Dez

513 95 421
                                    

Capítulo revisado, 2402 palavras.

No fim da tarde, precisei largar meus serviços e ir para casa

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

No fim da tarde, precisei largar meus serviços e ir para casa. Como eu não tinha roupas o bastante para o decorrer das próximas semanas, precisava fazer uma mala com várias peças e também deixar as sujas para os meus dias de lavar roupa.

Além disso, André me devia uma boa explicação por ter me tratado daquela forma, e o pior, ter sumido por quase dois dias!

Assim que chego em casa, tenho uma surpresa desagradável:

A cozinha está toda suja, com louças usadas na pia, o fogão com vestígios de comida, farelos no chão e na mesa. Olhei para tudo horrorizada. Como que André não limpou a casa quando estive fora? Mas que ódio!

Deixo minha bolsa no sofá e sigo pelo pequeno corredor avistando roupas jogadas pelo chão. Às deixei onde estavam, André foi o responsável? Então ele que se vire!

Segui para o banheiro e o verifiquei. Estava limpo pelo menos. Deixo a sacola de roupas usadas no cesto e sigo até meu quarto. Escutei um som de música vindo dele e deduzi que meu querido namorado estava lá, ensaiando.

Entrei de uma vez, irada com ele. André estava com o violão em mãos e analisando um caderno com alguns rabiscos na cama; ao seu redor, haviam várias folhas, lápis, livros e mais roupas jogadas.

Puxei o violão de suas mãos e ele me olhou abismado, mas quando seus olhos focaram em meu corpo ele suavizou o rosto e me ignorou com um sorrisinho, que, até então, se tornava cada vez mais repugnante pra mim.

— Que susto, Suzana! — ele diz, em meio a um riso e volta a analisar o caderno, nem dá muita importância pra mim.

— Você, por um acaso, já viu a zona que essa casa está? — Grito, sentindo minha pulsação aumentar.

— Nah, pra quê tanto escândalo? Depois eu arrumo. — André comenta de uma forma tranquila e aquilo só me irritou mais.

— Você vai arrumar tudo agora mesmo! — arremesso o violão, sem me importar se quebraria ou não, contra a cabeceira da cama e André se levanta assustado.

— Cuidado! Esse violão foi caro, Suzana. Caramba! Não precisa desse show todo. — ele resmunga comigo e vai verificar se o violão estava inteiro.

Eu não estou nem aí! Estou farta dele e dessas baboseiras que ele toca. E, principalmente, de ser um folgado.

Desde que nos mudamos, ele vive saindo, me deixando sozinha e às vezes até bebendo. Ele adora ir em baladas e tocar até tarde em casa só pra me encher a paciência. André não é do tipo que fica sossegado ou que siga regras. Ele faz tudo do jeito dele, quando e como quer.

— Se esse violão estivesse quebrado, Suzana, eu…

— Ia fazer o quê? Me bater? — rebato o interrompendo.

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora