AS CARTAS NA MESA (PARTE 1)

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– Boone, para com isso! É um trabalho, é o meu trabalho e o assassino...

– Da rosa branca está lá? Agora né? Ele muda de lugar, você sabe que ele muda de lugar, para que largar tudo aqui Orion, para que? Eu significo tão pouco assim para você? – Perguntou ele, fazendo Aries rosnar pelo seu tom de voz alto.

– Não Boone e eu não te abandonaria, eu só iria te levar junto, ou então ficamos na distância durante o dia como já fazemos agora, que diferença isso faz? – Perguntou Orion, tentando ser a mais calma e coerente possível!

– Não Orion, eu não aceito!

– Boone, você não manda em mim, eu sinto muito mas não é você quem tem que aceitar se eu vou ou não, eu tenho vinte e quatro horas para decidir, na verdade um pouco menos, você tire esse tempo para pensar também, pense se o nosso relacionamento realmente depende de eu estar aqui o tempo todo e longe das outras pessoas que você não quer que eu esteja perto – disse Orion de forma irritada, tentando controlar o tom de voz para não gritar.

– E eu sinto muito, mas eu não posso ficar aqui – disse ele correndo e batendo a porta do quarto enquanto entrava no mesmo.

Orion tirou um tempo para respirar, realmente esse era um dos piores cenários que ela teve em sua cabeça e estava acontecendo, mas o que ela poderia esperar mais de Boone? Ele tinha muito ciúmes de toda a sua relação em seu país e em Paris era o único lugar que ele se sentia seguro com ela, ela sabia disso, mas que tipo de relação era essa? Para todos os dois, isso não era saudável para eles, eles precisavam criar confiança um no outro.

Boone voltou do quarto depois de um tempo enquanto Orion estava sentada na sala com as mãos na testa, ele estava portando uma pequena mala e ainda tinha o rosto vermelho de raiva.

– Eu vou passar a noite na casa da minha mãe, eu quero que você pense, que você pense se vale a pena ficar sem mim.

– Boone, eu não quero ficar sem você, eu só quero ir para a Inglaterra com você – disse Orion, tentando fazer o seu dengo que nunca falhava com Boone, ou pelo menos nunca costumava falhar (só que dessa vez não funcionara).

– Eu não quero, eu não vou ficar no mesmo ambiente que o Tiago e nem vou te ter nele Orion, ou você quer a nossa vida a qui e quer mesmo, seguir em frente ou seguir para trás e voltar para a Inglaterra.

Disse ele sem olhar para Orion direito e passando direto pela porta.

Orion tentou chorar, se sentir mais triste do que estava, mas não conseguia, simplesmente não coneguia, ela ficou triste, é claro, queria que Boone a aceitasse na Inglaterra e fosse com ela para o local, ou ao menos viajasse entre os dois países para que ficassem juntos, mas aquele ciumes do Tiago a machucava um pouco, a falta de confiança, ou será que ele tinha razão naquilo? Ela não sabia dizer no momento.

Ela andou pela casa, como sempre fazia quando estava chateada ou quando estava pensativa, principalmente quando acordava no meio da noite, ficou pensando no dia no qual Boone se mudou para o apartamento.

Orion estava nervosa, havia separado espaço no apartamento para receber Boone e suas suas coisas, eles haviam depois de dois anos juntos e morando em apartamentos praticamente vizinhos, decidido dividir o mesmo espaço.

– Você está feliz? – Perguntou Orion para Aries, que apenas rosnou em desaprovação.

– Tente tratar ele bem, okay? Por mim, por favor Aries, ele me trata tão bem, eu preciso dele aqui e preciso de você aqui, sejam amigos, que tal?

Aries mais uma vez rosnou em negativa.

– Okay, então pelo menos não o mate e nem ataque ele, okay? Pode fazer isso? – Perguntou a menina rindo, fazendo com que o gato apenas se esfregasse nela, ela achou que isso era um sinal positivo, ao menos interpretou assim.

Boone tocou a campainha e apareceu com suas muitas caixas depois de um tempo.

– O que acha? Você está pronta para me receber aqui? – Perguntou ele dando um grande beijo em sua boca.

