Alguns meses depois...
Estava sentada perto da janela da cozinha admirando o lindo por do sol e pensando como seria os nomes de meus filhos. E pensar que estava grávida de gêmeos.
Flash back on
-Gêmeos?!-pergunto surpresa.
-Sim. É um casal.-Shizune diz sorrindo para mim.-Meus parabéns.
-Estou tão feliz.-Minha nossa dois, felicidade e trabalho em dobro.
-Já contou a Tsunade-sama sobre sua gravidez?
-Minha nossa.-coloco a mão na testa.-Me esqueci. Ela vai me matar.
-Não seja boba.-Tsunade-sama entra na sala de ultrassom.-Ao menos você está bem. Meus parabéns Sakura.
-Desculpe por não ter falado nada antes.
-Não se preocupe.-ela dá um tapinha em meu ombro.-Shizune me contou, ainda bem que contou a tempo. Pude comprar um pequeno presente para seu be...-ela parece se lembrar de algo.-São dois!!! Então preciso comprar mias coisas. Já volto.
Tsunade-sama sai correndo, e eu e Shizune ficamos rindo.
Flash back off
Já estava de nove meses, em pouco tempo meus filhos nasceriam e trariam uma imensa alegria para minha vida.
Ouço baterem a porta. Me levanto para abrir-lá. Quando chego era Tsuyo, uma de minha alunas, que veio me visitar.
-Oh! Olá. Quanto tempo.-Digo surpresa. Havia meses que não a via.-Vamos entre. Depois que parei de dar aulas por causa da gravidez, não nos vimos mais.
-Obrigada. Trouxe uma coisa para você.-Ela estende a mão para mim.
-Não precisava.-Sorrio em agradecimento.-Muito obrigada.
-E você como está?- Ela pergunta se sentando em uma cadeira à mesa.
-Bem. Está um pouco difícil com essa barriga enorme, mas estou levando.-caminhamos rumo a cozinha para nos sentarmos.- Vou fazer um chá para nos.
-Ob...-Antes que ela terminasse, sinto uma forte pontada em minha barriga e deixo uma xícara cair no chão.-Sakura?!! Você está bem?-Tsuyo se levanta e vem me ajudar. De repente sinto algo escorrer pelas minhas pernas.
-A bolsa estourou.-Olho para Tsuyo e ela arregala os olhos apavorada. Finalmente a hora havia chegado, eles estavam prestes a nascer.
-Calma. Vou te levar até o hospital.- A seguro antes que saia de perto de mim.
-Não vou aguentar até chegar ao hospital.- Uma outra pontada mais intensa me faz curvar.- Ahhhh!!!-grito com dor.- Você terá que me ajudar.
-E-eu n-não consigo.-ela gagueja em desespero.
-Eu acredito em você.-tento acalma-lá. Mas, também tinha que me acalmar.
-Está bem. Vamos sente-se.-me sento no chão e encosto minhas costas na parede.- Respira e inspira devagar.
Sigo o comando, e mais uma contração vem me fazendo curvar.
-Pegue panos no meu guarda-roupas, não tem problema se desarrumar algo -minha respiração fica acelerada.-Só vá, rápido.-A vejo correr para meu quarto.-Acalmem-se meus bebês, não tenham tanta pressa.-Falo sozinha alisando minha barriga.
Em poucos segundos Tsuyo volta com alguns panos nas mãos e posso ver também dois cestos, que uso para colocar roupas lavadas. E logo o meu trabalho de parto começa. Tsuyo segue todas as regras necessárias para o caso, faço força para empurrar um dos bebês por minutos, e a cada nova tentativa uma dor insuportável me atingia como uma pancada. Após muito esforço e com meu rosto escorrendo suor, ouço o choro de um dos bebês.
-É uma menina.- Ela estende a mão para pegar um manto para enrolar em minha filha. E a coloca no cesto, a pequena chorava muito.- Agora vamos Sakura, ainda tem mais um.- Aceno com a cabeça. E vem mais uma contração, e faço força para que o meu filho venha ao mundo. Dessa vez demorou mais para que o bebê saísse.
-Esse vai ser teimoso, quando crescer.- Penso. Fecho um dos meus olhos e sorrio.- Igual a mãe.- E desta vez faço o meu possível para que ele saia. E assim aconteceu, finalmente ouço o choro de meu filho.
-É um menino.- Tsuyo o enrola em outro pano e o coloca em outro cesto.-Conseguimos Sakura.- Ela pega na minha mão orgulhosa, e as duas sorriem.
-Muito obrigada Tsuyo, sem você eu não teria conseguido.-Agradeço ofegante.
-Não tem de quê, também estou muito feliz por ter feito parte desse momento.- Ela se levanta.-Agora vou ligar no hospital para mandarem alguém para te levar até lá, e verificar a saúde dos bebês e seu estado. Não se preocupe que irei lhe ajudar em tudo.
E assim ela fez, ligou para o hospital e em prazo de minutos eles estavam lá. Para minha surpresa, Shizune venho pessoalmente me ajudar.
Fomos para o hospital, e graças aos céus meus filhos estavam bem de saúde e eu também. Estava em um quarto, e cansada de esperar que alguém aparecesse decido me levantar e ver meus filhos. Mas, Shizune chega junto com Tsuyo com dois embrulhos nos braços.
-Impaciente como sempre - Shizune balança a cabeça em negação.-Eles estão aqui. Então elas os aproximam de mim.- Como pretende chamá-los?
-Sarada e Takato.- As lágrimas começam a escorrer pelos meus olhos.
-Shizune e eu estávamos conversando, e decidimos que vamos ajudá-la a cuidar dos bebês.- Ela olha para mim com os olhos ávidos por uma resposta imediata. Sorrio e respondo.
-É claro que aceito. Seria louca se não aceitasse.- Todas rimos juntas.
(...)
Enquanto isso a quilômetros de distância, Sasuke viaja pela costa leste da Vila Oculta do Chá sentido um forte aperto no coração. Como se estivesse perdendo algo importante, mas não sabia o que. Era uma sensação desconfortável e desnorteante.
Parando de fitar o chão, ele olha para frente e se depara com uma fila de homens, mulheres e crianças que sumiam no horizonte montados em búfalos e em outros animais. Ele sorri.
-Ainda não sei para onde devo voltar - e fugindo da normalidade, ele sorri.-Mas, estou bem aqui.
Mais a noite quando montam o acampamento, Sasuke não quis nem comer e decidiu ir se deitar logo. Pois a sensação ainda perdurava em seu peito. Deitando-se, e demorando a dormir e enquanto o sono não via ele alisava seu animalzinho de estimação. Logo, seus olhos pesam e se fechar.
"Você tem que voltar logo para casa, estamos esperando por você.- Um loiro de olhos azuis estende uma das mãos para mim, uma mão enfaixada.
-Quem é você? - Sou relutante em pegar em sua mão. E ele sorri.
-Sou seu amigo - aquilo me faz lembrar de momentos complexos e bem detalhados."
Me levanto ofegante com a revelação que meu sonho me proporciona, pela primeira vez em meses. Mas de qualquer forma, era muito superficial para me dizer para onde deveria voltar. A felicidade de saber que tem alguém que espera e se importa comigo me deixa alegre.
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Escolhas
Romance"Quando se ama a pessoa cuida, se preocupa, dá carinho e não se distancia", é o que os outro dizem. Mas, quando as condições não permitem que coisas assim se concretizem? Quando a indiferença toma o lugar do amor? O casal entra em uma vida de superf...