A ROSA EM ABERDEEN (PARTE 2)

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Orion sentou em seu pequeno cubículo bege, por enquanto era sem graça e vazio, tirando alguns pergaminhos complicados sobre o caso que ela deveria ler, mas em breve ela pretendia trazer mais vida com alguma decoração para aquele lugar.

– Nós vamos levar vocês para almoçarem mais tarde se vocês aceitarem, tem uma casa da chá bem bacana no átrio – disse Lewis, colocando a cabeça no cubículo da Orion e depois no de Adelaide ao lado.

– Claro, isso seria ótimo! – Disse Orion sorrindo sem graça, ela não gostava muito de como Lewis a olhava.

Orion ainda se sentia muito desconfortável naquel lugar, não era seu ambiente de trabalho habitual e ela ainda se sentia estranha, mas ela decidiu voltar a analisar não só os pergaminhos que tinha, mas o diário da antiga vítima francesa que Orion trouxe uma cópia com ela da frança, ela já havia lido aquele diário diversas vezes, mas sempre tinha a esperança de ter deixando passar algo.

"Eu me sinto tão estranha, não sinto que pertenço a minha pele, eu às vezes queria conhecer mais gente que entendesse quem eu sou, mesmo eu mesma não entendendo."

Orion lia essa passagem particulamente triste do diário de Angelic Sartre, sentiu pena da menina, ficou imaginando se ela se sentia feliz perto do fim.

– Você acha que todas as vítimas dela eram infelizes com elas mesmas? – Perguntou Orion para Adelaide em um momento.

– Não sei, a Angelic foi a única com diário, mas de todas as nossas entrevistas algumas eram sim depressivas, mas outras a família e amigos não sabiam falar ou achavam que não, mas essas coisas nem sempre as pessoas que estão por fora sabem – disse Adelaide, parecendo entender um pouco mais do assunto do que Orion parecia entender.

– Ei, vocês sabem que nós somos a sua equipe, certo? – Perguntou Lewis rindo para as duas.

– Desculpa vai, eu estou tão acostumada a lidar com isso com a Adelaide, me desculpa mesmo! – Disse Orion sem graça.

– Não se preocupem, teremos uma reunião de equipe hoje de tarde e vamos todos poder discurtir o caso juntos e dizer o que sabemos, esse diário aí é de uma das vítimas da França? – Perguntou Bane.

– Sim, Angelic Sartre, uma pobre menina, nem teve chance pelo visto, ele parece ter preferência por trouxas do que nascidas trouxas – disse Orion um pouco indignada ao falar do assassino.

– Sim, as nascidas trouxas tem mais chances contra ele, as trouxas não e esse cara parece um covarde babaca – disse Bane com mais indignação ainda.

Orion saiu com os colegas no horário de trabalho, Bane era mais reservado e parecia sem muita vontade de falar, mas Lewis era animado e queria sempre estar falando principalmente com Orion.

– A carne de vocês é um pouco passada demais – disse Adelaide com um bom humor enquanto elas estava na casa de chá, ela estava comendo um saduíche de carne.

– Eu sei, na França realmente a comida é diferente, mas eu senti uma falta enorme da comida inglesa – disse Orion sorrindo.

– E por que saiu daqui, Orion? Eu ia gostar de ter você no treinamento inglês – disse Lewis de maneira marota, ele lembrava um pouco o jeito de falar de Tiago em alguns momento e isso mais incomodava Orion do que a deixava feliz.

– Porque eu quis um novo desafio – disse Orion sorrindo falsamente.

– Respeito, aqui talvez fosse fácil demais para você – disse Bane sem muita emoção.

– Por que fácil demais? – Perguntou Lewis com curiosidade.

– Ela é filha da Macmillan, a chefona do setor internacional e se não me engano tem alguma relação com o Potter, não tem? O chefe do nosso setor? – Perguntou Bane para Orion. Adelaide observava a amiga para ver qual a sua reação seria.

O Assassino da rosa branca (segunda geração) - Livro 8 (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora