31 - Hospital para vampiros! Invadindo o território inimigo

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Corremos pelo subsolo de Honorário por vários minutos a fim de chegar ao prédio abandonado. Entrávamos em vários caminhos diferentes, não nos perdendo graças ao mapa que o Kai me entregara, assim chegaríamos em pouquíssimo tempo no tal prédio, onde nos infiltraríamos e exterminaríamos todos os vampiros presentes ali – esse era o plano.

Pisávamos em água suja e fedorenta, sem escolha. Natsuno era, claramente, o que mais odiava o lugar. Eu nem ligava tanto, nem o Riku, pelo que parecia. O esgoto era um lugar muito maltratado, mas o nosso foco era outro.

Paramos.

Estávamos no final de um túnel. Sairíamos numa espécie de canal, e aquele canal era o lugar que estaria a entrada para o prédio. Mas como havia uma sombra na parede mais à frente, ficamos imóveis. Não podíamos ser vistos.

- Deve ser um dos vampiros – Riku sussurrou.

- Ele não consegue sentir o nosso cheiro? – perguntei, lembrando da vez em que Natsuno e eu caímos naquela armadilha. As criaturas chegaram a nos farejar, como se fossem animais ferozes.

- Se ele quiser se esforçar, sim.

- Você deveria ter dito isso antes, já que vamos invadir um território deles!

- Pô, Dio, para de drama – interveio Natsuno. – De qualquer forma nós estamos fedendo a xixi de galinha.

- Galinha não mija, cara – eu falei.

O vampiro caminhava pelo canal com passos agressivos e lentos, fora da nossa visão. Até que a sombra desapareceu.

Nós três saímos do túnel cautelosamente e pisamos no canal: um córrego raso e largo com diversas passagens para lugares inimagináveis.

- A entrada é ali – apontei para o teto, onde, no centro, havia uma escada de mão que ia do chão até dentro de um buraco, cujo destino não podia ser visto graças à escuridão.

Caminhei até ela e me agarrei aos degraus, com pouca dificuldade para me ajeitar. A escada de ferro estava firme, por isso não tive problemas em subir. Entrei no buraco acima da minha cabeça e me vi numa espécie de "fundo de poço", rodeado por uma parede de tijolos. Continuei subindo a escada até sair num lugar bastante escuro. A escada continuava, e saía do poço. Subi até ver que eu estava numa espécie de quarto abandonado.

Pulei para fora do poço e, assim que pisei no solo, me estremeci. Eu estava com um mal pressentimento.

Natsuno e Riku também saíram do poço, e estavam, agora, ao meu lado. O quarto estava vazio e pacato. A única coisa que o iluminava eram as pequenas brechas de luz que escapavam da porta fechada, que tinha saída para algum lugar iluminado.

- Finalmente chegamos - falei, num sussurro.

- Está vindo alguém – Riku disse seriamente. Logo pude ouvir passos em direção ao quarto onde estávamos. Eram duas pessoas, aparentemente. Rapidamente nos escondemos perto da porta, prontos para o ataque.

Os indivíduos abriram a mesma, assim escondendo nós três automaticamente, e só perceberam nossas presenças ao fechá-la.

Tarde demais.

Natsuno e Riku cortaram os dois vampiros com as suas Takohyuseis, os exterminando rapidamente, sem nem ao menos deixá-los sentir dor. Os vampiros caíram sobre seu sangue e viraram pó, enquanto Riku falava:

- Vamos logo à luta.

Antes que eu pudesse impedir, Riku já estava atravessando a porta e invadindo a sala iluminada. Natsuno colhia o pó enquanto eu ia atrás do Medeiros, me deparando com uma cena um tanto surpreendente: três vampiros atacaram o garoto que, gritando "Giratória de vento!", pulou e os atingiu na cara girando o corpo no ar com suas pernas erguidas feito hélices, dando a impressão de que ambas puxavam o ar, fortalecendo seu ataque.

Caçador Herdeiro (1) - Vento Sufocante | COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora