24° Capítulo.

22.6K 1.5K 191
                                    

Leia o capítulo com a música tocando, garanto que o capitulo fluirá bem melhor...

Espero que gostem, aguardo os comentários.

Boa Leitura!



Anne narrando.

Entramos no carro da Vanessa, fui atrás com as crianças e a Raíssa na frente, Rael tava tão agitado olhando tudo pela janela do carro, minha barbezinha dormia em meu colo, e a filha da Raíssa estava deitada com a cabeça em minhas pernas, dormindo também.

Raíssa ligou para a mãe dela, e chorou no telefone agradecendo por tudo que sua mãe tem feito por ela, a conversa foi emocionante.. me comovi, e Vanessa no banco da frente também.

As vezes eu paro pra pensar em como a vida tem sido vingativa comigo, eu já paguei por tudo que fiz.. e não entendo porque ainda continuo a apagar...

Sinto tanta falta da minha mãe, as vezes posso sentir sua presença ao meu lado, em momentos como esse...

Eu daria minha vida, só pra vê-la só mais uma vez, e sentir seu abraço..

Deus... eu nao pude nem me despedir, ela foi tudo em minha vida, foi ela quem me ensinou o que eu injustamente nao aprendi, e a vida teve que me ensinar comigo mesma quebrando a cara, tantas vezes, e sangrando cada vez em que eu caia e mesmo assim levantava, machucada.... mas levantava.

como eu queria acariciar seus cabelos, abraça-la quando dizia que me amava, retribuir tudo que você fez por mim, mãe.

uma tristeza monstruosa atingiu meu coração, as lembranças que me ferem chegaram torturando minha mente e me mostrando que tudo que eu fiz foi consequências da minha dor da perda dela. dentro de mim aos poucos tudo foi se apagando... como a anos atrás!

Senti lágrimas escorrer sobre meu rosto, depois de muito tempo sentindo aquela dor de novo, a dor da morte, a dor de querer ir junto com ela.

Eu necessito encontrá-la... aos poucos tudo ia se apagando e tudo perdendo o sentido...

Senti uma mãozinha pequena em meu rosto...Levantei a cabeça e Era ele, Rael... e no mesmo instante senti como se fosse o Farinha alí, o mesmo olhar, os mesmos traços, tudo igual o do pai...Ele sorriu!

Como pode?Ser tão igual a um homem que eu tanto tenho mágoas..

Anne: Oi filho... -Falei passando a mão em seus cabelos...

Rael: Eu te amo mamãe. - As palavras dele foi como uma chave, tudo voltou a florescer, a dor diminuiu e eu senti o porque ainda sobrevivo nessa vida.

sorri alí por ele. por te-lo em minha vida como um alicerce para minha dor.

eu sofri tanto.... e quando chega nesse ponto, ainda tem pessoas que querem me apontar, dizer que fui isso e aquilo.

Sim, eu posso ter sido, mas e você? viveu o que eu vivi? passou pelo o que eu passei?

Eu posso dizer que já paguei o preço de tudo que fiz, e você já pagou?

As vezes eu fico impressionada em como as pessoas podem ser tão hipócritas.
Só sabem apontar, julgar, e falar da vida do próximo, como se a vida de tais pessoas fosse perfeitas, como se não tivesse erros, mágoas, perdas ou até mesmo decepções.

A maioria da minha vida eu fui certa, fiz tudo certo pra alegrar a minha mãe e satisfazer minha vida, se alegrar com sí própria. Porém, conforme o tempo foi passando conheci pessoas que não devia, me envolvi com pessoas que não merecia, e destruí minha própria vida em segundos.

Os fatos são meus.

Os erros são meus.

O sofrimento foi MEU.

e eu nao permito ninguém me julgar ou apontar o dedo, até porque quando eu precisei não foi nenhum desses que chegou na minha casa com um saco de arroz, feijão, carne ou até mesmo pagando minhas contas.

Sendo assim eu digo... o dia que em que você tiver pegando minhas contas, eu estiver te devendo algo, ou me intrometer na sua vida, você vai ter o direito de se envolver na minha.

Caso contrário, viva sua vida. Porque a minha nao depende de você para fluir... quem muito fala, morre com a própria língua!


SEJA PROTAGONISTA DA SUA VIDA... NÃO PLATEIA DA MINHA!

Solta o preso, Seu Juiz. 2°TMP (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora