As Regras do Jogo - Dean e Sabrina - Coleção Amor em Jogo

Primeira Vez

Sabrina

Faculdade!

Gente bonita, contagiante e com um estilo próprio. Conhecer pessoas sempre foi o meu maior desejo. Sair de West e cair na cidade grande parece assustador a princípio. Mas aí eu enxergo as inúmeras possibilidades a minha frente.

Homens bonitos!

Isso mesmo!

Estou vendo agora a minha frente os jogadores de futebol americano da faculdade, a poucos metros no gramado jogando a bola um para o outro. E claro, sempre tem um bando de garotas bonitas, magras e altas (até parecem que estão sendo filmadas para algum tipo de propaganda ou filme ) ao redor deles, rindo e cochichando umas com as outras.

Juro por Deus que consigo ver os músculos daqueles braços fortes explodirem pela blusa apertada que alguns daqueles garotos usam. E por um segundo me sinto Shania Twain no clipe musical Men! I feel like a waman. Rodeada de homens lindos e sexys, sentido-me uma deusa para eles. A única deusa daquele pedaço.

Acho que aqui não é a faculdade mas o paraíso de homens lindos e fortes. É uma pena que sou uma porta torta quando se trata em flertar com o sexo oposto. Gostaria de ser uma dessas garotas que conseguem se aproximar, rebolar seus cabelos e com um simples gesto (tocando o queixo quadrado e perfeito desses boys) conquista-los e fazer o que quiser com eles.

Mas a verdade é que descobri uma retração ao contato físico com sexo oposto. Isso foi na noite do baile, quando eu decidi transar com Dean, capitão do time de futebol na época do colegial, e simplesmente foi a noite mais humilhante da minha vida. Parecia uma gata assustada.

Eu travei!

Nem quero lembrar daquela noite.

Noite do baile. Dois meses atrás.

Depois de uma produção impecável, finalmente chego ao local. Loey, uma de minhas melhores amigas me acompanha, mas sem nenhum entusiamo. Afinal de contas, ela disse que não ter um par para o baile é como assumir um fracasso amoroso. Eu ri do seu drama, pois afinal de contas sou eu que costumo dar uma de vítima e fazer minhas amigas de ''ombro amigo'' sempre que a depre toma de conta do meu ''ser escândalo''.

- Que cara é essa Loey? Vai! desencana dessa história de fracasso por não ter um par. Eu também não tenho e estou aqui com você louca para curtir cada música dessa droga de baile. - Tento anima-lá enquanto ela já faz uma cara emburrada, sentada na cadeira.

- Eu não to no clima sabe. Acho que foi uma péssima ideia vim a esse baile imbecíl. Não quero ver Sam e Scott dançando uma música romântica enquanto eu olho pros dois sentada nessa cadeira desconfortável sentindo meu coração apertar. - Ela desabafa com um fôlego só, falando sem parar em uma única palavra. Aí então, se toca da minha cara ao chão com uma confissão nada normal.

Como assim ela fala de Sam, nossa melhor amiga e de seu namorado, com tanta magoa? Ou seria ciumes do próprio Scott?

-Loey o que você tá me dizendo?! Eu não entendo o que você... -As feições de Loey parecem vermelhas. Ruborizada como um tomate. Toco seu braço enquanto ela ainda tenta refazer sua feição ou então enterra sua cara no vaso de flores no centro da mesa. - Loey está acontecendo algo que você quer me contar?

- Eu não quis tocar em Sam e Scott. Até porque eu não sei se ele vem ao baile. O que me causa um certo alívio e ao mesmo tempo aperto no coração.- Ela ainda parece perdida aos pensamentos e diz o que vem à mente como que tentado tirar para fora tudo. Não consigo compreender seu raciocínio.