walking the wire | lwt+hes

[3.tre] • so it goes...

[n/a]: ao som de brasil x alemanha agora no futebol, que nao venha 14x2 em 2018. Minha amiga disse que 2018 é o ano do karma, serase o brasil vai dar a famosa revanche?
a intençao era postar dia 29, que é meu niver, porém a madame é ansiosa e agoniada e já tô postando agora, aproveitem szsz

Louis fez o que deveria ter feito. Voltou para o seu quarto e procurou a maior bolsa que ele tinha e que serviria de mala, seria bem mais prático do que levar uma de rodinhas, afinal, não sabia quanto tempo ficaria fora e peças de roupas como camisas, cuecas e as calças de moletom já eram o suficiente, poderia sobreviver com a mesma calça jeans e os mesmos tênis Vans.

Enquanto terminava de arrumar, mal sequer ouviu o que acontecia lá fora, o barulho do seu coração acelerado enquanto jogava freneticamente as roupas na bolsa. Sabia que seu pai já estava em casa, conseguia sentir os passos pesados do mesmo no corredor enquanto caminhava para o seu devido quarto, apesar de ter trancado a porta, Louis ficou em um nervosismo constante pensando que ele tentaria vê-lo em seu quarto, mas isso definitivamente não aconteceu, o que foi muito melhor, já que seu nervosismo lhe atrapalharia na hora de mentir, então, após terminar de pegar tudo necessário e jogar na bolsa Nike; ele sentou na cama, terminando de calçar os sapatos e vestir um gorro em sua cabeça, esperando o sinal de uma das gêmeas avisando que era a hora.

Louis ficou configurando o celular que Phoebe havia lhe emprestado, colocou um chip antigo que ele tinha, e logo procurou contatos na sua lista na tentativa de achar um lugar temporário para ficar, mas ele notou o quão estava fodido. Basicamente, era um sábado à noite, boa parte das pessoas que ele conhecia estava indo para festas e não cancelariam sua noite para acomodar o de olhos azuis nem fodendo, fora Niall, ele não confiava em outros adolescentes para tamanha causa, no final eram todos uns idiotas achando que viviam na adrenalina mas morriam de medo de apanhar do pai.

E então, ele pensou em Eleanor, uma garota que era simpática e tinha aula de música com ele, Louis até tentou ter alguma coisa com ela, mas o fato de ser gay não ajudou muito – nada – e ela, apesar de saber da sexualidade do Louis, continuava louca por ele, a possibilidade de pedir ajuda para ela seria uma boa, já que ela o acomodaria com todo prazer, mas pensar que na madrugada a garota iria atacá-lo, deixava-o de pelos arrepiados juntamente com medo da avó de Eleanor, que era, de acordo com a neta, uma bruxa, já que sua religião era a Wicca, a avó nunca foi muito com a cara de Louis, meio que sabia que seria tempo desperdiçado para a neta já que ela sabia de alguma forma que Louis era gay, no entanto, outra opção cortada da sua lista.

E no final, lembrou da sua única, última e melhor opção: Harry.

Harry não tinha mandado sequer uma mensagem para Lou, o que realmente dificultou as coisas, ele estava receoso em aparecer no apartamento dele do nada, e capaz até de chutá-lo para fora não deixar Louis ficar lá, mas antes que ele pudesse pensar em outra solução, seu celular vibrou na outra mão, o que lhe fez tomar um susto, tranquilizando ao ver que era a mensagem de Phoebe, avisando que Daisy já estava saindo para "passear" com a cadela, e então ele se alarmou, iria tentar com Harry, não tinha mais tempo e nem escolha.

Ele abriu a porta de vidro, levando a bolsa consigo no ombro, e apoiou as mãos na cerâmica gélida para olhar embaixo, notando Daisy correndo silenciosamente com a cadela ao seu lado, o olhar estava levantado para o segundo andar que Louis estava, logo começou a fazer sinais para que ele jogasse sua bolsa. Avisou para que ela tomasse cuidado, se certificando de colocar a bolsa em posição da sua irmã que esperava de braços abertos, ele jogou-a, observando Daisy cair de bunda com o impacto do peso que estava, ela gemeu baixinho, Chantilly indo lamber seu rosto como conforto.

Daisy bufou, tomando forças para se levantar e colocar a bolsa do irmão ao lado, fazendo mais sinais apontando para a árvore. Louis respirou fundo, tentando acalmar seu coração e suas mãos que tremiam, primeiramente sentou no gradil. Suas mãos agarraram o tronco grosso e úmido, denunciando que choveu um pouco mais cedo, lembrou de como Niall lhe ensinou a subir em árvores quando foram para um acampamento de escoteiro, então fez direitinho quando rodou suas pernas na árvore, conseguindo se virar como se estivesse montado em um cavalo na madeira; logo foi recuando, até alcançar o tronco principal da árvore, tateando com o pé esquerdo pelos outros troncos como forma de apoio para descer sem quebrar nenhum osso, a madeira estava úmida e o ambiente estava escuro, o que fez dificultar a sua descida.