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  "O quão longe você está disposta a ir para fazer justiça?". Essa é a pergunta que tenho feito para mim mesma dês de que desci daquele maldito carro. Era algo novo para mim, dizer que em algum momento eu iria me acostumar com essas situações, seria mentira. No fundo eu sabia que não estava pronta para tais responsabilidades, mais isso era mesmo, bem la no fundo.

Nem tudo segue o roteiro proposto. Dizer que vou ficar calma e que ninguém será ira se ferir, não é necessariamente possível. Estávamos prestes a começar uma guerra, uma guerra em que salvaria muitos, mais causaria varias perdas para todos, eu só não sabia disso ainda. Muitas palavras não ditas, verdades não reveladas e historias não vividas nos colocou em tais situações. Muitos estavam ali por livre e espontânea vontade, como nós, eu e Wilian, outros por dever, como a Katia e Sebastian, alguns por honra, como todos os solados. E como esquecer, ali na quela noite, uma simples mulher, ela estava ali, não por dever ou escolha, mais por sentir-se culpada por um passado doloroso, e esta era a Any.

O lugar não estava tão cheio, mais em meio a um lugar tão grande, perder alguém de vista era fácil demais. Wilian puxou uma cadeira para mim, nos sentamos em uma mesa a dois no canto de uma das paredes, Any fez questão de dirigir-se ao cetro do salão para dançar. Ao longe observo Katia e Sebastian se aproximarem de um bufe. Wilian se senta atrás ao meu lado, logo me viro de costas para ele e observo a multidão, a mesa era de cinco acentos, mais ninguém viria ate-nos, plenos desconhecidos.

- Esta nervosa?- Ouso no canto de minha nuca Wilian falar.

- Não. – Minto. Não tinha percebido minhas mãos tremendo, mais ele sim. Seu olhar é duvidoso, me contraio na cadeira escondendo minhas mãos. – Estou bem.

Guio ate seu rosto uma de minhas mãos, com um curto sorriso de canto eu aceno com a cabeça positivamente, observei em seu rosto um olhar preocupado e o enrijecer de suas sobrancelhas.

"Todos em posição?" – Pergunta Sebastian. Aos poucos ouço todos confirmarem suas posições, engulo em seco e confirmo a minha.

- Sim. Esperando a confirmação do alvo. – Todos apostos, apenas ao aguardo da chegada do alvo. Quem nos avisaria seria o Malcon, um dos melhores snipers dentre todos ali.

Levo a minha mão ate minha coxa, Wilian calmamente coloca a dele por cima da minha. Nossos dedos se entrelaçam, nossos olhares se cruzam e a pressão aumenta. O olhar aflito e o receio estampado no rosto nos preocupam.

- Não seja pega. – Diz Wilian serio.

- Não me deixe ser pega. – Digo.

Levo minha mão ate sua gravata a puxando em direção a mim, seu rosto se aproxima do meu conforme faço mais força, nossos lábios se tocam em um beijo brusco.

"Alvo avista."- Ouço a voz do Malcon, a confirmação estava dada.

Distancio-me do Wilian, com uma de suas mãos ainda no meu rosto sinto seus dedos guiarem meu cabelo para trás da minha orelha.

A pressão da gravidade parecia estar mais forte, o ar estava pesado, o tempo corria lentamente e meu coração batia acelerado.

"Todos apostos." – Diz Wilian retirando a mão do meu rosto.

Uma simples palavra foi o que começou tudo de vez, as portas se abrindo para Jack que com vários seguranças passou esnobando tudo e todos. Subindo as grandes escadas do salão Jack se direciona a um corredor à esquerda.

"O show começou." – Diz Sebastina.

"Agora!" – Diz Wilian.

Foi como um apito para um jogador de futebol. A voz de Wilian deixou todos alerta e em grande movimento. Sebastian estava certo, o show acabara de começar, e todos queriam muito por as mãos no ídolo. Mais infelizmente, só alguns conseguiriam.

Amor possessivo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora