[5.fem] • medicine

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O careca, que carregava um tablet nas mãos, digitou alguma coisa, provavelmente procurando o nome do Styles na lista, seus olhos negros se voltaram para o cacheado, passando por Louis por alguns instantes com curiosidade.

– Tirem os capacetes e desçam da moto, vamos revistá-los. – A voz grossa e autoritária do segurança ecoou firme para os dois na moto, Harry olhou pouca coisa para o garoto atrás de si, meio que alertando para ele fazer sem questionar, e é claro que ele não iria, então desenrolou os braços calmamente do tronco de Harry, descendo da moto com calma. – Carne nova, Styles?

Louis corou lentamente quando sentiu o careca encará-lo com um sorrisinho perverso, especificamente suas coxas apertadas no tecido da jeans, mas ignorou, tirando o capacete com cuidado da sua cabeça. Olhou para Harry, que lançava um sorriso descontraído para o segurança, meio que afirmando a sua pergunta, não foi algo que definitivamente lhe incomodou, mas o nome dado pelo segurança para o Tomlinson fez ele querer vomitar ali mesmo. Lançou um olhar desconfiado para Harry ao seu lado, que estava sendo revistado pelo careca enquanto outro segurança moreno de olhos verdes fez o mesmo com Louis, e se controlou e muito, quando o segurança apalpou levemente a nádega esquerda do moreno, teria lhe dado uma joelhada se não tivesse outro com uma arma enorme perto deles.

– Boa festa, garotos. – O careca desejou, retornando ao seu posto com os colegas de trabalho na casinha, liberando os portões para que eles pudessem passar.

– Obrigado. – Harry agradece, voltando a sentar na moto novamente onde entregou o capacete para Louis, colocando-os e dando a partida novamente após o menor entrelaçar os braços no corpo alheio. Depois que sumiram da entrada, Louis sentiu o motor acelerar pela pequena estrada com árvores ao redor, de longe conseguia ver algumas luzes e sons abafados, que começaram a ficar mais claros quando a moto acelerava de acordo com os movimentos do tatuador. – Se eu não estivesse relaxado só por você ficar agarrado assim em mim, eu teria dado um soco naquele filhou da puta que te tocou.

– Está tudo bem. – Louis suspira, se acalmando mais quando ouviu a revelação do cacheado. Um sorrisinho brotou em seus lábios no momento em que fez a questão de aproximar melhor as pernas no corpo de Harry, agarrando com mais firmeza o peitoral do rapaz. A respiração do Styles pesou ao sentir o corpo de Louis atrás de si que estava fodidamente perto, apertando suas mãos no guidão da moto com força para amenizar a sua frustração. – Algum problema, Harry?

– Nenhum. – Harry disse firme, com certo impasse na voz antes de decidir que focar na pequena estrada à frente era melhor para prevalecer os seus pensamentos puros.

Louis da primeira e única vez que ele foi para um festa de campo, na metade do segundo ano do ensino médio; na verdade foi somente para buscar Niall que estava desmaiado em um dos quartos de hóspedes da casa, nesse tempo eles haviam brigado porque Louis ficou rindo do amigo quando eles estavam assistindo à final do campeonato de vôlei da Irlanda contra a Polônia, era algo que eles sempre costumavam fazer, apostar para algum time e torcer para qual deles ganharia, no final era obrigatória um tipo de consequência para quem perdesse, mas dessa vez foi totalmente diferente, o time que Niall estava torcendo era do seu país de origem, o que de certo foi muito divertido para Louis e totalmente frustrante para Niall.

Quando o jogo começou, Louis viu que o time do Niall não tinha chances nenhuma de ganhar, a Polônia estava indiscutivelmente boa naquele dia e venceu em pouco tempo, não muito depois, Louis não sabia se ria ou consolava o amigo pela perda, Louis era assim, em situações que ele não tinha a mínima ideia do que fazer para ajudar, ele começava a rir feito um retardado por longas horas, e Niall gritando aos berros para que ele parasse de rir entre choros não ajudou muito, então Niall expulsou o amigo da casa e bloqueou ele em todas as redes sociais, o loiro achava que como vingança, ir à uma festa sem Louis lhe deixaria puto da vida – o que era verdade – mas só piorou quando uma das garotas do colegial ligou para o moreno de olhos azuis pedindo para que ele fosse buscá-lo, já que achou que não seria uma boa ideia ligar para os pais, sendo que quase noventa por cento das pessoas ali eram menores de dezoito, e ele foi buscá-lo, é claro, às vezes sentia o cheiro do vômito que havia impregnado no carro do seu pai – na época ele não tinha o seu – e por todo o corredor do seu quarto até o banheiro, foi um completo pesadelo.

walking the wire | lwt+hesWhere stories live. Discover now