– Sim, estou, eu acho... – Disse Orion o abraçando.

– Acho que a primeira coisa que devemos fazer é tirar esse quadro da Sonserina daqui do meio de cima do sofá – disse ele apontando com a varinha para o quadro e o jogando para um canto – e colocar o da Lucctore do lado, posso fazer isso? – Perguntou ele antes de continuar.

– Pode, assim simboliza que é das duas pessoas esse pedaço, das duas casas, além disso, era a casa da mamãe na Beauxbatons também – disse Orion sorrindo.

– Vermelho e verde sempre combinaram de uma certa maneira, não acha? –Perguntou Boone a abraçando novamente.

– É, de uma certa maneira são uns opostos que se atraem às vezes – brincou Orion.

Orion acordou de seus pensamentos quando percebeu uma carta no balcão da cozinha, ela não havia sido aberta ainda e era endereçada para Orion, ela abriu imediatamente.

"Querida Orion,

Eu estarei esses dias na loja da gemialidades Weasley aqui em Paris, no Mal Cristal e gostaria muito de falar com você, lhe ver e lhe mostrarmelhor as mudanças na loja. Soube do seu acidente no trabalho e queria muito ver se você está realmente okay? Venha me visitar? Estarei aqui o dia inteiro praticamente nos próximos dois dias.
                         Com carinho,

Jorge Weasley"

Orion recebeu a notícia como uma luva, ela precisava mesmo conversar com alguém que a entedesse, ela respondeu imediatamente a coruja do tio respondendo que o visitaria no dia seguinte, usando a coruja de Boone, Monsur,que ele não levou para a casa da mãe naquela noite já que ele estava caçando até pouco tempo antes de Orion ler a carta, para a alegria dela.

Orion foi trabalhar no dia seguinte com a cabeça latejando, quase não dormiu pensando no que faria, teria até o final do dia apenas para dar uma resposta final para o Sr. Brian Lance (que já havia a abordado logo de manhã) e isso poderia significar o seu fim com o Boone.

– Eu acho que você deve fazer o que o seu coração mandar, sinceramente – disse Adelaide enquanto ela contava para a amiga sobre os acontecimentos do dia anterior.

– Eu sei, mas eu não sei o que meu coração diz na verdade, eu estou tão confusa... – Reclamou Orion colocando as mãos na cabeça.

– Sabe sim, eu te conheço, você só não quer admitir para si mesma sobre isso, mas você sabe o que você quer – disse Adelaide a olhando sério.

– E o que eu quero? – Perguntou Orion.

– Você sabe... E não serei eu a falar, conversar de novo com o Boone e veja o que vocês querem – disse Adelaide sendo um pouco sem vontade e falar sobre o assunto.

Orion aproveitou a tarde sem trabalho sério para visitar o tio no Mal Cristal, a loja parecia enorme e iluminada, mais do que qualquer outra na rua e ficava no começo da ladeira, uma ótima localização também.

Ela entrou e viu a quantidade de pessoas correndo de um lado para o outro vendo os diversos produtos borbulhantes e que alegravam, ou pareciam alegrar os compradores locais que lotavam todas as estantes da loja.

Ela parou diante dos fogos aquarion e seu coração se apertou um pouco, a embalagem tinha a forma da constelação de aquarius e isso a deixava bastante alegre, Tiago se lembrava dele, se lembrava deles afinal de contas de uma certa maneira, dela ele sempre lembrava pelo menos no passado, não sabia no presente...

– Posso lhe ajudar? – Perguntou um vendedor de vestes verdes a chamando.

– Sim, eu queria dez desses – disse ela, fazedo o vendedor separar algumas caixas para ela – , mas eu também queria ver o Jorge Weasley, ele é meu tio e está me esperando. – Disse ela.

– Claro, claro, ele nos falou, pode por favor seguir a escada até o último andar na porta na esquerda, eu levo as encomendas para a senhora.

– Senhorita – corrigiu Orion sorrindo simpaticamente e subindo a escada.

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O Assassino da rosa branca (segunda geração) - Livro 8 (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora