Amor possessivo

10

   

    Wilian me fez várias perguntas. Várias perguntas sobre o que aviam me perguntado e o que eu avia dito. Ficamos nessa por um bom tempo.

-…e o que você disse? - pergunta Wilian. Não estava tão atenta ao "interrogatório" o quanto deveria. Homens sérios, machucados carregando suas armas estavam a nossa volta tirando meu foco.
 
Estávamos em uma van indo em direção algum lugar que eu não faço ideia de onde fique.

- Eu não lembro. - Respondo e o olho no fundo dos olhos. - Não te entreguei, não se preocupe.

Ele franze o cenho e diz:

- Me entrega? Do que você está falando?

- Do que eu estou falando? Você matou um policial, MEU NAMORADO.

- Ei, não leve a mal, mais eu não matei esse idiota.

- Como? - me surpreendo com seu jeito de falar sobre Kevin.

- O que foi? Ele é um idiota, e se te faz sentir melhor, não acho isso só pelo fato do que ele fez com você. - Diz ele pegando a arma de um homem que está ao seu lado e a carregando.

- Então, pelo que mais seria? - pergunto. Nesse momento a van para. Acabo colidindo com o braço de um homem que está ao meu lado. - Desculpa.

- Sem problemas. - Diz o homem.

A porta da van se abre. O homem desce na frente. Wilian desce logo em seguida. Ao descer se vira para mim e me dá sua mão.

- Vamos senhorita. - Diz.

Pego em sua mão e desço. Ouço o barulho das águas. O ar puro e o por do sol ao longe. Estamos na praia.

Wilian olha para os homens que continuam na van.

- Muito obrigado pela ajuda amigos! - Diz.

- Não precisa agradecer. Devemos nossas vidas a você. - Um dos homens diz. Os outro em completa sintonia acenam com a cabeça concordando. Olho para a mão de um deles, ele estava a segurar uma medalha de soldado. Eles são do exército.- Se precisar, já sabe como nós chamar.

- Pode deixar. Espero não precisar! - Diz Wilian que sorri e vai embora me puxando com sigo.

  Ele coloca um boné e anda cabisbaixo. Entrega a mim um boné também. Eu o coloco.

-  Agora, estamos por conta própria. - Diz.

******Alguns minutos depois******

- Isso é mesmo nescessário? - pergunto.

- Sim, nesse momento estou sendo procurado porque alguém está tentar me acusar de matar seu "amado" e, bem… você entrou em fuga junto comigo.

- Espera, acusar? - Paro de andar para o olhar nos olhos. - Não foi você?

- Eu já falei que não. - Diz ele voltando a caminhar. - Pedi para um de meus homens te proteger. Ele estava prestes a atirar no tal de Kevin até que alguém o fez por ele.

- Porque eu deveria confiar em você?

- Não disse que deveria. - Diz seriamente entrando em um dos becos das ruas que estão sujas pelas areias da praia. - Uma dica. Não confie em ninguém!

Wilian pega de seu bolso uma chave de carro. O alarme de um dos carros da rua apita.

- Perfeito. - Diz Wilian indo em direção ao carro e abrindo a porta. - Vamos?

Eu entro.

- Esse carro chama atenção de mais… - Digo.

- Sério? Esse é o mais velho que tenho. - Diz Wilian e sorri. Esse foi um da queles momentos dos quais é impossível saber se foi apenas ironia ou mais uma das varias humilhantes verdades.