68° Capítulo.

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Anne narrando.

Ao invés dele descer pra entrada do morro, ele subia várias ruas, numa velocidade enorme, entrando em vielas, desviando das pessoas e carros que tava pelos lugares.

Ele pilotava igual louco!

Anne: meu, vai devagar, tá maluco??? -Falei alto, segurando firme nele.
Morrendo de medo de cair!

Ele nem respondeu!
Continuou acelerando e depois de minutos parou em frente de umas casas, eram no fundo de uma viela, beco..
Mesmo com o dia amanhecendo, aquele lugar era escuro. 
Sombrio!

Tinha várias casas,na verdade barracos.
De madeira mesmo!
Ele entrou em outro beco bem estreito que tava ligado a aquele, e saímos de frente com um portão pequeno de ferro.

Anne: eu só quero saber porque você tá me trazendo pra cá?! Eu disse que queria ir pra embora -Falei nervosa, e confesso que lá no fundo...Eu estava com medo!
E mais uma vez, levei um vaco daqueles.

Esse cara é cheio de mistérios.

Ele abriu o portão com a chave e deu espaço pra eu entrar. 
Não entrei!

Ele levantou o rosto pra me olhar por debaixo do boné.. E eu neguei com a cabeça!

Bandi: tá em choque do que?! -Perguntou cruzando os braços. 

Anne: não sei porque você tá me trazendo aqui. Quero ir embora! -Falei me exaltando.

Bandi: entra na parada... e acalma o coração! deixa de ser maluca,daqui a pouco te levo pro seu destini! -Falou sério, e entrou puxando minha mão.

Dei de cara com um quintal que tinha jardim, muitas flores, gramado, e por incrível que pareça.
Muito Bem cuidado!

Tinha pedras no chão fazendo um corredor pra gente passar, para não pisar na grama.

Ele foi na frente e eu atrás. 
Tinha uma porta balcão branca a nossa frente, ele tirou a chave do bolso e abriu.

Entramos e meu queixo só não caiu por que eu segurei. Kk

A casa era fodaaaa.
Piso de madeira, televisão enorme, sofá que pegava a sala inteira.
Cozinha mobilhada.
A casa era pequena, mas super linda e aconchegante.
Tudo com móveis planejados.
Nem parecia casa de homem!

Anne: você mora aqui? -Perguntei confusa.

Bandi: as vezes. -Respondeu.

Anne: como assim as vezes? -perguntei levantando a sobrancelha.

Bandi: porque quer saber? -Perguntou.

Anne: não se responde uma pergunta com outra. -Revirei os olhos e ele me encarou sentando no sofá e esticando o braço pra pegar uma bebida em um pequeno frigobar ao lado da poltrona.

Bandi: senta! -Pediu.. na verdade mandou!

Sentei, porém, não junto dele!

Bandi: quer beber alguma coisa? -Perguntou.
Neguei com a cabeça.

Bandi: tá com medo do que?  -Me encarou sem desviar os olhos dos meus.

Anne: por que você acha q sinto medo? -Desafiei.

Bandi: sua feição te entrega! -Falou acendendo um baseado, levou até a boca, sugou... tragou, e soltou a fumaça em forma de bolinhas.

Bandi: você fuma? -Me olhou, estendendo a mão com o baseado pra eu pegar.

Anne: não. -Respondi.

Bandi: hum...-Falou, tragando e soltando mas fumaça.

Rodei meus olhos pelo lugar, e vi que a casa era de dois andares.

  Tinha uma escada implantada ao lado de uma porta.
A porta era de madeira mas tinhas uns detalhes estranhos.

Anne: você que decorou essa casa? -Falei puxando assunto.
Porque tava começando a ficar tensa.

Passou pela minha cabeça a ocasião do bandi conhecer o Farinha.  E ter ligado pra ele ou sei lá,  eles serem inimigos e ele ter descoberto que eu sou ex do Farinha e achar que tô aqui pra ratiar.

Em questão percebi que eu tava suando frio, comecei a tremer as mãos. 
Meus pensamentos me pegaram em cheio, e quando percebi, Bandi me encarava, com a sobrancelha arqueada.

Bandi: que brisa é essa tua?

Solta o preso, Seu Juiz. 2°TMP (CONCLUIDA)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt