu mandei busca-lo. Talvez ele possa nos ajudar, afinal foi ele quem criou o soro e o composto biológico da bomba.

-Vamos trazer um criminoso para a nossa base? Ele é um completo estranho! - reclama Diana.

-Trouxemos o Taú. - Argumenta Alfie.

-Taú não é um criminoso!

-Não foi isso o que eu quis dizer. Ele é apenas um estranho.

-Confio nele.

-Mas eu não.

-Muito bem, acho que Alfie se encarregara de vigiar a Natasha. - diz Jack.

-Quê? Me vigiar?

-Isso mesmo, você escondeu a verdade de todos nós. Mentiu durante todo esse tempo. Me desculpe Natasha, mas não posso confiar em você.

-Confiar em mim?! Vocês me caçaram, e ainda querem falar se confiaça?!

-Pensei que essa etapa já estivesse encerrada.

-Eu perdoei, mas não esqueci!

-Então isso foi uma vingança?

-Claro que não! Mas acho que pelo menos estamos quites!

-É justo. - apoia Simon. -Mas convenhamos, o que você fez é bem mais grave.

-"Mais grave" porque agora o jogo virou, era a vida de vocês que corria perigo, não a minha! - digo, elevando o tom da voz. - Se ainda me quiserem nessa força tarefa, terão de confiar em mim!

-Se acha muito importante, não é Morgan? - murmura Miller, cruzando os braços.

-A verdade? sim. Dylan viu alguma importância em mim, e isso talvez seja útil para vocês.

-Você fica, e garanto que ninguém irá segui-la. - intervém Jack, antes de Miller dizer mais alguma coisa.

-Espero que não esteja escondendo mais nada, Morgan. - ameaça ela.

-E agora, o que faremos? - questiona Sara.

-Estão dispensados. Mais tarde voltamos a interrogar o prisioneiro. Enquanto isso, tratem de guardar as coisas que buscamos.

-Onde está minha prima? - questiono.

-Com Mariana na sala de treinamentos. Elas estão lutando. - responde Simon. - Ou pelo menos tentando, já que Mariana é um desastre.

-Falou o nerd sedentário.

Agente Morgan 3Where stories live. Discover now