Me odeio, porque TE AMO! {Em Revisão}

Capítulo 07: Se com ADRIEN não dá, talvez CHAT funcione!

Ouvimos novamente a buzina da limusine.

- Enfim, tchau. - falei.

- Tchau, estressadinha.

- Outro apelido?

- O que foi? Esse é o ideal para você, já que está sempre estressada.

- Para sua informação, eu só fico estressada quando estou com você. Porque não te suporto.

Ele deixou escapar uma rizada.

- Eu estou falando sério. - cruzei os braços.

- Eu sei, mas... Você fala que não me suporta, mas está aqui conversando comigo, e não está gritando.

- Isso é porque não estou precisando fingir ser a namorada de um idiota.

Ele abriu um sorriso, de novo. Então posicionou a ponta do dedo indicador sobre o meu nariz. 

- Até amanhã. - falou, apoiando seu nariz no próprio dedo, que ainda estava sobre meu nariz.

O afastei de mim, empurrando sua testa com o meu dedo indicador.

- Até amanhã. - respondi, fazendo careta.

Apos isso, entrei em casa.

Logo em seguida, ele volta para a limusine e parte dali.

P.o.v Adrien

Quando voltei para casa, comecei a fazer o trabalho com a Lila.

Depois de muito tempo, nós finalmente terminamos e a Lila foi embora.

- Naquela hora, em frente à casa da Marinette... O que você acha que iria acontecer, Plagg?

- Não tá na cara? Você iria beijá-la.

- Mas como? Digo, eu não gosto dela dessa maneira. Por que, então, eu a beijaria?

- E como eu vou saber? Mas, bem... De uma coisa eu suspeito... Tem certeza de que não sente nada por ela?

- Quê?! Não, lógico que eu não sinto... Quer dizer, eu a acho bonita, inteligente, divertida... Eu gosto da presença dela... Mas é só isso. Eu não tenho nenhum interesse romântico nela, Plagg... Eu não posso ter...

- Por que será que cada palavra que você fala me dá mais certeza de que é o contrário do que você diz?

- Eu... Eu não gosto dela... Não posso, não devo. - tentei convencer mais a mim mesmo do que a ele.

- "Não posso, não devo." - fez uma voz fina - Argh, deixa de besteira. Não tem importância se você pode ou deve gostar dela. O fato é que você já está gostando, e isso não é algo que você possa controlar.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Eu acho o seguinte: Você sempre esteve rodeado de garotas que são caidinhas por você, e se acostumou com isso. Como ela sempre foi diferente — nunca foi com a sua cara, e sempre deixou isso bem claro —, você se desafiou a conquistá-la, para mostrá-la que nem ela te resiste. No princípio foi assim. Já que você nunca conseguiu conquistá-la, passou a considerá-la um desafio que conseguiria superar a todo custo. De tanto tentar, você começou a reparar mais nela e a se divertir com suas reações e atitudes. Já que nunca conseguiu o que queria, acabou se acostumando a tentar e tentar, até que chegou um momento que você já não tentava para mostrar nada para ela, e sim porque realmente queria que ela se apaixonasse por você, porque você se apaixonou por ela. É o que eu acho.

Arregalei os olhos.

Será? Não. Não pode ser...

O feitiço não pode virar contra o feiticeiro... Ou pode?

Se bem que... Isso faz sentido. Até demais.

Isso explicaria por que eu fiquei tão encantado com ela hoje, em frente à sua casa. Explicaria por que eu fiquei com aquele sorriso besta na cara só por estar com ela. Explicaria por que gosto da sua presença. Explicaria por que me importo se ela me odeia ou não...

Essa é a explicação... Eu me apaixonei por ela.

- Mas que droga... - passei a mão pelos cabelos.

- O que foi?

- Você tem razão, Plagg. Você está certo, eu... Eu me apaixonei por ela... - cobri meu rosto com as duas mãos - Porcaria!

- Isso é algo ruim?

- Lógico! Plagg, eu me apaixonei pela garota que eu estou chantageando! Você tem ideia disso? Eu não queria gostar dela, eu não tenho o direito de gostar dela! Ela nunca vai se apaixonar por mim, e eu não quero sofrer por amor.

- Ah, agora já foi.

- Será que não tem como fazer parar? Eu não posso gostar dela!

- Acho que não, pelo menos, não agora. A solução mais apropriada é que ela se apaixone por você, o que provavelmente não vai acontecer.

- Argh! Eu vou ficar louco! - me joguei na cama.

Passei todo o resto da tarde pensando no sentimento que acabei de descobrir.

Cheguei a imaginar como teria sido beijá-la, e como reagiríamos depois.

Gostaria que tivesse um jeito de me aproximar da Marinette. De dizer como estou ne sentindo.

Espera um pouco... Talvez tenha.

Me sentei na cama e abri um sorriso arteiro.

O Adrien não pode fazer isso, mas Chat Noir... É outra história.